domingo, 31 de outubro de 2010

LÂMPADAS, RECEPTORES E TRANSMISSOR

Nem todos porém que vêem, conseguem com elevação selecionar o que enxergam e assimilar o que devem. Muitos que ouvem não se comprazem ainda em fixar o que é nobre, olvidando o que é espúrio e vulgar para construir sabedoria pessoal. Poucos apenas falam, na multidão dos que usam a palavra, de forma eficiente, sem conspurcarem os lábios, macularem a própria ou a vida alheia, derrapando, não raro, para as figurações deprimentes da censura e da crítica indevida, aspirando em decorrência os vapõres tóxicos da impiedade e da insensatez. Mantém acesas as lâmpadas dos olhos e contempla tudo com amor, a fim de que as belezas povoem as paisagens do teu pensamento.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LÂMPADAS, RECEPTORES E TRANSMISSOR

Lâmpadas são os olhos derramando claridade pela senda por onde correm os rios dos dias, acionando as alavancas do movimento humano na extensão do progresso. Receptores são os ouvidos, por cujos condutos as vozes da vida atingem o espírito eterno, momentâneamente revestido pela matéria, de forma a ajudá-lo no crescimento e na evolução. Transmissor eficaz é a boca encarregada de exteriorizar as impressões que transitam dos centros pensantes ao comércio exterior da vida. Aparelhos preciosos de que se encontram investidos os homens são inestimáveis tesouros da concessão divina, cuja valorização merece a cada instante maior soma do capital de amor para que, através dêles, o espírito aprenda a ver e a marchar, saiba ouvir e guardar, disponha-se a sentir e expressar consubstanciando os ideais enobrecedores na elaboração da paz íntima.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LÂMPADAS, RECEPTORES E TRANSMISSOR

Recebem o raio luminoso e se inebriam de imediato com as impressões visuais transformadas em imagens que se gravam nos recônditos da memória, impressas em côr para serem evocadas logo se acionem os mecanismos próprios capazes de selecioná-las e retirá-las dos arquivos neuroniais. Penetrados pela sonora vibração, que deambula através da câmara acústica, classificam os ruídos e os discriminam para gravá-los em sutil engrenagem, na qual perduram as impressões transformadas em mensagens inapagáveis nos fulcros profundos do espírito. Acionada pelo mecanismo automático dos centros especializados, converte idéias em música e dispara dardos orais ou veludosa melopéia que faculta comunicação, gerando singular meio de entendimento ou desgraça, conforme a direção aplicada.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PESSIMISMO E JESUS

Os “filhos do Calvário”, da expressão evangélica, não são somente os desendinheirados, os coxos, os pustulentos do corpo. Não conheces os abismos dos espíritos que sofrem na opulência enganosa da vida física. Corrige a angulação do “ponto-de-vista”, dilata o amor e aprende com Jesus os exercícios da caridade discreta da compaixão em relação aos outros e da paciência ante os próprios sofrimentos, servindo e servindo, sem esperar resultados imediatos. Transferindo para a imortalidade o que ora não consegues. À multidão esfaimada Jesus ofereceu pães e peixes que se multiplicavam em abundância; à samaritana, além da água do poço, ofertou-lhe a “água vita” do Evangelho do Reino; a Maria e a Marta devolveu Lázaro arrancado da sepultura em que se encontrava; a Nicodemos, concedeu o conhecimento das vidas sucessivas; a Simão ensejou a honra de pernoitar no Lar dilatando para todos, indistintamente, a visão espiritual quanto às responsabilidades de cada um ante a consciência universal, ensejando a compreensão do Reino dos Céus e a oportunidade de um dia fruir-lhe as alegrias. E nunca discrepou das atitudes de amor para arrolar queixas ou quaisquer lamentações, vitalizando as fôrças infelizes do pessimismo.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 26 de outubro de 2010

