quinta-feira, 27 de novembro de 2014

LIVRO VOZES DO GRANDE ALEM DE FRANCISCO CANDIDO XAVIER POR ESPIRITOS DIVERSOS

EM ORAÇÃO
Joaquim Arcoverde

No término de nossas atividades, na noite de 21 de julho de 1955, justamente quando a Igreja Católica celebrava, no Rio de Janeiro, grande conclave religioso, o nosso grupo teve a 
honrosa satisfação de receber a palavra do grande prelado brasileiro, que foi o Cardeal Joaquim Arcoverde, cuja sentida mensagem constou da prece aqui transcrita.

Jesus, Senhor e Mestre!
Nesta hora, em que a Igreja Católica Romana, de que temos sido modesto servidor, se engalana no Brasil com os júbilos do trigésimo sexto Congresso Internacional das forças que a representam, derrama sobre nós a bênção do teu olhar.
Ensina-nos que a tua causa é aquela do amor que exemplificaste e que, por isso, não há cristãos separados, mas sim ovelhas dispersas de teu aprisco, a se dividirem provisoriamente nos templos da fé viva, em que a tua doutrina é venerada.
Tu que desceste da glória à manjedoura para servir-nos, induze-nos à humildade para que te não injuriemos o nome com a mentirosa soberbia do ouro terrestre.
Tu que estendeste a abnegação aos próprios verdugos, inclina-nos à bondade e à tolerância, afim de que sejamos verdadeiros e fiéis irmãos uns dos outros.
Tu  que  nos  recomendaste  a  oração  pelos  que  nos  perseguem  e  caluniam,  expulsa  de nossa vida o ódio e a crueldade, a discórdia e o fanatismo, que tantas vezes nos envenenam os corações.
Tu que te detiveste entre cegos e estropiados, enfermos e paralíticos, distribuindo o socorro e a esperança, impele-nos a deixar nossa velha torre de egoísmo e isolamento, a fim de consagrarmo-nos contigo à exaltação do bem.
Tu que não possuíste uma pedra onde repousar a cabeça, guia-nos ao desprendimento e à caridade, para que a embriaguez da efêmera posse humana não nos imponha a loucura!...
Senhor, nós, os religiosos de tua revelação, abusando do poder e da fortuna, temos nossos deveres para com o mundo, que, engodado pela inteligência transviada nas trevas, ainda agora se dirige para a deflagração de pavorosa carnificina.
Divino  Pastor,  compadece-te  do  rebanho  desgarrado  nos  espinheirais  da  ilusão  e  da sombra!...
Perdoa-nos e ajuda-nos.
Mestre, faze que os sacerdotes retos, que já atravessaram as cinzas do túmulo, voltem de novo à Terra, em auxílio de seus irmãos que ainda se mergulham no nevoeiro da carne! ... 
E  que  todos  nós,  acordados  para  a  justiça,  possamos  retornar  ao  teu  Evangelho  de  Amor, 
louvando-te o apostolado de luz, para sempre.

Nenhum comentário: