LIVRO VOZES DO GRANDE ALEM DE FRANCISCO CANDIDO XAVIER POR ESPIRITOS DIVERSOS
MENSAGEM DE ALERTA
Antônio Luiz Sayão
Reunião de 16 de junho de 1955.
Com instruções dos benfeitores Espirituais para a organização de um novo livro de anotações e ensinamentos, o Grupo Meimei, ao término dos serviços da noite, começou a recolher, como de hábito, através da mediunidade do companheiro Francisco Cândido Xavier, o material destinado a esse fim, com a visita do respeitável instrutor Antônio Luiz Sayão, inolvidável pioneiro do Espiritismo no Brasil, que pronunciou a comovente mensagem que se segue, alusiva às nossas necessidades de vigilância.
Irmãos:
Permaneçamos na paz de Nosso Senhor Jesus.
O acicate das provações necessárias fere o mundo.
O avanço da inteligência moderna mais se assemelha a rude sarcasmo, tributando a Civilização com vexames e calamidades de toda espécie.
O homem, efetivamente, multiplicou os poderes da máquina que lhe soluciona variados problemas da luta material, mas sofre o escárnio desse avanço, visto que o imenso progresso industrial, que lhe assinala a experiência de agora, mais lhe destaca a miserabilidade do espírito, acelerando-lhe a corrida para os desastres e crises de toda ordem.
Registrando o apontamento, não temos o gosto de manejar a picareta derrotista, nem somos profetas do pessimismo ou da decadência.
Compreendemos o sofrimento individual e coletivo como imposição natural e justa de que não nos é lícito escapar, tanto quanto, na existência comum, ninguém foge ao serviço da limpeza, se pretende evoluir ou preservar-se.
Não há tempestade sem benefício, como não existe noite sem alvorada.
Desejamos apenas comentar com os nossos irmãos de fé a necessidade de mais ampla assimilação do Evangelho em nossas linhas de atividade.
O título de espírita, atualmente, vale por cristão redivivo, envolvendo a inadiável obrigação de socorro ao mundo.
E todos nós, que já recebemos, por mercê do Senhor, o conhecimento da Justiça Divina, através da reencarnação, e a certeza da imortalidade da alma, constituímos, em nome do Mestre, vasta frente de servidores com o dever de ajudar a Humanidade que se debate no caos.
Para que estejamos, porém, investidos do poder que semelhante mandato nos faculta, é indispensável, não apenas pregar o evangelho, mas incorporá-lo a nós mesmos, para que a nossa vida fale mais alto que as nossas palavras.
Nas vastidões obscuras das esferas inferiores, choram os soldados que perderam inadvertidamente a oportunidade da vitória. São aqueles companheiros nossos que transitaram no luminoso carreiro da Doutrina, exigindo baixasse o Céu até eles, sem coragem para o sacrifício de se elevarem até o Céu. Permutando valores eternos pelo prato de lentilhas da facilidade humana, precipitaram-se no velho rochedo da desilusão, a que se prendem pelo desespero e pelo arrependimento tardio.
E o grande conflito entre o bem e o mal continua fragoroso e terrível, concitando-nos à humildade e ao trabalho, ao amor e à renúncia.
Espíritas, irmãos de ideal, se quiserdes o triunfo nas promessas que assinastes Mais Alto, antes de empreenderdes a presente romagem no mundo, é preciso acordar para as responsabilidades de viver e de crer, lutando destemerosamente na regeneração de nós mesmos e no soerguimento moral da Terra!
Guardemos a provação por bênção, o trabalho por alimento espiritual de cada dia, o
obstáculo por medida de nossa confiança, a fé por nosso incessante estímulo e a consciência
tranqüila por nosso melhor galardão.
A batalha neste século é decisiva para nós, espiritistas e servidores da Boa-Nova, quinhoados com a riqueza do conhecimento renovador! Aceitaremos o Cristo, libertando-nos definitivamente das trevas, ou permaneceremos nas trevas, adiando indefinidamente a nossa libertação com o Cristo.
