segunda-feira, 8 de junho de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

A edificação cristã
OS PRIMEIROS CRISTÃOS

Atingindo  um  período  de  nova  compreensão  concernente  aos  mais  graves problemas da vida, a sociedade da época sentia de perto a insuficiência das escolas filosóficas conhecidas, no propósito de solucionar as suas grandes questões. A ideia de uma justiça mais perfeita para as classes oprimidas tornara-se  assunto obsidente  para as massas anônimas e sofredoras. Em  virtude  dos  seus  postulados sublimes  de  fraternidade,  a  lição  do  Cristo representava o asilo de todos os desesperados e de todos os tristes. As multidões dos   aflitos pareciam  ouvir  aquela  misericordiosa  exortação:  “Vinde  a  mim,  vós  todos  que  sofreis e tendes fome  de  justiça  e  eu  vos  aliviarei”  e  da  cruz  chegava-lhes,  ainda,  o  alento  de  uma esperança desconhecida. A recordação dos exemplos do Mestre não se restringia aos povos da  Judeia, que lhe ouviram  diretamente  os  ensinos  imorredouros.  Numerosos  centuriões  e  cidadãos  romanos conheceram pessoalmente  os fatos culminantes das  pregações do Salvador. Em toda a Ásia  Menor,  na  Grécia,  na  África  e  mesmo  nas  Gálias,  como  em  Roma,  falava-se  d’Ele,  da  sua filosofia nova que abraçava todos os   infelizes, cheia das claridades sacrossantas do reino de Deus  e  da  sua  justiça.  Sua  doutrina  de  perdão  e  de  amor  trazia  nova  luz  aos  corações  e  os seus seguidores  destacavam-se  do ambiente corrupto do tempo, pela pureza de costumes e por uma conduta retilínea e exemplar. A  princípio,  as  autoridades  do  Império  não  ligaram  maior  importância  à  doutrina nascente,  mas  os  Apóstolos  ensinavam  que,  por  Jesus  Cristo,  não  mais  poderia  haver diferença entre os livres e os escravos, entre patrícios e plebeus,  porque todos eram irmãos, filhos do mesmo Deus. O patriciado não podia ver com  bons olhos semelhantes doutrinas. Os cristãos  foram  acusados  de  feiticeiros  e  heréticos,  iniciando-se  o  martirológio  com  os 
primeiros  editos  de  proscrição.  O  Estado  não  permitia  outras  associações  independentes, além daquelas consideradas  como cooperativas  funerárias e, aproveitando essa exceção, os seguidores do Crucificado começaram os famosos movimentos das catacumbas.

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