PESSIMISMO E JESUS

Dentre os que estão sorrindo e triunfando, muitos sabem que se encontram moralmente falidos (e estão tentando fugir); outros protelam o inevitável encontro com a severa consciência; inumeráveis situam-se à borda da loucura e não sabem; estes buscam o nada e, frustrados, se atormentam tentando fingir ante a desilusão; aqueles apresentam-se lutando, desesperados, antes de caírem em terrível infortúnio que já pressentem; esses, esforçando-se por negar a vida, imergem nas alucinações psicopatas, não mais se suportando a si mesmos. Se soubesses o que se passa além das fronteiras do teu “eu”, serias mais benigno ao examinar o teu próximo e desculparias mais. Sofredores não são apenas os que já estão chorando. Há infelizes que perderam a faculdade de verter pranto e adicionam essa às outras aflições que os constringem.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PESSIMISMO E JESUS

Todos felizes, menos tu. Mergulhado nas tristes reflexões deprimentes, arrolas a convicção cristã que arde na alma e os testemunhos da vivência evangélica, sem que te cheguem as dádivas dos Céus. Reconsidera, porém, as observações de pessimismo e confia em Deus entregando-te totalmente a Ele, enquanto fazes a tua parte, o que deves, empenhado no culto elevado do dever. O pessimismo é lente que deforma a realidade. Desconheces os problemas alheios, por estares empenhado na coleta das próprias aflições. Todos os que se encontram na Terra estão em consêrto, em ressarcimento, sendo que alguns, enquanto resgatam, aumentam, impudentes, os débitos trazidos, mediante compromissos novos. Agradece a Deus a fé que luze no teu imo e a oportunidade de fazer o que possas e como possas com os que padecem mais do que tu mesmo.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 24 de outubro de 2010

PESSIMISMO E JESUS

Dores multifárias assomam vigorosas e crês ser impossível suportar as tenazes agonias que agora parecem dominar todos os painéis da tua mente, avassalando órgãos e músculos do veículo físico. Relacionas dificuldades e provações com os olhos nublados, enquanto observas os que passam exibindo saúde, guindados ao poder, brilhando entre amigos sorridentes, amparados pela cornucópia da fortuna. Estes, consideras, triunfam cada dia nos empreendimentos comerciais; aqueles conquistam títulos invejáveis; êsses são requisitados para empreendimentos de realce social; uns estão disputando primazia no jôgo das posições políticas; outros armazenam bens da usura; alguns estão distraídos e felizes, acumulando vitórias sôbre vitórias; diversos passeavam ontem contigo amarrados a problemas, agora, no entanto, distantes, conseguiram os alvos que não lobrigaste. Quase todos são homens sem fé, que frequentam as diversas Igrejas, desfilando vaidades e alardeando louros ao invés de procurarem o silêncio para a prece e a solidão para falar com o Senhor.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

UMA PAGA DE AMOR

Tudo porque esqueceste da justa e necessária dose de amor. Uma baga apenas teria sido suficiente. Se amasses, todavia, com legítima qualidade de amor, o ódio cederia lugar à expectativa do bem, a intriga se desagregaria, a calúnia seria dissipada, a discórdia se apaziguaria, o ciúme se teria anulado, a irritabilidade se dulcificaria e a vida, então, adquiriria a sua santificante finalidade. Com a moeda do amor se adquirem todos os bens da Terra e os incomparáveis tesouros do Céu. O amor persevera insistindo nos propósitos superiores que o vitalizam. Convence produzindo pela fôrça da sua magnitude a excelência dos seus propósitos. Transforma pela natureza dulcificadora de que se constitui. Dignifica em razão do conteúdo de que se faz mensageiro. Liberta por ser o poder da vida de Deus transladada para toda a Criação. O amor alma da vida e vida da alma é a canção de felicidade que vibra do Céu na direção da Terra, sem encontrar, por enquanto, ouvidos atentos que lhe registrem a incomparável melodia, de modo a se transformar em harmonia envolvente que penetra até onde cheguem as suas ressonâncias.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UMA PAGA DE AMOR

