sexta-feira, 13 de setembro de 2013

LIVRO PÃO NOSSO - CHICO XAVIER POR EMMANUEL

ENTENDAMOS SERVINDO


“Porque também nós éramos nou­tro tempo insensatos.” — Paulo. (TITO, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 3.)

O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária, mas não pode golpear a pedra, indiscri­minadamente.
O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no entanto, reclama ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
Na sementeira da verdade, igualmente, é indis­pensável não nos desfaçamos em movimento impen­sado.
Na Terra, não respiramos num domicílio de anjos. Somos milhões de criaturas, no labirinto de dé­bitos clamorosos do passado, suspirando pela dese­jada equação.
Quem ensina com sinceridade, naturalmente aprendeu as lições, atravessando obstáculos duros.
Claro que a tolerância excessiva resulta em au­sência de defesa justa, entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos de imenso cabedal de paciência e entendimento.
Paulo, incisivo e enérgico, não desconhecia se­melhante realidade.
Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompre­ensões de outra época para justificar a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a serviço do Evan­gelho Redentor.
Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas, indicando cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em qualquer parte.
Recordemos nós mesmos, na passagem pelos círculos mais baixos, e estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.

Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra-te de que Ele não funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício até à cruz, na condição de advogado do mundo inteiro.

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