quarta-feira, 31 de outubro de 2012


EM CASA 
Espírito: EMMANUEL

Ninguém foge à lei da reencarnação. 
Ontem, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. 
Hoje, guardamo-la na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante. 
*** 
Ontem, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. 
Hoje, temo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor. 
*** 
Ontem, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. 
Hoje, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção. 
*** 
Ontem, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. 
Hoje, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste. 
*** 
Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, a míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência. 
Hoje, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância. 
*** 
Ontem, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, apunhalado de ingratidão. 
Hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinhos e fidelidade. 
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faz o melhor que possas. 
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorria para os que te ferem e desculpam todos aqueles que te injuriam... 
A humanidade é chave de nossa libertação. 
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa. 

terça-feira, 30 de outubro de 2012


O FUTURO GENRO 
Espírito: HILÁRIO SILVA

A notícia caíra com o fragor de um raio no espírito de João Pacheco. 
Dissera-lhe alguém que Wilson Pedroso, o moço que lhe pedira a filha em casamento, fora visto, por duas vezes, nas ruas cariocas, abraçado a uma jovem pela qual parecia apaixonado. 
Lembrava-se de que o rapaz era espírita e de muitos amigos ouvira observações desfavoráveis. 
-  “Espírita é livre pensador!” – Diziam alguns. 
-  “Espiritismo é religião diferente da nossa”. – repetiam outros. 
Pacheco, tocado nos brios paternos, quis tirar tudo a limpo, antes que a filha se complicasse; por isso, imaginando possíveis discussões e reações, armou-se e desceu da cidade serrana em que moravam. 
Chegou cedo à Capital e informado sobre o ponto e hora exata em que o futuro genro vinha sendo visto, permaneceu de tocaia. 
No justo momento, Pedroso e a moça apareceram ao longe. Abraçado. Tão embevecidos que não conversavam. 
Colado um ao outro, penetraram num grande edifício e Pacheco, furioso, acompanhou-os até o saguão e ficou esperando. 
Depois de duas horas, que o pai exasperado passou a mentalizar imagens terríveis, o par abraçado surgiu de volta. 
O rapaz instalou a companheira carinhosamente numa poltrona e saiu como se fosse pedir contas de alguma cousa. 
Pacheco aproximou-se da jovem e dirigiu-lhe a palavra. 
A desconhecida, entretanto, não respondeu. 
O homem exasperou-se mais ainda. Sentia-se injuriado. Decerto,ela sabia quem ele era e insultava-o com desprezo. 
E quando o moço regressou, pôs-se a gritar acusações amargas, apontando-lhe o revólver. 
Contudo, logo após, profundamente desapontado, soube que Pedroso estava em companhia da própria irmã, cega e já bastante surda, que viera do interior para tratamento no Rio.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


RESPOSTA DA CARIDADE 
Espírito: MEIMEI 

Quis demorar-se contigo, quando me procuraste pedindo luz. Perdoa-me se não pude mergulhar o pensamento de imediato, em tias cogitações. Falavas dos mundos superiores e indagavas pelo destino; exaltavas a Ciência e citavas a História. Discutias os problemas sociais com tanta beleza que, em verdade, aspirei a sentar-me ao teu lado para ouvir-te todas as confidências. Entretanto, por mais me detivesse em tua palavra, trazia no coração os gritos reiterados de quantos me chamavam, impaciente. Não sei se chegaste a ver as mulheres enfermas e as crianças esfarrapadas que choravam, junto de nós, invejando os cães de luxo que passavam de carro... Decidia-me a comentar os temas que me propunhas, quando notei a dama bem posta, repreendendo o homem cansado que esmolava na rua e corri a vê-lo. Envergonhando, o infeliz debatia-se em pranto. Amparei-o como pude e segui-lhe o passo, encontrando-lhe a companheira a gemer num montão de lixo, aguardando a morte. O menor dos seis pequeninos que a rodeavam, cravava nela o olhar ansioso, esperando o leite que secara no peito. A pobre mãe  fitava-me agoniada, como me pedir lhe reavivasse os seios desfalecentes... Nisso, vir-lhe o esposo desesperado intentando morrer... Entreguei-os aos vizinhos, tão desditosos quanto eles mesmos, e depois de acalma-los, no bálsamo da oração, volto a ver-te. E agora, a ti que me buscaste as mãos rogando conhecimento, estendo igualmente as minhas, a suplicar-lhe migalha de auxílio para aqueles que esmorecem de fome e pranto. Vem comigo e não te dês a longas indagações! Ajudando aos que sofrem, seguiremos Cristo que dizemos amar e, decerto, que a luz te abençoará em silêncio, porque Ele próprio, como outrora, te repetirá no júbilo do serviço: “Aquele que me segue não anda nas trevas”. 

domingo, 28 de outubro de 2012


O PACTO DE AMOR UNIVERSAL 
Espírito: ANDRÉ LUIZ

Pede a evolução para que você se faça veterano da experiência terrestre. 
Não se amedronte diante do erro, mas não caminhe desprevenido. 
A estrada humana conserva armadilhas, a cada passo, colhendo almas invigilantes, contudo, só na crosta planetária obterão você as conquistas que lhe melhorem o ser à luz da imortalidade. 
Há espíritos que, por muitas vezes, partem da carne através da morte e à carne voltam através de berço, quais estátuas inermes que, depois de enterradas durante séculos, volvem ao exame de outrem, sem qualquer aspecto novo que lhes altere os esgares fixos. 