Quando a chispa do ódio lavrou o incêndio da malquerença, deixaste-te carbonizar pelas chamas do desespero. Quando o veneno da intriga te visitou a casa do coração, permitiste-te a revolta que se converteu em injustificada aflição. Quando o chicote da calúnia estrugiu nas tuas intenções nobres, concedeste-te a insensatez do desânimo que se transformou em enfermidade difícil. Quando a nuvem da discórdia sombreou o grupo feliz das tuas amizades, julgaste-te abandonado, destroçando os planos superiores da edificação da alegria, onde armazenavas sonhos para o futuro. Quando o fel do ciúme tisnou o sol do amor que te iluminava, resvalaste na alucinação morbífica que te aniquilou as mais belas expressões de amparo pelo caminho redentor. Quando o ácido da irritabilidade alheia te foi atirado à face, foste dominado pela fúria da reação desvairada, fazendo-te perder abençoada ocasião de ajudar.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MAIS AMOR

Toda obra em começo na retaguarda, que ficou ao abandono, ou qualquer aquisição negativa permanecem aguardando o responsável. O milagre da vida chama-se amor. Quando crescemos em espírito, lamentamos tardiamente a mesquinhez em que teimávamos permanecer. A visão da montanha, na direção da paisagem, apaga as sombras temerosas das furnas e cobre o charco transposto na baixada, quando o sol da alegria distende claridade festiva ampliando os horizontes. Não te apoquentes, portanto, ante o triunfo enganoso do engôdo ou a vitória da irresponsabilidade. Catalogado pelo Estatuto Divino com a função de crescer, tens a destinação de mais amor. Assim, em qualquer circunstância de tempo ou lugar, em claro céu ou sombrio firmamento, na saúde ou na doença, na realização ou na queda, no poder ou na dependência, entre amigos ou adversários, para a tua plenitude e perfeita paz, ama muito mais e distende sempre mais amor porque só o amor tem a substância essencial para traduzir a realidade do Pai em nossas vidas.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MAIS AMOR

Muitas vêzes parece impossível sequer suportar quantos nos ferem e magoam injustamente dentro, porém, da programática de recuperação que nos impomos experimentar pelos erros passados quanto mais conceder-lhes o amor. Todavia, animosidade como afeição resultam de atitudes mentais e emocionais que podemos condicionar com o livre querer. Se consideras que o opositor se encontra enfermo, ser-te-á mais fácil amá-lo. Se tiveres em mente que êle está mal informado, tornar-se-á melhor para ti desculpá-lo. Se pensares que êle não conseguiu alcançar o que em ti combate e não possui fôrças para compartir o teu êxito ou a tua oportunidade feliz, farsa-á lógico entendê-lo e amá-lo. Revidando, porém, acusação por acusação, suspeita por suspeita, ira com ira, mui difícil a reconciliação e a paz, paz e reconciliação a que amanhã ou depois serás constrangido a realizar.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MAIS AMOR

Malgrado a nuvem da incompreensão, cuja sombra permite lamentáveis atritos e rudes embates que esfacelam as elevadas programações traçadas para o êxito da tua tarefa, reserva-te mais amor. Não obstante os raios dispendidos pela malquerença agora sistemática, que produzem dor, certeiramente dirigidos, doa mais amor. Enquanto a maledicência grassa arrebanhando mentes frívolas e companheiros invigilantes, que se comprazem na disseminação das idéias espúrias, faculta-te mais amor. Embora a suspeita semeie surdas acrimônias e acusações que sabes ser indébitas, no labor em que profligas o mal, concede-te mais amor. Apesar da ausência dos mínimos requisitos de consideração ao teu serviço edificante, por parte dêles aquêles que se permitem somente a censura ou a lisonja mentirosa, a acusação ou o azedume contumaz continua com mais amor.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 17 de outubro de 2010

