quarta-feira, 27 de junho de 2012

FIM DAS CRUZADAS

Em fins do século XII Jerusalém cai em poder de Saladino. Os príncipes cristãos do Ocidente preparam-se para a terceira Cruzada, assinalando-se as vitórias de S. João d'Acre. As lutas no Oriente sucederam-se anos a fio como furacões periódicos e devastadores. A Palestina possuía, até então, os seus recantos maravilhosos de verdura abundante. A Galiléia era um vasto jardim, cheio de perfume e de flores. Mas tantos foram os embates dos exércitos inimigos, tantas as lutas de extermínio e de ambição, que a própria Natureza pareceu maldizer para sempre os lugares que mereciam o amor e o carinho dos homens. As últimas Cruzadas foram dirigidas por Luís IX, o rei santo de França que, depois da tomada de Damieta, caiu em poder dos nimigos, pagando fabuloso resgate e vindo a desprender-se da vida terrestre em 1270, defronte de Túnis, vitimado pela peste. Os mensageiros de Jesus, que de todos os acontecimentos sabem extrair os fatores da evolução humana para o bem, buscam aproveitar a utilidade desses acontecimentos dolorosos. Foi por essa razão que as Cruzadas, não obstante o seu caráter anticristão, fizeram-se acompanhar de alguns benefícios de ordem econômica e social para todos os povos. Na Europa a sua influência foi regeneradora, enfraquecendo a tirania dos senhores feudais e renovando a solução dos problemas da propriedade, conjurando muitas lutas isoladas. Além disso, os seus movimentos intensificaram, sobremaneira, as relações do Ocidente com o Oriente, apenas paralisadas mais tarde, em vista da ferocidade dos turcos e dos invasores mongóis.

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