terça-feira, 10 de abril de 2012

AS GUERRAS E A MAIORIDADE TERRESTRE

Em breve, porém, a família romana, cheia das tradições de generosa beleza, foi dilacerada pelos gênios militares e pelos espíritos guerreiros. O progresso incessante da cidade formava a tendência geral ao expansionismo em todos os domínios. Entretanto, os pródromos do Direito Romano e a organização da família assinalavam o período da maioridade terrestre. O homem com semelhantes conquistas, estava a desferir o vôo para as mais altas esferas espirituais. As legiões magnânimas do Cristo aprestam-se para as últimas preparações de seus gloriosos caminhos na face do mundo. O Evangelho deveria chegar como a mensagem eterna do amor, da luz e da verdade para todos os seres. Todavia, a liberdade pessoal e coletiva é respeitada pelo plano invisível e Roma não se mostra digna das numerosas dádivas recebidas. Em vez de estender os seus laços pela educação e pela concórdia, deixa prender-se por uma legião de espíritos agressivos e ambiciosos, alargando a sua influência pelo mundo com as balistas e catapultas dos seus guerreiros. Depois das conquistas da Península, empreende a conquista do mundo, com as guerras púnicas, terminando por submeter todo o Oriente, onde também se encontrava a Grécia esgotada e vencida. Os enviados do Cristo harmonizam esses terríveis movimentos no instituto das provações necessárias aos indivíduos e aos seus agrupamentos; todavia, a realidade é que Roma assumia, igualmente, as mais pesadas responsabilidades e os mais penosos débitos, diante da Justiça Divina. Suas águias vitoriosas cruzam, então, todos os mares; o Mediterrâneo é propriedade sua e o Império Romano é o Império do homem, ouvindo-se a voz diretora de um só homem para quase todas as
regiões povoadas da Terra.

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