LOUVOR

Toda a vida na terra é um hino de louvor ao Senhor de todas as coisas. O sol que brilha, o coração que ama, a ave que canta, as mãos que socorrem, a flor que perfuma, o ser que perdoa, o diamante que fulge, o sentimento que ajuda, são manifestações do espírito de louvor que vivifica o mundo, entoando a. música de gratidão à Fonte Doadora e Soberana da Vida. Através do trabalho ativo e continuado, entoa, também, o teu hino de louvor ao feliz ensejo de realização na terra dolorida, fazendo dos braços instrumentos de progresso que gera a harmonia e do coração harpa divina a modular contínua canção de esperança e paz. Agora que encontraste a Doutrina Espírita que te liberta da pesada canga da ignorância e que te dá ao lado do discernimento o entusiasmo e o amor à vida, louva e agradece a Deus a felicidade que ora te enriquece, distribuindo as flôres da tua alegria íntima em forma de caridade para com todos e amor a tudo e todos, jubiloso ao claro sol da legítima razão de viver: servir para redimir-se!

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

LOUVOR

A manhã esplende jubilosa, louvando a terra adormecida com a dádiva do despertar. A vida canta estuante ao nascer do dia, louvando a mensagem da luz. As flôres sorriem perfumes ao contato dos raios selares, louvando a graça do calor. A terra umedecida produz, louvando a felicidade da doação fertilizante. O rio abraça jubilosamente o oceano, louvando a amplidão marinha. O diamante brilha, louvando as marteladas lapidadoras que o fizeram fulgir. O homem ama, louvando a oferenda divina que lhe felicita o coração. O crente ajoelha-se ditoso e louva o Senhor agradecendo a dádiva da fé. Flutuando, corre a nuvem louvando a oportunidade de distender-se na atmosfera rarefeita. A árvore cresce e louva o solo que a viu nascer, estendendo galhos que projetam sombra acolhedora, multiplicando bênçãos de flõres e frutos.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ESPÍRITO DA TREVA

Como quer que apareça o espírito das trevas, no teu caminho, enfrenta-o simples de coração e limpo de consciência. Não debatas nem te irrites com ele. Ante os doentes, o medicamento primeiro e mais eficaz é a compaixão que - se lhes dá, não levando em conta o que dizem ou fazem por considerar que estão fora da razão e do discernimento, pela ausência da saúde. Arma-te a todo instante com a prece e põe o capacete da piedade, conduzindo a luz da misericórdia para clarificar o caminho e vencerás em qualquer luta, permanecendo livre face a qualquer das suas ciladas. E quando, enfraquecido na luta, o espírito da treva estiver a vencer-te após exasperar-te
danosamente, quase colimando por empurrar-te ao fôsso da insensatez, lembra-te de Jesus e dize: Afasta-te de mim, espírito do mal, e avança sem parar na direção do dever sem olhar para trás.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ESPÍRITO DA TREVA

Aqui é o esposo rebelde, a genitora alucinada, a nubente corroída por ciúme injustificável, o filho ingrato, o irmão venal, a filha viciada e ultrajante, a irmã desassisada; ali é o vizinho irritante, o colega pusilânime, o chefe mesquinho, o amigo negligente, o servidor cansativo, o companheiro hipócrita exigindo atitude de sumo equilíbrio, em convite contínuo à serenidade e à perseverança nos bons propósitos. Transmite a impressão de que não há lugar para o amor nem o bem, como se a vida planetária fôsse uma arbitrária punição e não sublime concessão do Amor Divino, a benefício da nossa redenção.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ESPÍRITO DA TREVA

Membro atuante do que constitui as “fôrças do mau”, que por enquanto ainda assolam a Terra, na atual conjuntura do planêta, irrompe inspirando e agindo, nos múltiplos departamentos humanos, objetivando desagregar e infelicitar as criaturas, no que se compraz. Espírito estigmatizado pela agonia íntima que sofre, envenenado pelo ódio em que se consome ou revoltado pelo tempo perdido, na vida passada, sintoniza com as imperfeições morais e espirituais do homem, mantendo comercio pernicioso de longo curso. Está, também, às vêzes, encarnado no círculo das afeições.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

