segunda-feira, 27 de abril de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

O CRISTO INCONFUNDÍVEL

Mas Jesus assinala a sua passagem pela Terra com o selo constante da mais  augusta caridade  e  do  mais  abnegado  amor.  Suas  parábolas  e  advertências  estão  impregnadas  do perfume das verdades eternas e gloriosas. A manjedoura e o calvário são lições maravilhosas, cujas  claridades  iluminam  os  caminhos  milenários  da  humanidade  inteira,  e  sobretudo  os seus  exemplos  e  atos  constituem  um  roteiro  de  todas  as  grandiosas  finalidades,  no aperfeiçoamento  da  vida  terrestre.  Com  esses  elementos,  fez  uma  revolução  espiritual  que permanece no globo há dois milênios. Respeitando  as  leis do  mundo,  aludindo  à  efígie  de  César,  ensinou  as criaturas humanas  a  se  elevarem  para  Deus,  na dilatada compreensão  das  mais  santas  verdades  da vida. Remodelou todos os conceitos da vida social, exemplificando a  mais pura fraternidade. Cumprindo a Lei Antiga, encheu-lhe o organismo de tolerância, de piedade e de amor, com as suas lições na praça pública, em frente das  criaturas desregradas e infelizes, e somente Ele ensinou o “Amai-vos uns aos outros”, vivendo a situação de quem sabia cumpri-lo. Os  Espíritos  incapacitados  de  compreendê-lo  podem  alegar  que  as  suas  fórmulas verbais eram antigas e conhecidas; mas ninguém poderá contestar que a  sua exemplificação foi única, até agora, na face da Terra. A maioria dos missionários religiosos da  antiguidade  se compunha de  príncipes, de sábios  ou  de  grandes  iniciados,  que  saíam  da  intimidade  confortável  dos  palácios  e  dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a   personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de um carpinteiro, onde fazia questão de  ensinar  à  posteridade  que  a  verdadeira  aristocracia  deve  ser  a  do  trabalho,  lançando  a fórmula  sagrada,  definida  pelo  pensamento  moderno,  como  o  coletivismo  das  mãos,  aliado ao individualismo  dos corações  –  síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos  que  passam  –  e  que,  desprezando  todas  as  convenções  e  honrarias  terrestres, preferiu  não  possuir  pedra  onde  repousasse  o  pensamento  dolorido,  a  fim  de  que aprendessem os seus irmãos a lição inesquecível do “Caminho, da Verdade e da Vida”.

Nenhum comentário: