quinta-feira, 27 de junho de 2013

CONDIÇÃO COMUM

       “Imediatamente, o pai do menino, clamando com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.” (MARCOS, CAPÍTULO 9, VERSÍCULO 24.)

Aquele homem da multidão, em se aproximando de Jesus com o filho enfermo, constitui expressão representativa do espírito comum da humanidade terrestre.
Os círculos religiosos comentam excessivamente a fé em Deus, todavia, nos instantes da tempestade, são escassos os devotos que permanecem firmes na confiança.
Revelam-se as massas muito atentas aos cerimoniais do culto exterior, participam das edificações alusivas à crença, contudo, ante as dificuldades do escândalo, quase toda gente resvala no despenhadeiro das acusações recíprocas.
Se falha um missionário, verifica-se a debandada. A comunidade dos crentes pousa os olhos nos homens falíveis, cegos às finalidades ou indiferentes às instituições. Em tal movimento de insegurança espiritual, sem paradoxo, as criaturas humanas crêem e descrêem, confiando hoje e desfalecendo amanhã.
Somos defrontados, ainda, pelo regime de incerteza de espíritos infantis que mal começam a conceber noções de responsabilidade.
Felizes, pois, aqueles que, à maneira do pai necessitado, se acercarem do Cristo, confessando a precariedade da posição Intima. Assim, em afirmando a crença com a boca, pedirão, ao mesmo tempo, ajuda para a sua falta de fé, atestando com lágrimas a própria miserabilidade.

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