quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios? Distando do Sol cerca de 149.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta. Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000 graus de calor, como se a matéria colocada num forno, incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas, em proporções jamais vistas da Humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do Infinito.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Não é nosso propósito trazer à consideração dos estudiosos uma nova teoria da formação do mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua personalidade. Na sua condição de operários do progresso universal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da Humanidade. Inspirados de Deus nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas idéias e trabalhos merecem o respeito de todas as gerações da Terra, ainda que as novas expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas. Lembrando-nos, porém, mais detidamente, de quantos souberam receber a intuição da realidade nas perquirições do Infinito, busquemos recordar o globo terráqueo nos seus primeiros dias.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

"A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo E Espíritas Ditada pelo Espírito EMMANUEL de Chico Xavier". A Gênese planetária A COMUNIDADE DOS ESPÍRITOS PUROS Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservamas rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no Tempo e no Espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

DIANTE DO CARMA Filhos, não agraveis o próprio carma com as vossas rações intempestivas diante do sofrimento. Carregai, com resignação e coragem, o fardo que vos pesa, não reagindo com desespero quando a prova que faceais fuja ao vosso controle. Ninguém pode evitar as conseqüências de se viver num mundo de acerbas dificuldades espirituais, mas a vossa postura perante os acontecimentos que naturalmente se desencadeiam pode, sem dúvida, minimizá-los em seus efeitos. Anulai, com a vossa atitude de serenidade, o drástico das provações que, com base no vosso descontrole emocional, podem se complicar por tempo indefinido, exigindo de vós maior cota de lágrimas para que se equacionem. Dentro da situação de relativo desconforto em que vos encontreis, refleti que, em verdade, se a Lei Divina se vos aplicasse com todo o vigor, estaríeis, por justiça, em quadros de padecimentos inimagináveis. O problema cármico do homem, por ação da Infinita Misericórdia, está sempre aquém de suas reais necessidades de reajuste. Seja, assim, qual for o obstáculo que estejais enfrentando, em meio às surpresas desagradáveis que vos acometem em vosso relacionamento uns com os outros, predisponde-vos ao perdão e não enveredeis por caminhos que não vos conduzam à compreensão e à plena aceitação dos reveses. Sob os auspícios da fé, qualquer carma se atenua. A dor, dependendo da opção que façais, tanto vos pode impulsionar o espírito no rumo de incontida ascensão, quanto endereçá-lo às profundezas abissais do infortúnio. Filhos, tomai consciência de vossas limitações e submetei-vos à prova, sem, contudo, valorizá-la em demasia. Na razão de vossas possibilidades, esquecei-a nas tarefas de amor aos semelhantes, porque quem concede excessivo tempo à dor sofre mais do que lhe impõe o próprio sofrimento. As sementes do bem constituem-se em grãos de crescimento imediato, ocupando, em vossa lavoura íntima, a gleba onde, até então, reinavam, soberanos, apenas os acúleos do mal.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ESQUECIMENTO DO PASSADO Filhos, o esquecimento do passado, nas experiências infelizes que vivenciastes, é que vos torna viável o progresso espiritual. Quem não olvidasse o mal de que tenha sido vítima ou verdugo, estacionaria indefinidamente na revolta e no ódio, na amargura e na falta de indulgência. A amnésia temporária, com relação ao que fostes e ao que fizestes no passado, de certa forma vos enseja o crescimento íntimo num tempo relativamente mais curto do que levaríeis para concretizá-lo, caso tivésseis que conviver com as lembranças negativas que a Lei vos manda esquecer. Assim sendo, não vasculheis os arquivos da mente, com o propósito de trazer ao presente o que deve permanecer sepultado no pretérito. Preocupai-vos com a construção do futuro, estudando as características de vossa personalidade, para melhor avaliação do caminho percorrido, valendo-vos tão-somente das tendências e dos hábitos que revelais em vossa existência de agora. Em contato com os outros, notadamente com aqueles de vossa convivência mais estreita, os vossos reais valores vêm à tona, possibilitando-vos a identificação clara dos pontos vulneráveis da personalidade, sobre as quais devereis concentrar os vossos esforços de corrigenda. Os companheiros com os quais vos compromissastes mais seriamente acionam em vós os mecanismos psicológicos a fornecer-vos exata noção dos vossos desacertos de antanho, sem que, para tanto, tenhais necessidade de provocar o despertar de vossas reminiscências. Na vivência espírita do Evangelho, a chamada terapia de vidas passadas acontece naturalmente, sem que se vos torne indispensável a revelação, em detalhes, do que vos precipitou a queda. Quando um quadro infeccioso se instala no corpo, o médico não espera que se lhe detecte o órgão de origem, para combatê-lo através da prescrição de antibióticos. A prática cotidiana do Bem se vos assemelha, para a consciência enferma, a antibiótico de última geração e de largo espectro que, embora sem correto diagnóstico do vosso quadro clínico, combate com eficiência a causa de vossos males.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

