segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ABANDONO DE SI MESMO



A debilidade de resistências psicológicas, que se convertem em ausência de forças morais, conduz o paciente aos estados mórbidos, quando acometido dos desconfortos da timidez, inibição e angústia, que lhe trabalham os mecanismos da mente, deixando-o à deriva. O abandono de si mesmo é forma de punir a incapacidade de lutar, cilício voluntário para a autodestruição, recurso para punir os familiares ou a sociedade na qual se encontra. Sentindo-se impossibilitado de competir, negando-se a lutar, recalcando os conflitos na raiva e na mágoa, castiga-se, para desforçar-se de todos aqueles que se lhe apresentam na mente atormentada como responsáveis pelo seu estado. Enquanto o indivíduo não se resolva por crescer e ser feliz, esses algozes implacáveis e mais outros atormenta-lo-ão, ferindo-o, cada vez mais, e dominando a sociedade que passará a ser-lhe vítima.

AMOR, IMBATÍVEL AMOR
DIVALDO FRANCO
POR JOANNA DE ÂNGELIS

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