quarta-feira, 1 de maio de 2013

EM ESPÍRITO

       “Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.” — Paulo. (ROMANOS, CAPÍTULO 8, VERSÍCULO 13.)

Quem vive, segundo as leis sublimes do espírito, respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés.
Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima.
Vale-se do dia qual aprendiz aplicado que estima na permanência sobre a Terra valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar.
Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento.
Na ignorância alheia, descobre preciosas possibilidades de serviço.
Nas dificuldades e aflições da estrada, recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento.
Vê passar obstáculos, como vê correr nuvens. Ama a responsabilidade, mas não se prende à posse.
Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio.
Ampara sem inclinações doentias.
Serve sem escravizar-se.
Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador.
Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na consciência e no coração, os próprios tesouros.
Bem-aventurado o homem que segue vida a fora em espírito! Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

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