Que Nossa Mãe Santíssima nos proteja e nos abençoe.
Antônio Luiz Sayão
Reunião de 16 de junho de 1955.
Com instruções dos benfeitores Espirituais para a organização de um novo livro de anotações e ensinamentos, o Grupo Meimei, ao término dos serviços da noite, começou a recolher, como de hábito, através da mediunidade do companheiro Francisco Cândido Xavier, o material destinado a esse fim, com a visita do respeitável instrutor Antônio Luiz Sayão, inolvidável pioneiro do Espiritismo no Brasil, que pronunciou a comovente mensagem que se segue, alusiva às nossas necessidades de vigilância.
Irmãos:
Permaneçamos na paz de Nosso Senhor Jesus.
O acicate das provações necessárias fere o mundo.
O avanço da inteligência moderna mais se assemelha a rude sarcasmo, tributando a Civilização com vexames e calamidades de toda espécie.
O homem, efetivamente, multiplicou os poderes da máquina que lhe soluciona variados problemas da luta material, mas sofre o escárnio desse avanço, visto que o imenso progresso industrial, que lhe assinala a experiência de agora, mais lhe destaca a miserabilidade do espírito, acelerando-lhe a corrida para os desastres e crises de toda ordem.
Registrando o apontamento, não temos o gosto de manejar a picareta derrotista, nem somos profetas do pessimismo ou da decadência.
Compreendemos o sofrimento individual e coletivo como imposição natural e justa de que não nos é lícito escapar, tanto quanto, na existência comum, ninguém foge ao serviço da limpeza, se pretende evoluir ou preservar-se.
Não há tempestade sem benefício, como não existe noite sem alvorada.
Desejamos apenas comentar com os nossos irmãos de fé a necessidade de mais ampla assimilação do Evangelho em nossas linhas de atividade.
O título de espírita, atualmente, vale por cristão redivivo, envolvendo a inadiável obrigação de socorro ao mundo.
E todos nós, que já recebemos, por mercê do Senhor, o conhecimento da Justiça Divina, através da reencarnação, e a certeza da imortalidade da alma, constituímos, em nome do Mestre, vasta frente de servidores com o dever de ajudar a Humanidade que se debate no caos.
Para que estejamos, porém, investidos do poder que semelhante mandato nos faculta, é indispensável, não apenas pregar o evangelho, mas incorporá-lo a nós mesmos, para que a nossa vida fale mais alto que as nossas palavras.
Nas vastidões obscuras das esferas inferiores, choram os soldados que perderam inadvertidamente a oportunidade da vitória. São aqueles companheiros nossos que transitaram no luminoso carreiro da Doutrina, exigindo baixasse o Céu até eles, sem coragem para o sacrifício de se elevarem até o Céu. Permutando valores eternos pelo prato de lentilhas da facilidade humana, precipitaram-se no velho rochedo da desilusão, a que se prendem pelo desespero e pelo arrependimento tardio.
E o grande conflito entre o bem e o mal continua fragoroso e terrível, concitando-nos à humildade e ao trabalho, ao amor e à renúncia.
Espíritas, irmãos de ideal, se quiserdes o triunfo nas promessas que assinastes Mais Alto, antes de empreenderdes a presente romagem no mundo, é preciso acordar para as responsabilidades de viver e de crer, lutando destemerosamente na regeneração de nós mesmos e no soerguimento moral da Terra!
Guardemos a provação por bênção, o trabalho por alimento espiritual de cada dia, o
obstáculo por medida de nossa confiança, a fé por nosso incessante estímulo e a consciência
tranqüila por nosso melhor galardão.
A batalha neste século é decisiva para nós, espiritistas e servidores da Boa-Nova, quinhoados com a riqueza do conhecimento renovador! Aceitaremos o Cristo, libertando-nos definitivamente das trevas, ou permaneceremos nas trevas, adiando indefinidamente a nossa libertação com o Cristo.
Que Nossa Mãe Santíssima nos proteja e nos abençoe.
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