A FRANÇA E A INGLATERRA
A esse tempo, a França já se encontrava preparada para o cumprimento da sua grande missão junto dos povos, e, sob a influência do plano invisível, criavam-se os serviços benéficos da diplomacia. Nos bastidores da sua política administrativa, firmavam-se os princípios do absolutismo no trono, mas a sua grande alma coletiva, cheia de sentimento e generosidade, já vislumbrava o precioso esforço que lhe competia no porvir. Ao seu lado, a Grã-Bretanha caminhava, a passos largos, para as mais nobres conquistas humanas. Extinta, em 1603, a dinastia dos Túdores, eleva-se ao trono o rei da Escócia, Jaime I. Desejando reviver os princípios absolutistas, o descendente dos Stuarts inaugurou um período de nefastas perseguições, o qual foi intensificado por seu filho Carlos I, cujas disposições políticas se constituíam das mais avançadas tendências para a tirania. Rompendo com o Parlamento e dissolvendo-o, vezes consecutivas, viu o povo da capital inglesa de armas na mão, em defesa dos seus representantes, ensejando uma guerra civil que durou vários anos e só terminada com a ação de Cromwell, que, de acordo com o Parlamento, estabelece a República da qual se torna o "Lorde Protetor". Cromwell era um espírito valoroso, mas, embriagado com o vinho sinistro do despotismo, foi também um ditador vingativo, fanático e cruel. Depois da sua morte, em face da incapacidade política do filho, verifica-se a restauração do trono com os Stuarts. O governo destes teria, porém, pouca duração, porque os ingleses, desgostosos com a administração de Jaime II, e no seu tradicional amor à liberdade, chamam Guilherme de Orange ao poder. O Parlamento redige a famosa declaração de direitos, definindo a emancipação do povo e limitando os poderes reais, elevando-se ao trono Guilherme III com a revolução de 1688. A Inglaterra havia cumprido um dos seus mais nobres deveres, consolidando as fórmulas do parlamentarismo, porque assim todas as classes eram chamadas à cooperação e fiscalização dos governos.
A esse tempo, a França já se encontrava preparada para o cumprimento da sua grande missão junto dos povos, e, sob a influência do plano invisível, criavam-se os serviços benéficos da diplomacia. Nos bastidores da sua política administrativa, firmavam-se os princípios do absolutismo no trono, mas a sua grande alma coletiva, cheia de sentimento e generosidade, já vislumbrava o precioso esforço que lhe competia no porvir. Ao seu lado, a Grã-Bretanha caminhava, a passos largos, para as mais nobres conquistas humanas. Extinta, em 1603, a dinastia dos Túdores, eleva-se ao trono o rei da Escócia, Jaime I. Desejando reviver os princípios absolutistas, o descendente dos Stuarts inaugurou um período de nefastas perseguições, o qual foi intensificado por seu filho Carlos I, cujas disposições políticas se constituíam das mais avançadas tendências para a tirania. Rompendo com o Parlamento e dissolvendo-o, vezes consecutivas, viu o povo da capital inglesa de armas na mão, em defesa dos seus representantes, ensejando uma guerra civil que durou vários anos e só terminada com a ação de Cromwell, que, de acordo com o Parlamento, estabelece a República da qual se torna o "Lorde Protetor". Cromwell era um espírito valoroso, mas, embriagado com o vinho sinistro do despotismo, foi também um ditador vingativo, fanático e cruel. Depois da sua morte, em face da incapacidade política do filho, verifica-se a restauração do trono com os Stuarts. O governo destes teria, porém, pouca duração, porque os ingleses, desgostosos com a administração de Jaime II, e no seu tradicional amor à liberdade, chamam Guilherme de Orange ao poder. O Parlamento redige a famosa declaração de direitos, definindo a emancipação do povo e limitando os poderes reais, elevando-se ao trono Guilherme III com a revolução de 1688. A Inglaterra havia cumprido um dos seus mais nobres deveres, consolidando as fórmulas do parlamentarismo, porque assim todas as classes eram chamadas à cooperação e fiscalização dos governos.
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