CARIDADE NA CARIDADE
Filhos, os vossos impulsos negativos costumam vos assaltar, mesmo quando vos encontrais envolvidos nas tarefas de amor ao próximo.
E o melindre que vos suscita um companheiro de ideal com o qual ainda não vos afinizais completamente; é a vossa equivocada postura de superioridade que vos é incentivada pela vossa transitória condição de doadores; é a ilusão a que vos inclinam os bens amoedados que fostes chamados a administrar com parcimônia; é a injustiça que vos assoma à personalidade, através das decisões arbitrárias que tomais em relação ao que se deve dividir com os necessitados; é a palavra áspera com que vos achais no direito de vos dirigir aos que convosco cooperam, em escala menor; é a indiferença ante a opinião de um vosso anônimo colaborador que insensatamente considerais sem lucidez bastante para externar o seu ponto de vista; é a censura descaridosa que efetuais contra os que não se talham pelo vosso figurino moral; é a movimentação inútil que empreendeis para afastar determinado integrante do grupo que não vos corresponde aos anseios...
Não é porque vos encontrais fazendo o bem aos outros que o mal, ainda subsistente em vós, vos deixa de disputar a alma.
As trevas não desistem facilmente.
Não há quem possa se considerar suficientemente forte para menoscabar a tentação.
Filhos, cuidai para que os vossos impulsos negativos não vos comprometam a alegria oriunda da prática do Bem.
Sede, pois, generosos e fraternos, principalmente com aqueles que estejam mais próximos e que não tenham despendido tanto quanto vós.
A caridade não atropela ninguém.
Pondo um pouco mais de caridade na caridade que praticais, não consentireis que a luz que se vos projete da alma o faça com tantos traços de sombra.
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