*** 
Domine as próprias tendências inferiores que lhe pareçam insubjugáveis. 
Você é soberanamente livre na intimidade do próprio espírito. 
Apenas você decifrará os enigmas que transporta na consciência. 
Somente você destorcerá as meadas de sombra que lhe surjam no pensamento. 

*** 

Não tente sufocar a sua sede de infinito, porém, não se renda às ilusões da maioria. 
Se a taça das espetaculares vitórias humanas quase sempre se destaca repleta de lágrimas alheias, a taça das legítimas vitórias do espírito transborda suor individual. 

*** 

Você será sempre o principal sobrevivente de seus dias. 
A sepultura é o nível das medidas terrenas, mas a vida é multiface, no Mais Além; à vista disso, na realidade substancial as suas atitudes e ações meritórias é que constituem a base de sua felicidade e a sua prédica irresistível. 
Cale gemidos e suspiros frustrados, decidindo-se a realmente servir. 
O amor puro é a síntese de todas as harmonias conhecidas A fraternidade é o pacto de Amor Universal entre todas as criaturas perante o Criador. 
Nossa alegria somente viceja em conjunto com a alegria de muitos. 
De que vale a alguém o título de herói numa tragédia? Onde o benefício de uma santidade que terá brilhado no deserto, sem ser útil a ninguém? 

*** 

Com o Espiritismo nasceu na Terra a fé raciocinada. 
Você, portanto, interiormente está livre para ajudar a você mesmo, consciente qual e 
encontra de que auxiliar com desinteresse aos outros é interpretar vivamente a filosofia de Cristo e consolidar a segurança do próprio bem.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


PALAVRAS E AÇÕES 
Espírito: ALBINO TEIXEIRA

Enfileiremos na cabeça, algumas imagens, simples, lembrando o estranho fenômeno do ensino elevado sem testemunho: 
Somente frustrada. 
Árvore estéril. 
Fonte seca. 
Enxada morta. 
Máquina sem uso. 
Lâmpada apagada. 
Tomada inútil. 
Fogão sem lume. 
Cântaro sem fundo. 
Título sem trabalho. 
Motor sem combustível. 
Tecla muda. 
Remédio na prateleira. 
Não nos esqueçamos de que a Doutrina Espírita vem até nós para que as grandes palavras do Cristianismo sejam traduzidas em grandes ações. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


EM FAVOR DE VOCÊ 
Espírito: ANDRÉ LUIZ 

Trabalhe sempre, mas não fuja ao serviço que você já iniciou. 
Ajude a todos, mão não se esqueça dos deveres imediatos. 
Sofra resignado, mas não faça ninguém sofrer. 
Exalte o perdão, mas olvide o ressentimento. 
Auxilie a quem errou, mas não esmiúce o erro do próximo. 
Procure acertar, mas não desculpe a própria irreflexão. 
Busque o êxito, mas regozije-se com a vitória dos outros. 
Troque idéias, mas não censure aquilo que você não entende. 
Estude o que puder, mas não recuse aplicar a lição nobre. 
Assuma compromisso, mas não deixe ninguém a esperar por você. 
Escreva aos amigos, mas não exija resposta. 
Guarde eficiência, mas não vive apressado. 
Use o dinheiro, mas não abuse. 
Cultive a bondade, mas crie a própria disciplina para o serviço do bem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


NOTA DE PAZ
Espírito: EMMANUEL

Ouviste oradores inflamados, advogando a causa da paz sobre toneladas de pólvora e 
anotaste a presença de supostos vanguardeiros do progresso, solicitando-a sobre montões de ruínas. 
Esperam-na, fomentando a desordem e falam dela portando rifles. 
No plano maior, os poderosos alinham bombas e os fracos acumulam desesperos. 
Talvez, por isso, em plano menor, muitos adotaram fórmula idêntica. Em sociedade, acreditam que a astúcia vale mais que a honestidade e, no campo individual, aceitam o egoísmo à feição de senhor. Afirmam-se cultores da harmonia, concorrendo às maratonas da discórdia, refere-se à indulgência, disputando o campeonato da crítica, aconselham bondade, acentuando a técnica de ferir e reporta-se ao mundo, regurgitando pessimismo, como quem segue adiante a engulhos de enxurrada e veneno. 
E a equação de todos esses desatinos será sempre a guerra... Guerra de princípios, guerra de interesses, guerra fria superlotando manicômios, guerra quente esparzindo a morte. 
Sabes, porém, com a Doutrina Espírita, que a consciência carrega consigo, onde esteja, o fruto das próprias obras. 
Não incensarás, desse modo, o delírio dos que apregoam a concórdia, incentivando o dissídio, a rebelião, a injúria e o desânimo. 
Trabalharás, infatigavelmente, pelo bem de todos, aperfeiçoando a ti mesmo e sabendo que caminhas em penhor de tua própria imortalidade, para a exaltação da vida eterna, com a paz verdadeira começando de ti. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012