MAIS PERTO DA DOR Filhos, tanto quanto vos seja possível, procurai estar mais perto da dor dos semelhantes, para que não ignoreis a vossa própria realidade. Convivei com os que sofrem para que não olvideis as vossas fragilidades... O sofrimento que constatamos nos outros e ao qual todos somos vulneráveis nos imuniza contra a perturbação em nós mesmos. Os que se consideram indenes à dor expõem-se com extrema facilidade aos atavios da ilusão, às decepções e às amarguras advindas de quem cria para si um mundo imaginário. As enfermidades mentais, em sua maioria, são oriundas de interpretações equivocadas do homem a respeito dos acontecimentos que protagoniza no cotidiano. A dor do próximo que procurais amenizar vos introjeta e destaca aos vossos olhos as bênçãos que comumente desconsiderais na existência. Quantos não perderam a capacidade de avaliar a extensão das dádivas com que têm sido aquinhoados pelo Criador? A quem se isola no universo das próprias lágrimas falta o necessário discernimento no que se refere à constatação dos dons com que tem sido agraciado pelas Leis da Vida. Filhos, procurai igualmente ter olhos de ver a dor dos que padecem as conseqüências do que não souberam valorizar no que lhes foi concedido; evitai cometer os mesmos erros perpretados pêlos ingratos e pêlos descrentes... Todos, na Terra, têm o que lhes é imprescindível à felicidade a que fazem jus. Quem não sabe ser feliz com o que tem também não haverá de sê-lo com o que ambiciona ter. Fugi de vos contemplar excessivamente no espelho... Não transfirais para a Lei Divina a responsabilidade que é vossa na construção do destino. Quem evita o contato com a dor alheia faz da sua, tantas vezes insignificante, uma dor superlativa, sobre a qual se concentra e passa a viver, exigindo, com os seus ais, que as pessoas de sua convivência orbitem ao seu redor.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

EM PRIMEIRO LUGAR Filhos, o Evangelho é o legado de amor do Divino Mestre para a Humanidade. Vivenciai-o e sereis felizes. O problema do homem não é com Deus, mas, sim, com o próximo. Não é pela falta de fé que o homem tem fracassado; aliás, desde os primórdios, ele tem procurado reverenciar o Criador, na exteriorização de sua religiosidade natural... A questão básica da felicidade humana está relacionada à vivência do amor - o sentimento que supera todo rótulo de crença e que transcende qualquer indagação de natureza filosófica. Quem aplica o Evangelho à sua própria vida demonstra um conhecimento prático das Leis em que a existência se estrutura, intuindo o que lhe é essencial na compreensão da Verdade. Quando o homem aprender a se relacionar com o semelhante, ele terá resolvido, através do exercício do amor, todos os problemas de origem filosófica que o aturdem há séculos sem data. Revivendo o Evangelho, o Espiritismo conclama os seus adeptos a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Todos os artigos de fé da Doutrina, por mais arrojados intelectualmente, não teriam sentido algum sem que o amor lhes constituísse o ponto central. A fé raciocinada pretende, sobretudo, a renovação do homem. O conhecimento da Reencarnação, da Lei de Causa e Efeito, da Mediunidade e da Vida em suas múltiplas nuances, objetivam única e tão-somente tornar a criatura mais lúcida quanto ao próprio destino. A rigor, em sua atual conjuntura evolutiva, o homem tem reencarnado mais para aprender a amar do que para saber o que ainda ignora. Filhos, Doutrina Espírita sem Evangelho seria uma lâmpada sem luminosidade. Não vos esqueçais do que nos disse o Mestre, quando nos recomendou que, em primeiro lugar, buscássemos o Reino de Deus e a sua Justiça, afirmando que as demais coisas nos seriam dadas por acréscimo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

