quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

AS PROMESSAS DO CRISTO

Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de se estabelecerem  no  mundo, as raças  adâmicas,  nos  seus  grupos  insulados,  guardaram  a  reminiscência  das  promessas  do Por aqui sabemos que a história bíblica de Adão e Eva é uma metáfora, em que Adão, não sendo um homem, simboliza uma população – aquela parcela rebelde de Capela Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas,  enviando-lhes periodicamente os seus missionários e mensageiros.  Eis por que as  epopeias do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do Sublime Emissário. Os  enviados  do  Infinito  falaram,  na  China  milenária,  da  celeste  figura  do  Salvador, muitos séculos antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito  esperavam-no  com as suas profecias. Na Pérsia, idealizaram a sua trajetória,  antevendo-lhe  os passos nos caminhos do porvir; na Índia védica, era conhecida quase toda a história evangélica, que o sol dos milênios futuros  iluminaria  na  região  escabrosa  da  Palestina,  e  o  povo  de  Israel,  durante  muitos séculos, cantou-lhe  as  glórias divinas, na exaltação do amor e da resignação, da piedade e do martírio, através da palavra de seus profetas mais eminentes. Uma secreta intuição iluminava o espírito divinatório das massas populares. Todos os  povos  o  esperavam  em  seu  seio  acolhedor;  todos  o  queriam,  localizando  em  seus caminhos a sua expressão sublime e divinizada. Todavia, apesar  de surgir um dia no mundo, como Alegria de todos os tristes e Providência de todos  os infortunados, à sombra do trono de  Jessé,  o  Filho  de  Deus  em  todas  as  circunstâncias  seria  o  Verbo  de  Luz  e  de  Amor  do Princípio, cuja genealogia se confunde na poeira dos sóis que rolam no Infinito. Entre as considerações acima e as do capítulo precedente, devemos ponderar o interstício de  muitos  séculos.  Aliás,  no  que  se  refere  à  historicidade  das  raças  adâmicas,  será  justo meditarmos atentamente no  problema da fixação dos caracteres raciais. Apresentando o meu pensamento humilde, procurei  demonstrar as largas experiências que os operários do Invisível levaram a efeito, sobre os complexos  celulares, chegando a dizer da impossibilidade de qualquer cogitação mendelista nessa época da evolução planetária. Aos prepostos de Jesus foi necessária grande soma de tempo, no sentido de fixar o tipo humano. Assim, pois, referindo-nos  ao degredo dos emigrantes da Capela, devemos esclarecer que, nessa ocasião,  já  o  primata  hominis  se  encontrava arregimentado  em  tribos  numerosas.  Depois  de  grandes experiências,  foi  que  as  migrações  do  Pamir  se  espalharam  pelo  orbe,  obedecendo  a  sagrados  roteiros, delineados  nas  Alturas.  Quanto  ao  fato  de  se  verificar  a  reencarnação  de  Espíritos  tão  avançados  em conhecimentos,  em  corpos  de  raças  primigênias,  não  deve  causar  repugnância  ao  entendimento. Lembremo-nos  de que um metal puro, como o ouro, por exemplo, não se modifica pela circunstância de  se apresentar em vaso imundo, ou disforme. Toda oportunidade de realização do bem é sagrada. Quanto  ao mais, que fazer com o trabalhador desatento que estraçalha no mal todos os instrumentos perfeitos que lhe são  confiados?  Seu  direito,  aos  aparelhos  mais  preciosos,  sofrerá  solução  de  continuidade. A  educação generosa e justa ordenará a localização de seus esforços em maquinaria imperfeita, até que saiba valorizar as preciosidades em mão. A todo tempo, a máquina deve estar de acordo com as disposições do operário, para que o dever cumprido seja caminho aberto a direitos novos. Entre as raças negra e amarela, bem como entre  os  grandes  agrupamentos  primitivos  da  Lemúria,  da  Atlântida e  de  outras  regiões  que  ficaram imprecisas  no  acervo  de  conhecimentos  dos  povos,  os  exilados  da  Capela  trabalharam  proficuamente, adquirindo a provisão de amor para suas consciências ressequidas. Como vemos, não houve retrocesso, mas providência  justa  de  administração,  segundo  os  méritos  de  cada  qual,  no  terreno  do  trabalho  e  do sofrimento para a redenção.

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