PERANTE AS FÓRMULAS SOCIAIS
Abolir o uso dispensável do luto e dos pêsames, por motivo de funerais, tanto quanto
a participação em apadrinhamentos e cerimônias ritualísticas de qualquer natureza.
O espírita não se prende a exterioridades.
Nas visitas de confraternizações, suprimir protocolos ou etiquetas pretensiosas.
A confiança pede clima familiar.
Banir dos Templos Espíritas as cerimônias que, em nome da Doutrina, visem à
consagração de esponsais ou nascimentos.
O Espiritismo não pode olvidar a simplicidade cristã que ele próprio revive.
Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do
carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou
manifestações exteriores espetaculares.
A verdadeira alegria não foge da temperança.
Estudar previamente e com bastante critério as apresentações de pregadores ou
médiuns, bem como as homenagens a companheiros e parentes encarnados e
desencarnados, para não incorrermos na exaltação da vaidade e do orgulho ou ferir a
modéstia e a humildade daqueles a quem prezamos.
A lisonja é veneno em forma verbal.
Proscrever o uso de distintivos e emblemas no movimento doutrinário.
Excessiva exterioridade, afastamento da simplicidade cristã.
Dispensar sempre as fórmulas sociais criadas ou mantidas por convencionalismos
ou tradições que estanquem o progresso.
Toda complexidade atrasa o relógio da evolução “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” — Jesus.(MARCOS, 2:27.)
LIVRO CONDUTA ESPÍRITA
CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
PERANTE A DESENCARNAÇÃO
Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso
a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.
Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.
Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas quais se
responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.
Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.
Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.
A caridade é dever para todo clima.
Proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.
O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do
silêncio que o ajudem a refazer-se.
Desterrar de si quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários
impróprios nos enterros a que comparecer.
A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.
Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e
flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.
A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.
Ajuizar detidamente as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes
da desencarnação, para não experimentar choques prováveis, ante inesperadas
incompreensões de parentes e companheiros.
O corpo que morre não se refaz.
Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação,
quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o valor da existência
humana.
A morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.
“Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.” — Jesus. (JOÃO, 8:51.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011
PERANTE A ENFERMIDADE
Sustentar inalteráveis a fé e a confiança, sem temor, queixa ou revolta, sempre que
enfermidades conhecidas ou inesperadas lhe visitem o corpo ou lhe assediem o lar.
Cada prova tem uma razão de ser.
Com o necessário discernimento, abster-se do uso exagerado de medicamentos capazes de intoxicar a vida orgânica.
Para o serviço da cura, todo medicamento exige dosagem.
Desfazer idéias de temor ante as moléstias contagiosas ou mutilantes, usando a
disciplina mental e os recursos da prece.
A força poderosa do pensamento tanto elabora quanto extingue muitos distúrbios
orgânicos e psíquicos.
Sabendo que todo sofrimento orgânico é uma prova espiritual, dentro das leis
cármicas, jamais recear a dor, mas aceitá-la e compreendê-la com desassombro e
conformação.
A intensidade do sofrimento varia segundo a confiança na Lei Divina.
Aceitar o auxílio dos missionários e obreiros da medicina terrena, não exigindo
proteção e responsabilidade exclusivas dos médicos desencarnados.
A Eterna Sabedoria tudo dispõe em nosso proveito.
Afirmar-se mentalmente em segurança, acima das enfermidades insidiosas que lhe
possam assaltar o organismo, repelindo os pensamentos e as palavras de desespero ou cansaço, na fortaleza de sua fé.
A doença pertinaz leva à purificação mais profunda.
Aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação dos valores alusivos à convicção religiosa.
A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” — Jesus.
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
(MATEUS, 11:28.)
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
PERANTE O CORPO
Cultivar a higiene pessoal, sustentando o instrumento físico qual se ele fosse viver
eternamente, preservando-se, assim, contra o suicídio indireto.
O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
Precatar-se contra tóxicos, narcóticos, alcoólicos, e contra o uso demasiado de
drogas que viciem a composição fisiológica natural do organismo.
Existem venenos que agem gota a gota.
Conduzir-se de modo a não exceder-se em atitudes superiores à própria
resistência, nem confiar-se a intempestivas manifestações emocionais, que criam
calamitosas depressões.
O abuso das energias corpóreas também provoca suicídio lento.
Distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura
para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-la contra os desvios suscetíveis de corrompê-la.
O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma.
