segunda-feira, 18 de junho de 2012

GREGÓRIO VII

Foi nesse movimento de restauração que Hildebrando, conhecido como Gregório VII, ouvindo as inspirações que lhe desciam ao coração, do plano invisível, preparou-se para a missão que o esperava no Vaticano. Sua figura é das mais importantes do século XI, pela fé e pela sinceridade que lhe caracterizaram as atitudes. Eleito papa, após a desencarnação de Alexandre II, reconheceu que as primeiras providências que lhe competiam eram as do combate ao simonismo no seio da instituição católica e as do restabelecimento da autoridade da Igreja, que ele desejou sinceramente reconduzir ao seio do Cristianismo, embora as lutas sustentadas contra Henrique IV façam parecer o contrário. Convocando um concílio em Roma, no ano de 1074, procurou reprimir a enormidade de tantos abusos referentes ao mercado dos sacramentos e às honras eclesiásticas. Filipe I e Henrique IV prometem amparo e auxílio às decisões do pontífice, no sentido de regenerar a organização da Igreja. Henrique IV, porém, prestigiado pelos bispos culpados de simonia, fugiu ao cumprimento da promessa e, depois de exortado por Gregório VII, tenta depô-lo, reunindo em Worms um sínodo de sacerdotes transviados. O papa excomunga o príncipe rebelado, ocorrendo então os célebres acontecimentos de Canossa. A luta ainda não havia terminado, quando Gregório VII se desprende do mundo em 1085, deixando, porém, o caminho preparado para a Concordata de Worms, que se realizaria em 1122 com Henrique V, com a independência da Igreja e a regeneração aproximada de sua disciplina.

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