segunda-feira, 11 de maio de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

INFLUÊNCIAS DECISIVAS

Desnecessária  será  a  autópsia  da  História  nos  seus  pontos  mais  divulgados  e conhecidos, quando o nosso único propósito é esclarecer o entendimento do leitor,  quanto à direção  do  planeta,  que  se  conserva,  de  fato,  no  mundo  espiritual,  de  onde  o  Cristo  vela incessantemente pelo orbe e pelos seus destinos. Todavia, para   fundamentar nossa asserção acerca das influências etruscas nos primórdios de  Roma, somos levados  a recordar a figura de  Tarquínio  Prisco,  filho  da  Etrúria,  que  trouxe  à  cidade  grandes  reformas  e  inúmeras inovações em todos os departamentos  da sua consolidação e do seu progresso, lembrando, entre as suas muitas renovações, a construção da Cloaca Máxima e do Capitólio. Seu sucessor, Sérvio Túlio, era  igualmente da sua família. Este, dividiu todo o povo da cidade em classes e centúrias, segundo as possibilidades financeiras de cada um, desgostando os patrícios, a esse tempo  já  organizados,  em  virtude  de  essa  reforma  apresentar-se  dentro  de  características liberais, não obstante as suas finalidades militares. Onde, porém, mais se evidenciam as influências etruscas, nas organizações  romanas, é  justamente  na  alma  popular,  devotada  aos  gênios,  aos  deuses  e  às  superstições  de  toda espécie,  que  seriam  multiplicadas  em  seus  contatos  com  a  Grécia.  Cada  família,  como  cada lar,  possuía  o  seu  gênio  invisível  e  amigo,  e,  na   sociedade,  alastravam-se  as  comunidades religiosas,  culminando  no  Colégio  dos  Pontífices,  cuja  fundação  remonta  ao  passado longínquo  da  cidade.  Esse  Colégio  foi  depois  substituído  pelo  Pontífice  Máximo,  chefe supremo  das  correntes  religiosas,  do  qual  os  bispos  romanos  iam  extrair,  mais  tarde,  o Vaticano e o Papado dos tempos modernos. Os  romanos,  ao  contrário  dos  atenienses,  não  procuravam  muitas  indagações transcendentes  em  matéria  religiosa  ou  filosófica,  atendendo  somente  aos  problemas  do culto externo, sem muitas argumentações com a lógica, e foi por  isso que, com a evolução da cidade, o Panteão, seu templo mais aristocrático, chegou a possuir mais de trinta mil deuses.

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