quarta-feira, 10 de junho de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

A REDAÇÃO DOS TEXTOS DEFINITIVOS

Nesse  tempo,  quando  a  guerra  formidável  da  critica  procurava  minar  o  edifício imortal  da  nova  doutrina,  os  mensageiros  do  Cristo  presidem  à  redação  dos   textos definitivos,  com  vistas  ao  futuro,  não  somente  junto  aos  Apóstolos  e  seus  discípulos,  mas igualmente  junto  aos  núcleos  das  tradições.  Os  cristãos  mais   destacados  trocam,  entre  si, cartas de alto valor doutrinário para as diversas igrejas.  São mensagens de fraternidade e  de amor, que a posteridade muita vez não pôde ou não quis compreender. Muitas  escolas  literárias  se  formaram  nos  últimos  séculos,  dentro  da  crítica histórica, para o estudo e elucidação desses documentos. A palavra  apócrifo generalizou-se como  o  espantalho  de  todo  o  mundo. Histórias  numerosas  foram  escritas.  Hipóteses incontáveis foram aventadas, mas os sábios materialistas, no  estudo das ideias religiosas, não puderam  sentir  que  a  intuição  está  acima  da  razão  e,  ainda  uma  vez,  falharam,  em  sua maioria, na exposição dos princípios e na apresentação das grandes figuras do Cristianismo. A grandeza da doutrina não reside na circunstância de o Evangelho ser de Marcos ou de Mateus, de Lucas ou de João; está na beleza imortal que se irradia de  suas lições divinas, atravessando  as  idades  e  atraindo  os  corações.  Não  há  vantagem  nas  longas  discussões quanto à autenticidade de uma carta de Inácio de Antioquia ou  de Paulo de Tarso, quando o raciocínio absoluto não possui elementos para a prova  concludente e necessária.  A opinião geral  rodopiará  em  torno  do  crítico  mais  eminente,  segundo  as  convenções.  Todavia, a autoridade literária não poderá apresentar a equação matemática do assunto. É que, portas a dentro  do  coração,  só  a  essência  deve  prevalecer  para  as  almas  e,  em  se  tratando  das conquistas  sublimadas  da  fé,  a  intuição  tem  de  marchar  à  frente  da  razão,  preludiando generosos e definitivos conhecimentos.

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