A RELIGIÃO DE JESUS 
Espírito: EWERTON QUADROS

Cultivando o pensamento libertador com que a Nova Revelação te insufla à vida, reflete na religião de Jesus. 
Em todas as circunstâncias, reconheçamo-nos defrontados pelo Mestre, no exercício da fraternidade dinâmica. 
Indubitavelmente, asseverou Ele não ter vindo para destruir a lei e sim para dar-lhe cumprimento. 
E executaram-na, substancializando-lhe os enunciados na ação construtiva com que lhe ampliou todos os preceitos em luzes de ensino e afirmação de trabalho. 
Não levantou quaisquer santuários de pedra; não fomento discussões teológicas; não instituiu pagamento por serviços religiosos; não criou amuletos ou talismãs; não consagrou paramentos e nem traçou rituais. 
Ao revés, ajustaram à comunidade, em penhor de soerguimentos e sustentação do homem integral amparando-lhe corpo e alma. 
Explicou a verdade, tanto aos rabinos quanto aos pescadores de vida singela. 
Pregou a divina mensagem no tope dos montes, alimentando estômagos famintos e clareando cérebros sequiosos de luz. 
Socorreu mulheres infelizes e crianças abandonadas; leu nas sinagogas; curou egos; restaurou doentes, ergueu paralíticos; recuperou obsidiados, doutrinando espíritos perturbados e sofredores; encorajou os tristes e banqueteou-se com pessoas apontadas ao escárnio social. 
Sem qualquer laivo de culto à personalidade, viveu no sei da multidão. 
Encontrando, pois, no Espiritismo a Boa Nova renascente; convençamo-nos de que as nossas casas doutrinárias devem ser lares de assistência gratuita ao povo que, em todos os tempos, é a verdadeira família de Cristo. 
Meditando nestas observações incontestes, evitemos converter os templos espíritas em museus do Evangelho ou dourados mausoléus do Senhor, reconhecendo que é preciso constituir neles escolas de fé raciocinada, a se povoarem de almas ardentes o serviço desinteressado em favor do próximo, a fim de que possamos sustar as explosões do desespero subversivo e as epidemias de descrença que, ainda hoje, lavram na Terra com a senha do incêndio destruidor. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


ORAÇÃO DO DINHEIRO 
Espírito: MEIMEI

Senhor! 
No concerto das forças que te desejam honrar, eu também sou teu servo. 
Por me atribuíres o dever de premiar o suor e sustentar o bem, como recurso neutro de aquisição, ando, entre as criaturas, freqüentemente, em regime de cativeiro. 
Muitas delas me escravizam para que eu lhes compre ilusões e mentiras, prazeres e consciências. 
Noto com mais nitidez minha própria tarefa, cada vez que escuto alguém chorar no caminho, entretanto, quase sempre, estou preso... 
Que fiz eu Senhor, para viver encarcerado no sombrio recinto do cofre, como seu eu fora um cadáver importante no esquife trancado da inércia? 
Ensina aos que me guardam sem proveito que sou o sangue do trabalho e do progresso, da caridade e da cultura e ajuda-os para que me liberte. 
Quase todos eles procuram estar comigo, através da oração, nos templos que abraçam. 
Dize-lhes na prece que sou a esperança do lar sem lume. Fala-lhes que posso ser o conforto das mães esquecidas, o arrimo dos companheiros caídos em provação, o leite devido aos pequeninos de estômago atormentado, o remédio ao enfermo e o lençol generoso e limpo dos que avizinham do túmulo. 
Um dia, alguém te apresentou moeda humilde, empenhada ao imposto público para que algo dissesse e recomendou fosse dado a César o que é de César. 
Muito, porém, não perceberam que te reportavas ao tributo e não a mim e, julgando que a tua palavra me condenasse, lançaram-me ao desprezo... 
Não ignoras, contudo, que nasci para fazer o me
melhor e esteja eu vestido de ouro ou e simples papel, sabes, Senhor, que eu também sou de Deus. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


