LIVRO PÃO NOSSO - CHICO XAVIER POR EMMANUEL
GOVERNO INTERNO
“Antes
subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de algum modo a ficar reprovado.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 9, VERSÍCULO 27.)
Efetivamente, o
corpo é miniatura do Universo.
É imprescindível,
portanto, saber governá-lo. Representação em material terrestre da
personalidade espiritual, é razoável esteja cada um atento às suas disposições.
Não é que a substância passiva haja adquirido poder superior ao da vontade
humana, todavia, é imperioso reconhecer que as tendências inferiores procuram
subtrair-nos o poder de domínio.
É indispensável
esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.
A vida interior,
de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume a
auto-chefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do
conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As idéias diversas e
simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no
fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação,
reclamando trabalho.
O
governador supremo que é o espírito, no cosmo celular, redige leis
benfeitoras, mas nem sempre mobiliza os órgãos fiscalizadores da própria
vontade. E as zonas inferiores continuam em antigas desordens, não lhes
importando os decretos renovadores que não hostilizam, nem executam. Em se
verificando semelhante anomalia, passa o homem a ser um enigma vivo, quando se
não converte num cego ou num celerado.
Quem
espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio
ruinoso ou total.
É necessário
instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O problema
fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa-vontade para com os
nossos irmãos.
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