NUNCA ACREDITEIS Filhos, nunca acrediteis que a Verdade vos pertença de modo absoluto; que a vossa interpretação dos fatos que sucedem aos outros não seja equivocada; que a razão sempre permaneça do vosso lado; que tendes mais direitos a reclamar que deveres a cumprir; que viveis isentos das tentações que acometem a tantos; que sois invulneráveis ao erro; que mereceis os privilégios que desfrutais na existência; que a Lei Divina cuida de vossa felicidade, em detrimento da felicidade alheia; Daí a necessidade de se renascer sobre a Terra sucessivas vezes, estabelecendo vínculos cada vez mais estreitos com os semelhantes; se o homem se destituísse dos laços afetivos, o sentimento de indiferença é que haveria de norteá-lo na Vida, impedindo-lhe o crescimento... A cartilha da dor encerra para vós outras infinitas lições, advindas do vosso relacionamento com aqueles que amais de maneira extremada e que ainda não vos correspondem ao afeto. O filho-problema, o cônjuge intolerante e o amigo infiel fazem parte do farto material pedagógico com que a Lei sempre vos instruiu, no que mais tendes necessidade de saber, em termos de felicidade real. Todas as experiências que os espíritos vivenciam em contato uns com os outros, principalmente quando decidem tomar o caminho da reencarnação, objetivam pulverizar-lhes as ilusões que se alicerçam nos valores mutáveis da experiência física. Nada, do ponto de vista espiritual, vos edifica tanto quanto as decepções, as que se vos torna dispensável a vigilância cotidiana; que fazeis mais do que efetivamente tendes a obrigação de fazer... Filhos, nunca acrediteis ser o que ainda vos exigirá derramar muito suor para virdes a ser. Nunca acrediteis que novas oportunidades de reajuste não vos venham a ser concedidas; que, desta vez, não lograreis vos levantar do abismo a que vos arrojastes voluntariamente; que, para vós, não exista mais nenhuma esperança possível; que estais condenados ao fracasso e que renascestes predestinados à dor; que a paz perdida jamais se recupera; que o mal que cometestes não possa ser reparado pelo bem... E nunca, sobretudo, acrediteis que o quanto tendes realizado seja o suficiente para que vos acomodeis na inércia, cruzando os braços diante do que ainda vos cabe realizar na construção do Reino Divino sobre a face da Terra!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


VÍNCULOS AFETIVOS

Filhos, através dos vossos vínculos afetivos é que tendes, no mundo, a oportunidade de vos aproximar dos vossos desafetos do passado, que renascem no corpo, em obediência aos compromissos assumidos convosco.
Os elos da consangüinidade vos possibilitam experiências em comum, nas quais vos tornais em instrumentos de aprendizado mútuo.
A convivência no corpo vos enseja o desenvolvimento da paciência e do perdão, da compreensão e da renúncia, virtudes que, paulatinamente, vos ensinam o amor incondicional por todas as criaturas: amarguras, os traumas, as lágrimas que verteis pelo amor não correspondido, as aflições do sentimento de posse...
Se não se habitua a renunciar, a ceder de si mesmo, a se sacrificar pelo próximo, a despojar-se de ambições, enfim, a não esperar que a Vida gire à sua volta, o homem sofre -inevitavelmente, sofre.
Filhos, amai sem cogitar de serdes amados. Sobretudo, esforçai-vos por amar aqueles que nunca foram verdadeiramente amados.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011