OUVINDO A NATUREZA 
Espírito: ANDRÉ LUIZ

Em todos os ângulos da Vida Universal, encontramos, patentes, os recursos infinitos da Sabedoria Divina. 
A interdependência e a função, a disciplina e o valor são alguns aspectos simples da vida dos seres e das cousas. 
Interdependência – a vida vegetal vibra em regime de reciprocidade com a vida animal. A laranjeira fornece oxigênio ao cavalo e o cavalo cede gás carbônico à laranjeira. 
Função – o futuro é o resultado principal da existência da planta. A laranjeira, conquanto possua aplicações diversas, tem na laranja a finalidade maior da própria vida. 
Disciplina – cada vegetal produz um só fruto específico. Existem infinitas qualidades de frutos, todavia a laranjeira somente distribui laranjas. 
Valor – cada fruto varia quanto às próprias qualidades. A laranja pode ser doce ou azeda, volumosa ou diminuta, seca ou suculenta. 
Antes de o homem surgir na superfície do Planeta, o vegetal, há muito, seguia as leis existentes. 
Como usufrutuários do Universo, saibamos, assim, que toda ação humana contrária à Natureza constitui caminho a sofrimento. 
Retiremos dos cenários naturais as lições indispensáveis à nossa vida. 
Somos interdependentes. 
Não vivemos em paz sem construir a paz dos outros. 
Temos funções específicas. 
Existimos para colaborar no progresso da Criação, edificando o bem para todas as criaturas. 
Carecemos de disciplina. 
Sem método em nossos atos, não demandaremos a luz da frente. 
Somos valorizados pelas leis divinas. 
Valemos o preço das nossas ações, em qualquer atividade, onde estivermos. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


LIMPEZA
Espírito: ALBINO TEIXEIRA

Onde o bem se mostra por edificação do bem de todos, a limpeza comparece na base de todos os serviços. 
A fim de que produza, com segurança, a gleba aguarda o concurso da enxada contra o crescimento da erva daninha. 
O laboratório reclama instrumentos esterilizados para que o remédio alcance os fins a que se destina. 
O lar espera faxina diária, na preservação da saúde dos moradores. 
O livro, verdadeiramente nobre, demanda rigorosa tiragem para que se lhe evite, no texto, o prejuízo dos termos chulos. 
Nas providências mais simples da vida, surpreendemos semelhante necessidade. 
Alimento sadio, requisita seleção de produtos. 
Água, para servir, quer filtragem. 
Roupa não se conserva sem a cooperação da lavanderia. 
Vias públicas solicitam esgotos. 
Nas mesmas circunstâncias, diante das posições desagradáveis da alma, que, de fato, equivalem a perturbações e moléstias obscuras da mente, é necessário saibamos usar a lixívia da paciência, aclarando raciocínios e renovando emoções, definindo atitudes e policiando palavras, na certeza de que toda cura espiritual exige a limpeza do pensamento. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


O SUBLIME CONVITE 
Espírito: EMMANUEL

“Levanta-te, toma o teu leito e anda”. – Jesus. (João, 5:8). 

A palavra do Senhor é sempre luz direta. 
A partir do momento em que fala incisivo, o doente inicia uma nova jornada. 
Os músculos paralíticos vibram, fortes de novo. 
O tônus orgânico circula mais ativo. 
O equilíbrio ressurge no cosmo celular. 
A prisão em forma de leito liberta o prisioneiro. 
E múltiplas consequências são criadas no processo sublime quais sejam a 
responsabilidade maior para o irmão socorrido, estudo e meditação nos circunstantes admirados, reafirmação categórica das potencialidades sublimes do amor de Nosso Divino Mestre, através do trabalho messiânico de libertação das consciências humanas que impôs generosamente a Si Mesmo... 
Em seguida, mais uma crônica ajustar-se-á aos ensinamentos narrados pelos evangelistas expressando, até hoje, lição palpitante na escola da Humanidade. 
Em soerguendo o enfermo desditoso do leito de provação, convoca-nos Jesus a levantar-nos, todos, do ninho de imperfeições, em que nos comprazemos, de coração
cansado e mente corrompida. 
Se egoísmo, orgulho, inveja e ciúme, cobiça e vaidades ainda nos prendem o coração 
ao catre do infortúnio, ouçamos o convite do Senhor Amorável: 
-  “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. 
E erguendo-nos pela fé, saberemos sofrera consequência ainda amarga de nossa própria sombra, caminhando, por fim, ao encontro da Luz. 

terça-feira, 16 de outubro de 2012


ANTES, PORÉM... 
Espírito: ANDRÉ LUIZ 

Você pede melhoras de saúde. 
Antes, porém, socorra o enfermo em condições mais graves. 
Você pede, em favor do seu filho. 
Antes, porém, proteja a criança alheia em necessidade maior. 
Você pede providência determinada. 
Antes, porém, alivia a preocupação de outra pessoa, em prova mais contundente que a sua. 
Você pede concurso fraterno contra a obsessão que o persegue. 
Antes, porém, estenda as mãos ao obsidiado que sofre sem os recursos de que você já dispõe. 
Você pede perdão pela falta cometida. 
Antes, porém, desculpe incondicionalmente aqueles que lhe feriram o coração. 
Você pede apoio à existência. 
Antes, porem, seja consolo e refúgio para o irmão que chora em seu caminho. 
Você pede felicidade. 
Antes, porém, semeie nalgum gesto simples de amor a alegria do próximo. 
Você pede solução a esse ou àquele problema. 
Antes, porém, busque suprimir essa ou aquela pequenina dificuldade dos semelhantes. 
Você pede cooperação. 
Antes, porém, colabore a benefício dos que suam e gemem na retaguarda. 
Você pede a assistência dos bons espíritos. 
Antes, porém, seja você mesmo um espírito bom, ajudando aos outros. 
Toda solicitação assemelha-se, de algum modo, à ordem de pagamento, que, para ser atendida, reclama crédito. 
A casa não se equilibra sem alicerce. 
Uma fonte ampara outra. 
Se quisermos auxílio, aprendamos a auxiliar. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


