terça-feira, 27 de agosto de 2013

LIVRO PÃO NOSSO - CHICO XAVIER POR EMMANUEL

CURA DO ÓDIO


“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.” — Paulo. (ROMANOS, 12, VERSÍCULO 20.)

       O homem, geralmente, quando decidido ao ser­viço do bem, encontra fileiras de adversários gratui­tos por onde passe, qual ocorre à claridade invaria­velmente assediada pelo antagonismo das sombras.
       Às vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em cons­tante ameaça à sua tranqüilidade.
       Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiên­cias vivas no Evangelho.
       Quase sempre, o aprendiz de boa-vontade de­senvolve o máximo das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço pa­rece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o co­ração do outro e os melhores gestos de amor passam por ele despercebidos.
Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura bem-intencionada em gestos bajulatórios. Espere-se pela oportunidade de manifestar o bem.
Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao amor, o serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal.

Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facil­mente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo re­novador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio, cheio de expressões infernais.

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