OS FALSOS PROFETAS

Filhos, acautelai-vos contra os falsos profetas que são de todos os tempos.
Na atualidade, muitos deles despontam na seara da própria Doutrina, à feição de joio no meio do trigo, cuidando única e tão-somente dos interesses que lhes dizem respeito.
São eles os médiuns enganadores que trabalham em causa própria, os oradores e articulistas que têm mais brilho na palavra que atitudes corretas, os dirigentes que impõem as suas idéias personalistas ao Movimento...
Sabereis identificá-los pela sua falta de bom-senso e pelo amor que têm mais a si do que à Causa.
Os falsos profetas nunca são capazes de sacrificar-se pelo ideal e, por este motivo, acabam sempre revelando os seus mais escusos propósitos na militância doutrinária.
Falam de caridade, mas não logram despojamento para praticá-la; enaltecem a excelência do perdão, mas se melindram com extrema facilidade; referem-se à importância do serviço, mas não tomam eles mesmos a iniciativa de servir...
Falta-lhes uma empatia espiritual mais profunda com a fé e, conseqüentemente, não comunicam sinceridade aos homens de discernimento.
Filhos, não enveredeis pêlos sinuosos caminhos da exploração do sentimento alheio; que ninguém se arroje ao despenhadeiro da descrença por vossa culpa...
Aos falsos profetas, encarnados ou desencarnados, estarão reservadas as mais duras penas pêlos equívocos cometidos contra "o Espírito Santo", ou seja, por inocularem o veneno da desconfiança nas mentes invigilantes que, por longo tempo, haverão de se mostrar refratárias à luz da Verdade.
Sede autênticos na fé e não comercializeis com os dons da mediunidade.
Jesus, em um de seus raros momentos de exasperação, não poupou os vendilhões do templo.
A Lei Divina agirá com rigor contra os que distorcerem a sua interpretação, junto àqueles que ainda não aprenderam a pensar com a necessária independência intelectual.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


DISCIPLINAI O ESPÍRITO

Filhos, cogitando das coisas maiores, não vos descureis daquelas que considerais insignificantes.
A grande árvore se origina de minúscula semente.
O mais alto edifício não se levanta sem o concurso de anônimas pedras de alicerce.
O rio caudaloso é a somatória de humildes filetes d'água.
Nada, quando nasce, surge em sua forma definitiva.
Tudo parte de um pequeno ponto e, através do tempo, ocupa o espaço que lhe está determinado pelas leis do Universo.
Sedimentai-vos na experiência que vos habilita para compromissos de maior envergadura.
Disciplinai o espírito nas tarefas que, quase sempre, são desprezadas por quantos lhes desconhecem o valor no fortalecimento da vontade.
Quando alguém se encontra apto para cumprir obrigações de ordem mais elevada, a própria Vida se encarrega de lhas confiar através das circunstâncias que o requisitam.
Quando o homem não consegue ser o que é, onde está, inútil que ele tente ser mais, onde quer que esteja.
Quem não prova fidelidade nos encargos menores não se desincumbi com êxito daqueles cuja importância exige maior persistência e noção de responsabilidade.
Filhos, as atividades humildes da casa espírita são a vossa garantia de paz e equilíbrio íntimo. Dentro dela, não aspireis a nada além do que seja servir, sem que vos entregueis às discussões que costumam inutilizar as vossas oportunidades de ascese espiritual.
Silenciai os vossos rancores e considerai-vos os maiores necessitados,
agradecendo ao Senhor a bênção do serviço espírita em que vos refugiais da tentação.
Demorai-vos mais longo tempo nas tarefas de assistência, antes que cogiteis daquelas que vos tornam alvo preferencial dos desafetos da Doutrina.
E orai pêlos companheiros de ideal que, na linha de frente do combate, tantas vezes tombam, alvejados pêlos dardos ensandecidos das trevas.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


O GRANDE SALTO

Filhos, inevitável o progresso de todas as coisas em busca da perfeição. Nada será capaz de deter o avanço vertiginoso da Vida... Os desajustes são imprescindíveis à renovação e à retomada do crescimento para a Luz. Avançar sempre - eis o lema que norteia a caminhada de tudo que existe, no anseio de ser mais. Inevitável, pois, que Ciência, Filosofia e Religião se unifiquem com o mesmo objetivo -o conhecimento pleno da Verdade. Está prestes o momento em que a Ciência efetuará o grande salto, transpondo os limites do túmulo e perscrutando a Vida além da matéria. Então, muitas das indagações humanas obterão respostas, com enigmas seculares sendo solucionados e dando origem a novos e mais amplos questionamentos. A cada passo na senda do progresso, o homem constatará a necessidade de voltar-se para si - porquanto o seu universo íntimo é mais infinito que o Universo, para o qual se volta exteriormente, há milênios. Sem os preconceitos da Ciência e o fanatismo da Religião, o homem, com o auxílio da Filosofia, passará a cogitar da própria transcendência, concentrando esforços no seu despertar espiritual. Filhos, é inútil que as sombras da noite tentem se opor à claridade do dia... Quando a vida na Terra nos pareça presa de indefinido marasmo, eis que o Senhor nos envia os seus propostos divinos, que se corporificam no Planeta, para darem novo impulso ao progresso em todas as áreas do saber. A força incoercível das Leis, a pouco e pouco, faz com que todas as coisas e todos os seres se entrelacem, na interdependência que os une. Não vos tranqueis intelectualmente e jamais pronuncieis a palavra "impossível", com referência às variadas e infinitas possibilidades de descoberta do homem, por fora e por dentro de si. O dicionário humano é destituído de terminologia adequada a fim de descrever o que vos reserva a existência humana para o futuro, sob os auspícios da Misericórdia de Deus.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


