terça-feira, 4 de dezembro de 2012


INDULGÊNCIA 
Espírito: ANDRÉ LUIZ

A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências. 
Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina, podem o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques. 
Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios. 
Sejamos indulgentes. 
Se errarmos, roguemos perdão. 
Se outros erraram, perdoemos. 
O mal que desejarmos para alguém, hoje,suscitará o mal para nós, amanhã. 
A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo. 
E assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real. 
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência. Quem perdoa desconhece remorso. 
Ódio é fogo invisível na consciência. 
O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento. 
O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem reclama a clemência nossa. 
A humanidade dispensa quem a censure,mas necessita de quem a estime. 
E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a consequência inevitável de toda fuga ao dever. 
Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar. 
Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade. 
Você, amostra de Grande Prole de Deus, carece do amparo de todos e todos lhe solicitam amparo. 
Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que se o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignosà sua volta; o pintor consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida. 

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