NAS CULMINÂNCIAS DA LUTA
Espírito: CAÍRBAR SCHUTTEL 

Muitas vezes, vivemos normalmente dez longos anos, conquistando patrimônios espirituais, para viver apenas dez minutos fugaz de modo extraordinário e excepcional. 
É o clímax da vida, onde somos chamados às contas, na aferição de responsabilidades intransferíveis e que, não raro, percebemos intuitivamente, a derramar lágrimas que pressagiam amargas lutas. 
- Aprendemos, dia a dia, a pouco e pouco, anos seguidos, o desprendimento de bens transitórios para enfrentarmos a prova do desapego maior em momentos breves; experimentamos, por vários lustros, a repetição, instante a instante, de um dever trivial para testarmos a própria perseverança, no epílogo desse ou daquele problema,
aparentemente vulgar, mas de profunda significação em nosso destino; adquirimos forças íntimas vivendo toda uma encarnação a preparar-nos para a demonstração de coragem num minuto grave de testemunho... 
- Alpinistas da evolução, que destilam suor, de escarpa em escarpa, galgamos a montanha da experiência, adestrando-nos para transpor a garganta que nos escancara o abismo diante da tentação; estudantes comuns, nos currículos da existência, enceleiramos preciosos conhecimentos em cursos laboriosos de observação e trabalho, para superarmos a prova eliminatória, às vezes num só dia de sacrifício... 
- Estamos sempre, face à face, com a banca examinadora do mundo, pois onde formos si seremos convocados à confissão de nossa fé e conseqüente valor moral. O minuto que se esvai é a nossa oportunidade valiosa; o lugar onde estamos é o anfiteatro de nossas lições contínuas. 
- Por isso, caminhar sem Jesus, nos domínios humano, é sentir que a água não dessedenta, o alimento não sacia, a melodia não eleva, a página não edifica, a flor não perfuma, a luz não aquece... Entretanto, amparados no Cristo, todos somos auto-suficientes, porquanto dispomos de apoio, esclarecimento e fortaleza em qualquer transe aflitivo com que a vida nos surpreenda. 
- O alento que a certeza da fé raciocinada nos proporciona transcende todas as consolações efêmeras que possamos auferir de vantagens terrenas, de vez que nos faculta trabalhas sem fadiga, ajudar sem esforço, sofrer sem ressentimento e rir engolindo pranto. 
- Marchemos assim, arrimados nos padrões do Divino Mestre sem que nos creiamos no pretendo direito de reclamar ou maldizer, tumultuar ou censurar. 
- Desistamos de reivindicações, privilégios, prêmios ou honrarias de superfície, porquanto urge aspirarmos à medalha invisível do dever retamente cumprido que nos brilhe na consciência, à coroa da paz que nos cinja os pensamentos e a carta-branca do livre arbítrio que nos amplie o campo de ação no bem puro. 
- Regozija-te, pois, se a tua fé vive analisada na intimidade do lar, combatida na oficina de trabalho, fustigada no círculo de amigos, fiscalizada na ribalta social ou testada na enxerga de sofrimento... Somente conduzindo a nossa cruz de renúncia as gloríolas do século, com a serenidade da abnegação e com o sorriso da paciência é que poderemos ser recompensados pelo triunfo sobre nós mesmos, nas rotas da Perfeita Alegria.

sábado, 13 de outubro de 2012

INDUÇÃO E DOAÇÃO
Espírito: ALBINO TEIXEIRA

Exaltaste a caridade.
Favoreceste no próximo a simpatia fraterna.
Mas, se te desprendes das posses humanas a fim de socorrer aos companheiros necessitados, quaisquer que sejam, deste aos outros a luz da beneficência.
Louvaste a fé.
Incitaste o próximo a confiar.
Mas, se revelas segurança em Deus e em ti mesmo, nos acontecimentos desagradáveis da existência, deste aos outros a força transformadora que remove as montanhas da inquietação e do medo.
Recomendaste paciência.
Instilaste no próximo a essência da tolerância.
Mas, se mostras serenidade nas provações que te devastama alma, deste aos outros a resistência tranquila contra o império do mal.
Aconselhaste humildade.
Insuflaste no próximo a vocação de servir.
Mas, se compreendes as necessidades  e deficiências alheias, desculpando incondicionalmente todas as injúrias que te apedrejam a vida, deste aos outros a chama interior da divina virtude.
Palavras inclinam.
Exemplos renovam.
Em tudo o que se refira ao bem, não nos esqueçamos de que ensinar é induzir, mas fazer o bem é dar de nós mesmos aos outroso próprio bem que todos nós precisamos fazer.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


