domingo, 7 de novembro de 2010

EM REVERÊNCIA

Um sem número de jovens traídas no sonho de felicidade a que se deixaram arrastar, santificaram as horas mais tarde sustentando o filhinho nos braços como o mais precioso tesouro que jamais ambicionaram. Desde a hora em que lhes sorriu o pedacinho daquela vida, parte da sua vida, elas se esqueceram de si mesmas e empenharam-se com sofreguidão a protegê-lo, acalentando, talvez, a ambição de receberem um amparo mais tarde para si mesmas, não obstante amparando em regime integral de proteção e defesa o filhinho que sustinham nos braços. Há, também, os filhos ingratos, que se transformaram em abutres que sobrevoam o quase cadáver de quem lhes ofertou o vaso orgânico. Também os há que se converteram em regaço de luz e em aroma de benignidade, em santa devoção, tentando retribuir. Mães — estrêlas da Vida, multiplicando vidas! Filhos — gemas brutas a serem trabalhadas para as fulgurações estelares! Muitos corpos não geraram outros corpos, no entanto fizeram-se mães da dedicação em nome do amor de Nosso Pai, sustentando essas vidas que não se estiolaram porque elas tomaram a si o ministério de socorrê-las e ampará-las. São as mães da abnegação e do sofrimento.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

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