domingo, 17 de junho de 2012

OS ABUSOS DO PODER RELIGIOSO
FASES DA IGREJA CATÓLICA

Apesar dos numerosos desvios da Igreja romana, que esquecera os princípios cristãos tão logo que chamada aos gabinetes da política do mundo, nunca o Catolicismo foi de todo abandonado pelas potências do bem, no mundo espiritual. Advertências inúmeras lhe foram enviadas em todos os tempos da sua vida histórica, pela misericórdia do Cristo, condoído da impiedade de quantos, sob o seu nome, manchavam o altar dos templos. Enquanto esteve subordinada aos imperadores de Constantinopla, a instituição católica trabalhou para libertar-se de semelhante tutela,  procurando a mais ampla independência espiritual, somente conseguida depois do papa Estêvão II, em 756, com a organização do chamado Patrimônio de São Pedro. A esse tempo, os vários soberanos da época dispunham da Igreja de acordo com os seus caprichos pessoais, conferindo dignidades eclesiásticas às consciências mais apodrecidas. A sede do Catolicismo se transformara em vasto mercado de títulos nobiliárquicos de toda a espécie. Até depois do século X, semelhante situação de descalabro moral marchava para a frente, num crescendo espantoso. Os Apóstolos do Divino Mestre, nas claridades do Infinito, deploram semelhantes espetáculos de indigência espiritual e promovem a reencarnação de numerosos auxiliares da tarefa remissora, nas hostes da regra de São Bento. Estes missionários da verdade e do bem operam a restauração do mosteiro de Cluny, de onde sairiam pensamentos novos e energias regeneradoras.

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