PONTOS A PONDERAR 
Espírito: ANDRÉ LUIZ

- Confie resignado. 
Passa o mal deixando a lição. 
Desaparece a enxurrada purificando o ambiente. 
*** 
- Viva com discernimento. 
O ato edificante é inconfundível. 
O arado e a bomba cavam a terra de maneira diversa. 
*** 
- Exemplifique a sua fé. 
Sempre denunciamos a própria origem. 
Cada meteorito traz determinada mensagem do espaço cósmico. 
*** 
- Seja comedido. 
Tudo o que constrói, pode destruir. 
Toda faixa de solo pode ser berçário e cemitério da vida. 
*** 
- Ajuda sem cessar. 
Os testemunhos do bem qualificam o homem. 
O movimento, a luz e o calor classificam o astro. 
*** 
- Desenvolva o auto-aprimoramento. 
A pior viciação pede esforço recuperativo. 
O brilhante foi detrito do organismo terrestre. 
*** 
- Fuja à violência. 
A ação orientada vence a força. 
O vento frágil desgasta a rocha maciça. 
*** 
- Observe amorosamente. 
Há beleza oculta na maior deformidade 
O tique da estrela existe como cintilação. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


CÉREBRO E ESTÔMAGO 
Espírito: SCHEILLA

Se pretenderes ajudar o cérebro que desatina, atende igualmente ao estômago que padece. 
“Mente sã em corpo são” – doutrinava a cultura antiga. 
E ninguém terá pensamento sadio sem digestão correta. 
Claro que não nos referimos aqui aos abusos do prato, mas à refeição frugal e pura 
que mantém a saúde física. 
Não olvidemos, assim, a obrigação de sossegar as necessidades básicas do próximo para que lhe possamos doar a mensagem de nossa fé. 
Nem somente pão excessivo que resume em moléstia a viciação. 
Nem somente discurso sistemático que resulte em demagogia e retórica. 
Orientação para o cérebro. 
Socorro para o estômago. 
Exemplo e lição, atitude e palavra. 
Alimento e agasalho, remédio e consolo. 
Estudo que edifique. 
Bondade que reconforte. 
Refeitório que restaure. 
Escola que ilumine. 
Através do Evangelho, no Capítulo Seis dos Atos dos Apóstolos, somos informados de que no primeiro santuário do Cristianismo em Jerusalém, havia quem amparava os sedentos de luz e quem servia aos famintos de pão. 
Conjugavam-se tribuna e mesa, verdade e amor para a vitória da luz. 
Assim sendo, no apostolado espírita, que revive o ministério divino de Nosso Senhor, não nos esqueçamos das aflições da alma e do corpo. 
Auxiliemos as vítimas da ignorância, sem olvidar as criaturas que jazem sob o grilhão das calamidades materiais. 
O cérebro depende do estômago para governar a vida orgânica. O estômago depende 
do cérebro para sustenta-lo. 
Ambos reclamam atenção e carinho. 
Foi por isso talvez que a Sabedoria Divina separou um do outro, impondo-lhes o coração de permeio. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012


DECIDIDAMENTE
Espírito: ANDRÉ LUIZ

Verbosidade não cria autoridade moral, composta pelo esforço no trabalho. Adorno não forma beleza íntima, própria do burilamento da individualidade. A fórmula exterior não comanda a eficácia da prece, dependendo da intenção de quem ora. A polêmica não dilata o poder da fé, derivado das experiências de cada qual. A escola não administra a verdadeira vocação, síntese do aprendizado milenar do espírito. A biblioteca não da o conhecimento de nós mesmos, a nascer-nos do íntimo. A moeda não compra a simpatia real, alicerçada nas forças profundas da personalidade. O mercado não vende o conforto da alma, alimentado pela consciência. O conceito de reatividade dirige a existência, razão por que nos cabe compreender todos os seres e cousas à nossa volta, conferindo a cada um a importância merecida, conforme a função que desempenha. Evoluir é discernir mais amplamente. Entendamos, pois, através do estudo e da observação, o significado de cada acontecimento, o objetivo, o significado de cada acontecimento, o objetivo de cada instituição e o valor de cada pessoa, à luz do Evangelho Vivo, prevenindo o erro e exalando a verdade, hoje e sempre.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MENSAGEM AO SEMEADOR
Espírito: MEIMEI

