sexta-feira, 14 de agosto de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

Época de transição
AS LUTAS DA REFORMA

Debalde a Dieta de Worms , em 1521, condenara Lutero como herege,  levando-o  a refugiar-se  em  Wartburgo,  porque  as  suas  ideias  libertárias  acenderam  uma  nova  luz, propagando-se com a rapidez de um incêndio. A Igreja  começou  a  sofrer  os  golpes  mais  fortes  e  mais  dolorosos,  porque  alguns príncipes  ambiciosos  se  aproveitaram  do  movimento  das  massas,  confiscando-lhe  bens preciosos.  Numerosos  camponeses,  empolgados  pelos  direitos  do  pensamento  livre, iniciaram grande campanha contra a Igreja usurpadora,   exigindo reformas agrárias e sociais, em nome do Evangelho. De  1521  a  1555,  os  centros  cultos  europeus  viveram  momentos  de  angustiosas expectativas nos bastidores da tragédia religiosa, mas, depois da  Concordata de Augsburgo, instituiu-se um regime da mais larga tolerância recíproca. O  direito  do  exame  livre,  porém,  dividiu  a  Reforma  em  vários  departamentos religiosos,  de  acordo  com  a  orientação  pessoal  de  seus  pregadores,  ou  das  conveniências políticas do meio em que viviam. Na Alemanha era o Protestantismo, com os partidários dos princípios de Martinho Lutero; na Suíça e na  França era o Calvinismo  e, na Escócia, a  Igreja Presbiteriana. Na Inglaterra, a  questão veio a tornar-se  mais grave. Henrique VIII, defensor extremado  da  fé  católica,  a  princípio,  por  conveniência  de  caprichos  pessoais  tornou-se  o chefe do  poder político, assumindo a direção da Igreja Anglicana. Na França, os huguenotes se encontravam muito bem organizados, mas surgem as complicações de natureza  política, e o gênio despótico de Catarina de Médicis ordena a matança de São  Bartolomeu, no intuito de eliminar o almirante Coligny. O movimento sinistro, que  durou 48 horas, começou em 24 de agosto de 1572, sofrendo a “Reforma”  um dos  seus mais amargos reveses. Somente em Paris e subúrbios, foram eliminadas três mil pessoas. Os mensageiros do Cristo deploram tão dolorosos acontecimentos,  trabalhando por despertar a consciência geral, arrancando-a  daquela alucinação de  morticínio e sangue, mas precisamos considerar que cada homem, como cada coletividade, pode cumprir seus deveres ou agravar suas responsabilidades próprias, na esfera de sua liberdade relativa.

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