ÉPOCA DE TRANSIÇÃO
AS LUTAS DA REFORMA
Debalde a Dieta de Worms, em 1521, condenara Lutero como herege, levando-o a refugiar-se em Wartburgo, porque as suas idéias libertárias acenderam uma nova luz, propagando-se com a rapidez de um incêndio. A Igreja começou a sofrer os golpes mais fortes e mais dolorosos, porque alguns príncipes ambiciosos se aproveitaram do movimento das massas, confiscando-lhe bens preciosos. Numerosos camponeses, empolgados pelos direitos do pensamento livre, iniciaram grande campanha contra a Igreja usurpadora, exigindo reformas agrárias e sociais, em nome do Evangelho. De 1521 a 1555, os centros cultos europeus viveram momentos de angustiosas expectativas nos bastidores da tragédia religiosa, mas, depois da Concordata de Augsburgo, instituiu-se um regime da mais larga tolerância recíproca. O direito do exame livre, porém, dividiu a Reforma em vários departamentos religiosos, de acordo com a orientação pessoal de seus pregadores, ou das conveniências políticas do meio em que viviam. Na Alemanha era o Protestantismo, com os partidários dos princípios de Martinho Lutero; na Suíça e na França era o Calvinismo e, na Escócia, a Igreja Presbiteriana. Na Inglaterra, a questão veio a tornar-se mais grave. Henrique VIII, defensor extremado da fé católica, a princípio, por conveniência de caprichos pessoais tornou-se o chefe do poder político, assumindo a direção da Igreja Anglicana. Na França, os huguenotes se encontravam muito bem organizados, mas surgem as complicações de natureza política, e o gênio despótico de Catarina de Médicis ordena a matança de São Bartolomeu, no intuito de eliminar o almirante Coligny. O movimento sinistro, que durou 48 horas, começou em 24 de agosto de 1572, sofrendo a "Reforma" um dos seus mais amargos reveses. Somente em Paris e subúrbios, foram eliminadas três mil pessoas. Os mensageiros do Cristo deploram tão dolorosos acontecimentos, trabalhando por despertar a consciência geral, arrancando-a daquela alucinação de morticínio e sangue, mas precisamos considerar que cada homem, como cada coletividade, pode cumprir seus deveres ou agravar suas responsabilidades próprias, na esfera de sua liberdade relativa.
AS LUTAS DA REFORMA
Debalde a Dieta de Worms, em 1521, condenara Lutero como herege, levando-o a refugiar-se em Wartburgo, porque as suas idéias libertárias acenderam uma nova luz, propagando-se com a rapidez de um incêndio. A Igreja começou a sofrer os golpes mais fortes e mais dolorosos, porque alguns príncipes ambiciosos se aproveitaram do movimento das massas, confiscando-lhe bens preciosos. Numerosos camponeses, empolgados pelos direitos do pensamento livre, iniciaram grande campanha contra a Igreja usurpadora, exigindo reformas agrárias e sociais, em nome do Evangelho. De 1521 a 1555, os centros cultos europeus viveram momentos de angustiosas expectativas nos bastidores da tragédia religiosa, mas, depois da Concordata de Augsburgo, instituiu-se um regime da mais larga tolerância recíproca. O direito do exame livre, porém, dividiu a Reforma em vários departamentos religiosos, de acordo com a orientação pessoal de seus pregadores, ou das conveniências políticas do meio em que viviam. Na Alemanha era o Protestantismo, com os partidários dos princípios de Martinho Lutero; na Suíça e na França era o Calvinismo e, na Escócia, a Igreja Presbiteriana. Na Inglaterra, a questão veio a tornar-se mais grave. Henrique VIII, defensor extremado da fé católica, a princípio, por conveniência de caprichos pessoais tornou-se o chefe do poder político, assumindo a direção da Igreja Anglicana. Na França, os huguenotes se encontravam muito bem organizados, mas surgem as complicações de natureza política, e o gênio despótico de Catarina de Médicis ordena a matança de São Bartolomeu, no intuito de eliminar o almirante Coligny. O movimento sinistro, que durou 48 horas, começou em 24 de agosto de 1572, sofrendo a "Reforma" um dos seus mais amargos reveses. Somente em Paris e subúrbios, foram eliminadas três mil pessoas. Os mensageiros do Cristo deploram tão dolorosos acontecimentos, trabalhando por despertar a consciência geral, arrancando-a daquela alucinação de morticínio e sangue, mas precisamos considerar que cada homem, como cada coletividade, pode cumprir seus deveres ou agravar suas responsabilidades próprias, na esfera de sua liberdade relativa.
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