Semeador despertou aos clarões daaurora e começastes a semear...
A dura lavra exigia suor e, dia sobre dia, arroteaste o solo, calejando aos mãos, entre o orvalho da manhã e a luz das estrelas.
Diante do sacrifício, os mais amados largaram-te a convivência, sequiosos de reconforto... Mas quando te viste a sós, sem ninguém que te quisesse as palavras, a natureza conversou contigo, em nome do Céu, e escutaste, surpreendido; as orações da semente, no instante de morrer abandonada para ser fiel à vida; ouviste as confidências das roseiras, escravizadas em gleba, cujas flores brilham nos salões, sem que seja dado outro direito que não aquele de respirar, entre rudes espinhos; recolheste a história do trigo que te contou, ainda nos cachos de ouro, como seria triturado nos dentes agudos de implacáveis moinhos, a fim de servir na casa dos homens; e velhas árvores lascadas e sofredoraste fizeram sentir que Deus lhes havia ensinado, em silêncio, a proteger carinhosamente, as próprias mãos criminosas que lhes decepam os ramos...
Consolado e feliz, trabalhaste, semeador!
Um dia, porém, o campo surgiu engalanadode perfume e beleza e aparecem aqueles que te exigiram a colheita para a festa do mundo...
Choraste na separação das plantas queridas, entretanto, ninguém te viu as lágrimas escondidas entre as rugas do rosto.
Era sozinho perante as multidões que te disputavam os frutos e por não haver adestrado verbo primoroso de modo a defender-te, diante das assembléias, e porque a tua presença simples não oferecesse qualquer perspectiva de encontro social, os raros amigos de tua causa julgaram prudentes silenciar, envergonhados do rigor de tuas ásperas disciplinas e da pobreza de tua veste, mas Deus te impeliu à renovação e, conquanto despojado de teus bens mais humildes, procuraste outros climas e outras leiras, onde as tuas mãos quebrantadas e doloridas continuaram a semear...
Semeador dos terrenos do espírito, que te encaneceste na lavoura da luz, qual acontece ao cultivador paciente do solo, não te aflijas, nem desanime. Se tempestades sempre novas te vergastam a alma, continua semeando...E, se banimentos e solidão devem constituir a herança transitória do teu destino, recorda o Divino Semeador que, embora piedoso e justo, preferiu a cruz por amor a verdade e prossegue semeando, mesmo assim, na certeza de que Deus te basta, porque tudo passa no mundo, menos Deus.

sábado, 6 de outubro de 2012

ENTENDAMOS
Espírito: ANDRÉ LUIZ

O objetivo da sua vida na Terra não constitui a autoridade, a beleza ou o conforto efêmeros.
É o aperfeiçoamento espiritual.
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A fraternidade pura não expressa facciosismo de classe ou crença, pátria ou partido.
É bênção de amor e de entendimento.
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A finalidade da educação não se resume no respeito cego a tradicionalismo e preconceito.
É disciplina aos impulsos próprios.
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A máquina não existe para automatizar a experiência.
É recurso à prosperidade geral.
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A evangelização da infância não consiste em seu acondicionamento às nossas idéias.
É o processo da emancipação infantil paraa compreensão da justiça e do bem.
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O exercício profissional não consubstancia concorrência desonesta em louvor da ambição.
É ensejo de auxílio a todos.
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O conhecimento maior não representa ingresso à felicidade contemplativa.
É libertação do erro com responsabilidade na consciência.
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A caridade não exprime virtude, conforme a nossa inclinação afetiva.
É solução a qualquer problema.
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A sua fé não significa exclusivo ideal para o futuro.
É força construtiva para hoje.
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O seu estudo não se restringe à padronização de sua existência à existência dos outros.
É arma viva para a reforma de você mesmo.
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A melhoria moral não transparece desse ou daquele título honroso alcançado entre os homens.
É luz manifesta em seu bom exemplo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CAMINHO ALTO
Espírito: EMMANUEL

Além da morte, as alegrias são fulgurações crescentes do espírito, na liberação das forças emotivas que se descartaram da matéria mais densa, entretanto, no mesmo princípio, as dores da consciência atingem o superativo da angústia. À vista disso, o remorso em nós é qual fulcro de agonias morais reavivando a lembrança dos nossos erros, com espantoso poder de repetição. Carregamos, desse modo, além-túmulo, o fardo de nossas culpas, a exibir constantemente o espetáculo das próprias fraquezas, e imploramos a reencarnação como quem sabe que o corpo físico é o instrumento capaz de reabilitar-nos. Nessas circunstâncias, não poupamos súplicas, não regateamos promessas, não medimos votos, não subestimamos sacrifícios... Encomendamos serviço e luta, assinalando a inquietude dosedento que pede água. Aspiramos a apaziguar paixões, purificar sentimentos, resgatar débitos, santificar ligações e elevar experiências, na conquista da própria renovação. E, quase sempre renascemos em duras dificuldades, a fim de redimir-nos, à maneira do aluno internado na escola para educar-se. Não recuses, assim, a provação ou problema que o mundo te impõe, nas horas breves da passagem sob a neblina da carne. A moléstia, a inibição, o sonho torturado, o parente difícil, a separação temporária ou o infortúnio doméstico representam cursos rápidos de regeneração pessoal, em que somos chamados ao próprio burilamento. Recorda que voltarás, amanhã, para o lar da luz de onde vieste. Não impeças que o suor do trabalho ou o pranto do sofrimento te dissolvam as sombras do coração. Todo mal de ontem ressurge ao mal de agora para que o bem apareça e retome a governança da vida. O Erro desajusta. A dor restaura. É por isso que, entre a ilusão que obscurecee a verdade que ilumina, a reencarnação será sempre o alto caminho do recomeço.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

