quinta-feira, 29 de agosto de 2013

LIVRO PÃO NOSSO - CHICO XAVIER POR EMMANUEL

DE MADRUGADA

       “E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro, de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra removida do sepulcro.” — (JOÃO, CAPÍTULO 20, VERSÍCULO 1.)

Não devemos esquecer a circunstância em que Maria de Magdala recebe a primeira mensagem da ressurreição do Mestre.
No seio de perturbações e desalentos da pe­quena comunidade, a grande convertida não perde tempo em lamentações estéreis nem procura o sono do esquecimento.
Os companheiros haviam quebrado o padrão de confiança. Entre o remorso da própria defecção e a amargura pelo sacrifício do Salvador, cuja lição sublime ainda não conseguiam apreender, confun­diam-se em atitudes negativas. Pensamentos contra­ditórios e angustiados azorragavam-lhes os corações.
Madalena, contudo, rompe o véu de emoções dolorosas que lhe embarga os passos. É imprescin­dível não sucumbir sob os fardos, transformando-os, acima de tudo, em elemento básico na construção espiritual, e Maria resolve não se acovardar, ante a dor. Porque o Cristo fora imolado na cruz, não seria lícito condenar-lhe a memória bem-amada ao olvido ou à indiferença.
Vigilante, atenta a si mesma, antes de qualquer satisfação a velhos convencionalismos, vai ao encon­tro do grande obstáculo que se constituía do sepulcro, muito cedo, precedendo o despertar dos próprios amigos e encontra a radiante resposta da Vida Eterna.

Rememorando esse acontecimento simbólico, re­cordemos nossas antigas quedas, por havermos es­quecido o “primeiro dia da semana”, trocando, em todas as ocasiões, o “mais cedo” pelo “mais tarde”.

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