quarta-feira, 25 de abril de 2012

OS CHEFES DE ROMA

Depois de Caio, assassinado no Aventino, embora se fizesse supor um suicídio, instala-se definitivamente um regime de quase completa dissolução das grandes conquistas morais realizadas. Sobe Mário ao poder, depois das vitórias contra Jugurta e contra os germanos, que haviam, por sua vez, invadido o território das
Gálias. Mas os antagonismos sociais levam Sua ao poder, travando-se lutas cruentas, como vésperas escuras de sangrentas derrocadas Em seguida, surgem Pompeu e a revolução de Catilina, muito conseguindo a prudência de Cícero em favor da segurança da cidade Verifica-se, logo após, o primeiro triunvirato com a política maneirosa de Caio Júlio César, que se alia a Pompeu e a Crasso para as supremas obrigações do governo. As citações históricas, todavia, desviariam os objetivos do nosso esforço. Nossa intenção é mostrar que o determinismo do mundo espiritual era o do amor, da solidariedade e do bem, mas os próprios homens, na esfera relativa de suas liberdades, modificaram esse determinismo superior, no curso incessante da civilização. Os generais romanos podiam conquistar a ferro e fogo, desviando-se dos objetivos mais sagrados dos seus deveres e obrigações, levando aos outros povos, pela força das armas, os liames que somente deveriam utilizar com a sua cultura e experiência da vida; mas seus atos originaram os mais amargos frutos de provação e sofrimento para a Humanidade terrestre, e é por isso que, em sua quase totalidade, entraram no plano espiritual seguidos de perto pelas suas numerosas vítimas, entre as vozes desesperadas das mais acerbas acusações. Muitos deles, decorridos decênios infindáveis de martírios expiatórios, podiam ser vistos sem as suas armaduras elegantes, arrastando-se como vermes ao longo das margens do Tibre, ou estendendo as mãos asquerosas, como mendigos detestados do Esquilino.

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