NA EXPERIÊNCIA ATUAL
Espírito: LAMEIRA DE ANDRADE

A evolução é a transição do ser da condição de escravo à condição de senhor do próprio destino. Almas milenarmente necessitadas são agora discípulos do bem. E ainda no estágio da experiência, atual, por vezes, inconsciente e distraídos, se aprendemos, fazemos segredo do que sabemos; se ganharmos, erguemos o monopólio do que temos; se nos emocionamos, disfarçamos o que sentimos em prejuízo dos semelhantes. Por isso, freqüentemente, nossos espíritos, cegos – não Vêem as bênçãos da Providência; surdos – não ouvem as vozes que cascateiam da Altura; mudos – não confessam as próprias faltas. Cumpre-nos considerar, entretanto, que ninguém adita um milímetro de imperfeição perene à obra Imperecível de Deus, da qual participamos inevitavelmente, desde que fomos criados, porquanto, toda manifestação impura tem a duração de um átimo, à frente da Eternidade. Desse modo, não te amofines quanto às condições difíceis em que te encontras, na romagem terrestre, sejam elas quais forem. Se a Lei concede o corpo conforme o espírito, não olvides que as melhores posições, perante o mundo, são aquelas que nos oferecem as inibições físicas, as dificuldades de nascimento, as heranças fisiológicas de amargo teor, as lutas e os obstáculos incessantes, as adversidades e provações sucessivas, pois somente no círculo dessas desvantagens aparentes é que superamos os nossos antigos defeitos morais e nos candidatam às Estâncias Resplandecentes da Vida Maior. Estuda as tuas facilidades do momento que passa. Quase sempre a obsessão entra na vida humana de braços dados com elas... Se trouxeres a consciência arpoada pelo remorso, não se entregues inerme ao arguilhão com que te prende a cabeça. Buscarefazer o destino, ajudando os outros, hora após hora, sem te esqueceres de que se o sorriso é idioma internacional, o gemido também o é... E auxiliando, age com presteza, de vez que o remédio que chega atrasado, torna-se fraco para combater a doença que já progrediu... Auscultemos intuitivamente o báratro do pretérito, no pélago de nós mesmos, pois a culpa, em forma de tentação, se nos imiscui no presente, até o resgate final dos próprios débitos, contudo, ainda, assim, arrima-te no trabalho e asserena-te na esperança, porque, mesmo nas mais densas trevas, ninguém vive órfão da solidariedade Divina.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ÚNICA MEDIDA
Espírito: ANDRÉ LUIZ

A carteira de identidade presta informações de sua pessoa humana.
O calendário fala de sua idade física.
O relógio marca o seu tempo.
O metro especifica as dimensões do seu corpo.
A altitude revela a sua localização transitória sobre o nível do oceano.
A tinta grava as suas impressões digitais.
O trabalho demonstra a sua vocação.
A radiografia faculta o exame dos seus órgãos.
O eletrocardiógrafo determina as oscilações do seu músculo cardíaco.
Todos os seus estados e condições, realizações e necessidades podem ser definidos por máquinas, engenhos, instrumentos, aparelhos, laboratórios e fichários da Terra, entretanto, não se esqueça você de que o serviço ao próximo é a única medida que fornece exata notícia do seu merecimento espiritual.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

SEJAMOS SIMPLES
Espírito: EMMANUEL

“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque deles é o reino de Deus “. – Jesus. (LUCAS, 18:16)”.

Surge o progresso da sucessão constante de labores variados em todas as frentes de atividade humana.
Um esforço acompanha outro, um objeto maisaperfeiçoado modifica os movimentos da criatura.
Vida após vida, geração a geração, a Humanidade caminha recebendo luz e burilamento.
Toda a vida futura, no entanto, depende inevitavelmente da vida presente, como toda colheita próxima se derivada sementeira atual.
A infância significa, por isso, as vibrações da esperança nos dias porvindouros, muito embora a fragilidade com que se caracteriza.
A ingenuidade dos pensamentos e a meiguicedos modos dão à criança os traços da virgindade sentimental necessária ao espíritopara galgar os estágios superiores da evolução.
Eis, porque, o Senhor, com muita propriedade;elegeu na infância o símbolo da pureza indispensável à sustentação do ser na Vida Maior.
No período infantil encontramos as provas irrecusáveis de que as almas possuem, no âmago de si mesmas, as condições potenciais para a angelitude.
Urge, pois, saibamos viver com a simplicidade dos pequeninos, na rota da madureza renunciando às expressões inferiores do egoísmo e do orgulho, da astúcia e da crueldade, que tantas vezes se nos ocultam nos gestos de fidalguia aparente.
No reino de Deus ninguém cresce para a maldade.
Sejamos simples, vivendo o bem espontâneo.
Observa, portanto, em ti, os sinais positivos que conservas da infância, com índice de valores morais para a excursão, monte acima.
Seja criança em relação ao mal que perturba e fere, realizando a maturação de teus sentimentos na criação do amor puro, porque somente no amor puro encontraremos acesso à Eterna Sublimação a que estamos destinados.