DIANTE DO CARMA
Filhos, não agraveis o próprio carma com as vossas rações intempestivas diante do sofrimento. Carregai, com resignação e coragem, o fardo que vos pesa, não reagindo com desespero quando a prova que faceais fuja ao vosso controle.
Ninguém pode evitar as conseqüências de se viver num mundo de acerbas dificuldades espirituais, mas a vossa postura perante os acontecimentos que naturalmente se desencadeiam pode, sem dúvida, minimizá-los em seus
efeitos.
Anulai, com a vossa atitude de serenidade, o drástico das provações que, com base no vosso descontrole emocional, podem se complicar por tempo indefinido, exigindo de vós maior cota de lágrimas para que se equacionem.
Dentro da situação de relativo desconforto em que vos encontreis, refleti que, em verdade, se a Lei Divina se vos aplicasse com todo o vigor, estaríeis, por justiça, em quadros de padecimentos inimagináveis.
O problema cármico do homem, por ação da Infinita Misericórdia, está sempre aquém de suas reais necessidades de reajuste.
Seja, assim, qual for o obstáculo que estejais enfrentando, em meio às surpresas desagradáveis que vos acometem em vosso relacionamento uns com os outros, predisponde-vos ao perdão e não enveredeis por caminhos que não vos conduzam à compreensão e à plena aceitação dos reveses.
Sob os auspícios da fé, qualquer carma se atenua. A dor, dependendo da opção que façais, tanto vos pode impulsionar o espírito no rumo de incontida ascensão, quanto endereçá-lo às profundezas abissais do infortúnio.
Filhos, tomai consciência de vossas limitações e submetei-vos à prova, sem, contudo, valorizá-la em demasia. Na razão de vossas possibilidades, esquecei-a nas tarefas de amor aos semelhantes, porque quem concede
excessivo tempo à dor sofre mais do que lhe impõe o próprio sofrimento.
As sementes do bem constituem-se em grãos de crescimento imediato, ocupando, em vossa lavoura íntima, a gleba onde, até então, reinavam, soberanos, apenas os acúleos do mal.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
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