quarta-feira, 21 de agosto de 2013

LIVRO PÃO NOSSO - CHICO XAVIER POR EMMANUEL

MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS

       “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 12, VERSÍCULO 7.)

       Com a revivescência do Cristianismo puro, nos agrupamentos do Espiritismo com Jesus, verifica-se idêntica preocupação às que torturavam os aprendi­zes dos tempos apostólicos, no que se refere à mediu­nidade.
       A maioria dos trabalhadores na evangelização inquieta-se pelo desenvolvimento imediato de faculda­des incipientes.
       Em determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às possibilidades de que dis­põem; em outros, sonha-se com fenômenos de grande alcance.
       O problema, no entanto, não se resume a aqui­sições de exterior.
       Enriqueça o homem a própria iluminação Intima, intensifique o poder espiritual, através do conheci­mento e do amor, e entrará na posse de tesouros eternos, de modo natural.
Muitos aprendizes desejariam ser grandes viden­tes ou admiráveis reveladores, embalados na pers­pectiva de superioridade, mas não se abalançam nem mesmo a meditar no suor da conquista sublime.
Inclinam-se aos proventos, mas não cogitam do esforço. Nesse sentido, é interessante recordar que Simão Pedro, cujo espírito se sentia tão bem com o Mestre glorioso no Tabor, não suportou as angústias do Amigo flagelado no Calvário.

É justo que os discípulos pretendam o engran­decimento espiritual, todavia, quem possua faculdade humilde não a despreze porque o irmão mais próximo seja detentor de qualidades mais expressivas. Tra­balhe cada um com o material que lhe foi confiado, convicto de que o Supremo Senhor não atende, no problema de manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utili­dade geral.

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