ESPÍRITO DA TREVA

Está em toda parte. Surge inesperadamente e assume faces de surprêsa que produz estados dalma afligentes, configurando pungentes conflitos que conduzem, não raro, a nefandas conseqüências. As vêzes, no lar, os problemas se avultam, na ordem moral, desconcertando a paisagem doméstica; no trabalho, discussões inesperadas, por nonadas, tomam aspectos de gravidade, que conduz os contendores a ódios virulentos e perniciosos; nas relações, irrompem incompreensões urdidas nas teias da maledicência, fragmentando velhas amizades que antes se firmavam em compromissos de lealdade fraterna Inamovível; na rua e nas conduções gera inquietações que consomem e lança pessoas infelizes no caminho, provocantes, capazes de atirar por coisas de pequena monta, nos rebordos de abismos profundos, aquêles que defrontam. É o espírito da treva. Está, sim, em toda parte.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 10 de outubro de 2010

PERDOAR

Que é o “Consolador”, que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus? Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquêlo que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que êle te fêz, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como êle é. “Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes”. “A misericórdia é o complemento da brandura, porqüanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas”.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PERDOAR

A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações. O regato singelo, que tem o curso Impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou pára, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante. A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flôres e grãos. E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PERDOAR

Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro. Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquêle que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem. Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar. Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema — graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma — que te desacostumaste ao convívio do sofrimento.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PERDOAR

Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito. Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção. Perdoa, portanto, seja o que fôr e a quem fôr. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PERDOAR

Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surprêsa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fêz com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. Ele deve estar enfêrmo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos. Se êle agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido orgãnicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CIZÂNIA

Não olvides que ao mais esclarecido é exigida maior dose de tolerância, de compreensão e de misericórdia. Quantas vêzes o amigo, habitualmente fiel, em se voltando para agredir não se encontra enfêrmo? Neste momento, não há outras alternativas senão piedade e socorro para ele. Se desejas realmente, como apregoas, que cresça o trabalho do Cristo, não faças perniciosa distinção entre os servidores, não sugiras separativismos, não confrontes mediante opiniões que criam ciumes ou açulam vaidades vãs pelo elogio gratuito, indiscriminado e improcedente, porque todo coração é maleável à palavra da bajulação dourada como todo espírito é acessível à referência azeda da impiedade, ao licor embriagante da perversão.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 3 de outubro de 2010

CIZÂNIA

A cizânia nasce sempre no seio da vaidade que se faz nutrir pela presunção. Esquece, portanto, os títulos e valôres a que te apegas, pois que eles nada valem diante dAquêle a quem serves ou a quem procuras servir. A obra do bem tem passado sem ti e depois que passes ela prosseguirá passando. Reage à cizânia, impedindo que ela te domine no pensar, no falar, a fim de que não se desdobre através do agir. Examina o íntimo do espírito para que as mentes geratrizes da cizânia, vitalizadas pelo pretérito infeliz e corporificadas em grupos de perturbadores do Mundo Espiritual, não encontrem na tua mente açulada o campo para as cogitações da censura injustificada aos que não podem ser iguais a ti, quer estejam abaixo ou acima do teu nível de produtividade.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CIZÂNIA

Impossível fulgir a jóia não houvesse sido esse brilho precedido pelo esfôrço do garimpeiro ignorado, que se adentrou pela mina perigosa a buscá-la. A pérola pálida a refulgir ostenta sua beleza graças ao estoicismo do mergulhador que desceu às águas abissais para arrancá-la da ostra ergastulada nas rochas submarinas. No trabalho renovador ao qual te afervoras, não te olvides dos que atuam nas funções modestas, todavia indispensáveis ao serviço que desdobras. O rei não poderia rodear-se de confôrto e grandeza sem o concurso do operário humilde que lhe ergueu o trono ou a cozinheira que lhe sustenta a manutenção do equilíbrio orgânico. E a estabilidade do seu império estaria sempre ameaçada não fôsse a fidelidade dos que o mantêm, vigilantes, e muitas vêzes ignorados.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS