quarta-feira, 19 de agosto de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

A FRANÇA E A INGLATERRA

A  esse  tempo,  a  França  já  se  encontrava  preparada  para  o  cumprimento  da  sua grande missão junto dos povos e, sob a influência do plano invisível, criavam-se  os serviços benéficos  da  diplomacia.  Nos  bastidores  da  sua  política administrativa,  firmavam-se  os princípios do absolutismo no trono, mas a sua grande alma coletiva,  cheia de sentimento e generosidade, já vislumbrava o precioso esforço que lhe competia no porvir. Ao seu lado, a Grã-Bretanha caminhava, a passos largos, para as mais nobres conquistas humanas. Extinta, em 1603, a dinastia dos Túdores, eleva-se  ao trono o rei da Escócia, Jaime I. Desejando  reviver  os  princípios absolutistas,  o descendente  dos  Stuarts  inaugurou  um período  de  nefastas  perseguições,  o  qual  foi  intensificado por  seu  filho  Carlos  I,  cujas disposições políticas se constituíam das mais avançadas tendências para a tirania. Rompendo com  o  Parlamento  e  dissolvendo-o,  vezes consecutivas,  viu  o  povo  da  capital  inglesa  de armas  na  mão,  em  defesa  dos  seus  representantes,  ensejando  uma  guerra  civil  que  durou vários  anos  e  só  terminada  com  a  ação  de  Cromwell,  que,  de  acordo  com  o  Parlamento, estabelece  a  República  da  qual  se  torna  o  “Lorde  Protetor”.  Cromwell  era  um  Espírito valoroso,  mas,  embriagado  com  o  vinho  sinistro  do  despotismo,  foi  também  um  ditador vingativo,  fanático  e  cruel.  Depois  da  sua  morte,  em  face  da  incapacidade  política  do  filho, verifica-se  a  restauração  do  trono  com  os  Stuarts.  O  governo  destes  teria,  porém,  pouca duração,  porque  os  ingleses,  desgostosos  com  a  administração  de  Jaime  II,  e  no  seu tradicional amor à liberdade, chamam Guilherme de Orange ao poder. O   Parlamento redige a famosa  declaração  de  direitos,  definindo  a  emancipação  do  povo  e  limitando  os  poderes reais,  elevando-se  ao  trono  Guilherme  III  com  a  revolução  de  1688.  A  Inglaterra  havia cumprido um dos seus mais nobres deveres,  consolidando as fórmulas do parlamentarismo, porque assim todas as classes eram chamadas à cooperação e fiscalização dos governos.

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