LIVRO VOZES DO GRANDE ALEM DE FRANCISCO CANDIDO XAVIER POR ESPIRITOS DIVERSOS
HORA EXTREMA
Antônio Nobre
Na noite de 30 de agosto de 1956, nosso Grupo recebeu, emocionadamente, a visita do Espírito Antônio Nobre, o inesquecível poeta português que, após controlar as faculdades do médium, expressou-se com intraduzível beleza, transmitindo-nos o soneto abaixo transcrito.
HORA EXTREMA
- A vida é sombra de ilusão funesta...
Exclamava chorando, ao fim do dia.
- Lodo, miséria e pó, na noite fria...
De toda lide humana é quanto resta.
- E o amor, a beleza, e o sol em festa?
- Cinza e nada!... – a mim mesmo respondia.
- E o pesadelo estranho da agonia
Nos tormentos da angústia que me empesta?
Pranto e dor estrangulam-me a garganta...
Nisso, porém, a morte calma e santa
Vence o gelo da treva que me invade.
Partem-se algemas... Luzes brilham perto...
E, deslumbrado, escuto, enfim liberto,
A divina canção da Eternidade.
Antônio Nobre
Na noite de 30 de agosto de 1956, nosso Grupo recebeu, emocionadamente, a visita do Espírito Antônio Nobre, o inesquecível poeta português que, após controlar as faculdades do médium, expressou-se com intraduzível beleza, transmitindo-nos o soneto abaixo transcrito.
HORA EXTREMA
- A vida é sombra de ilusão funesta...
Exclamava chorando, ao fim do dia.
- Lodo, miséria e pó, na noite fria...
De toda lide humana é quanto resta.
- E o amor, a beleza, e o sol em festa?
- Cinza e nada!... – a mim mesmo respondia.
- E o pesadelo estranho da agonia
Nos tormentos da angústia que me empesta?
Pranto e dor estrangulam-me a garganta...
Nisso, porém, a morte calma e santa
Vence o gelo da treva que me invade.
Partem-se algemas... Luzes brilham perto...
E, deslumbrado, escuto, enfim liberto,
A divina canção da Eternidade.
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