quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A CONSTITUIÇÃO

Depois de grandes lutas com o predomínio das sombras, conseguem os gênios da França inspirar aos seus homens públicos a Constituição de 1795. Os poderes legislativos ficavam entregues ao "Conselho dos quinhentos" e ao "Conselho dos anciães", ficando o poder executivo confiado a um Diretório composto de cinco membros. Estabelece-se dessa forma uma trégua de paz, aproveitada na reconstrução de obras notáveis do pensamento. Os centros militares lutavam contra os propósitos de invasão de outras potências européias, cujos tronos se sentiam ameaçados na sua estabilidade, em face do advento das novas idéias do liberalismo, e os políticos se entregavam a uma vasta operosidade de edificação, vingando nesse esforço as mais nobres realizações. Contudo, a França, depois dos seus desvarios de liberdade, estava ameaçada de invasão e desmembramento. Povos existem, porém, que se fazem credores da assistência do Alto, no cumprimento de suas elevadas obrigações junto de outras coletividades do planeta. Assim, com atribuições de missionário, foi Napoleão Bonaparte, filho de obscura família corsa, chamado às culminâncias do poder.

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