INSTRUMENTOS DA OBSESSÃO

Filhos, não vos esqueçais de que, sem vigilância, vós mesmos podereis vos transformar em instrumentos de perturbação espiritual uns para os outros. Os espíritos obsessores, interessados em minar-vos a resistência moral, além de ssediar-vos diretamente, assediam-vos indiretamente através daqueles que não supõem estar lhes servindo de intermediários para vos subtrair a paz. A obsessão, quase sempre, é construída sobre o medo e sobre a falta de confiança que a sua vítima demonstra com referência à bondade de Deus, que não relega ninguém ao abandono. Os vossos adversários invisíveis se esmeram na técnica de vos induzir ao desequilíbrio, chegando, inclusive, a vos suscitar idéias renitentes de doenças que vos atemorizam e vos implantando na mente pensamentos nocivos que passais a acalentar diuturnamente. Inspirando pessoas que convivem convosco, algumas mais íntimas, outras não, colocam-lhes palavras-chaves nos lábios -, palavras que se lhes transformam em pontos de sintonia mental, para a perseguição sem trégua com que os vossos desafetos do pretérito pretendem vos levar à loucura ou a atitudes de extremo desespero. Quando vos observeis padecendo o assédio sem pausa de idéias que repercutam negativamente no vosso organismo físico, constrangendo-vos à insônia e à inapetência, à irritabilidade e à apatia, considerai a hipótese de obsessão por causa determinante do, processo que se instala. Procurai no trabalho o vosso refúgio e não cedais espaço mental para as sugestões infelizes que tendem a vos ocupar o espaço íntimo. Filhos, orai com redobrado fervor e não vos afasteis da serenidade, mas esforçai-vos para não perderdes o autodomínio. Atentai para as palavras de ânimo e de coragem que, por outro lado, ouvirdes da boca daqueles que o Senhor inspira a fim de vos fortalecer na caminhada. Não ignoreis os instrumentos do Bem que, no corpo e fora dele, permanecem lutando convosco para que alcanceis definitiva vitória sobre os vossos próprios desajustes.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


CARIDADE NA CARIDADE

Filhos, os vossos impulsos negativos costumam vos assaltar, mesmo quando vos encontrais envolvidos nas tarefas de amor ao próximo.
E o melindre que vos suscita um companheiro de ideal com o qual ainda não vos afinizais completamente; é a vossa equivocada postura de superioridade que vos é incentivada pela vossa transitória condição de doadores; é a ilusão a que vos inclinam os bens amoedados que fostes chamados a administrar com parcimônia; é a injustiça que vos assoma à personalidade, através das decisões arbitrárias que tomais em relação ao que se deve dividir com os necessitados; é a palavra áspera com que vos achais no direito de vos dirigir aos que convosco cooperam, em escala menor; é a indiferença ante a opinião de um vosso anônimo colaborador que insensatamente considerais sem lucidez bastante para externar o seu ponto de vista; é a censura descaridosa que efetuais contra os que não se talham pelo vosso figurino moral; é a movimentação inútil que empreendeis para afastar determinado integrante do grupo que não vos corresponde aos anseios...
Não é porque vos encontrais fazendo o bem aos outros que o mal, ainda subsistente em vós, vos deixa de disputar a alma.
As trevas não desistem facilmente.
Não há quem possa se considerar suficientemente forte para menoscabar a tentação.
Filhos, cuidai para que os vossos impulsos negativos não vos comprometam a alegria oriunda da prática do Bem.
Sede, pois, generosos e fraternos, principalmente com aqueles que estejam mais próximos e que não tenham despendido tanto quanto vós.
A caridade não atropela ninguém.
Pondo um pouco mais de caridade na caridade que praticais, não consentireis que a luz que se vos projete da alma o faça com tantos traços de sombra.