Fugir de alimentar-se em excesso e evitar a ingestão sistemática de condimentos e
excitantes, buscando tomar as refeições com calma e serenidade.
Grande número de criaturas humanas deixa prematuramente o Plano Terrestre pelos erros do estômago.
Sempre que lhe seja possível, respirar o ar livre, tomar banhos de água pura e
receber o sol farto, vestindo-se com decência e limpeza, sem, contudo, prender-se à
adoração do próprio corpo.
Critério e moderação garantem o equilíbrio e o bem-estar.
Por motivo algum, desprezar o vaso corpóreo de que dispõe, por mais torturado que
ele seja.
Na Terra, cada Espírito recebe o corpo de que precisa.
“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” — Paulo. (I CORÍNTIOS, 6:20.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
PERANTE OS ANIMAIS
Abster-se de perseguir e aprisionar, maltratar ou sacrificar animais domésticos ou
selvagens, aves e peixes, a título de recreação, em excursões periódicas aos campos, lagos e rios, ou em competições obstinadas e sanguinolentas do desportismo.
Há divertimentos que são verdadeiros delitos sob disfarce.
No contacto com os animais a que devote estima, governar os impulsos de proteção
e carinho, a fim de não cair em excessos obcecantes, a pretexto de amá-los.
Toda paixão cega a alma.
Esquivar-se de qualquer tirania sobre a vida animal, não agindo com exigências
descabidas para a satisfação de caprichos alimentares nem com requintes condenáveis em pesquisas laboratoriais, restringindo-se tão-somente às necessidades naturais da vida e aos impositivos justos do bem.
O uso edifica, o abuso destrói.
Opor-se ao trabalho excessivo dos animais, sem lhes administrar mais ampla
assistência.
A gratidão também expressa justiça.
No socorro aos animais doentes, usar os recursos terapêuticos possíveis, sem
desprezar mesmo aqueles de natureza mediúnica que aplique a seu próprio favor.
A luz do bem deve fulgir em todos os planos.
Apoiar, quanto possível, os movimentos e as organizações de proteção aos animais,
através de atos de generosidade cristã e humana compreensão.
Os seres da retaguarda evolutiva alinham-se conosco em posição de necessidade
perante a lei.
“Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade.” — Paulo. (I CORÍNTIOS, 16:14.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sábado, 24 de setembro de 2011
PERANTE A NATUREZA
De alma agradecida e serena, abençoar a Natureza que o acalenta, protegendo, quanto possível, todos os seres e todas as coisas na região em que respire.
A Natureza consubstancia o santuário em que a sabedoria de Deus se torna visível.
Preservar a pureza das fontes e a fertilidade do solo.
Campo ajudado, pão garantido.
Cooperar espontaneamente na ampliação de pomares, tanto quanto auxiliar a
arborização e o reflorestamento.
A vida vegetal é moldura protetora da vida humana.
Prevenir-se contra a destruição e o esbanjamento das riquezas da terra em
explorações abusivas, quais sejam a queima dos campos, o abate desordenado das árvores generosas e o explosivo na pesca.
O respeito à Criação constitui simples dever.
Utilizar o tesouro das plantas e das flores na ornamentação de ordem geral,
movimentando a irrigação e a adubagem na preservação que lhes é necessária.
O auxílio ao vegetal exprime gratidão naquele que lhe recebe os serviços.
Eximir-se de reter improdutivamente qualquer extensão de terra sem cultivo ou sem aplicação para fins elevados.
O desprezo deliberado pelos recursos do solo significa malversação dos favores do Pai.
Aplicar as forças naturais como auxiliares terapêuticos na cura das variadas
doenças, principalmente o magnetismo puro do campo e das praias, o ar livre e as águas medicinais.
Toda a farmacopéia vem dos reservatórios da Natureza.
Furtar-se de mercadejar criminosamente com os recursos da Natureza encontrados nas faixas de terra pelas quais se responsabilize.
O mordomo será sempre chamado a contas.
“Pois somos cooperadores de Deus” — Paulo. (I CORÍNTIOS, 3:9.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
PERANTE A PÁTRIA
Ser útil e reconhecido à Nação que o afaga por filho, cumprindo rigorosamente os deveres que lhe tocam na vida de cidadão.
Somos devedores insolventes do berço que nos acolhe.
No desdobramento das tarefas doutrinárias, e salvaguardando os patrimônios
morais da Doutrina, somente recorrer aos tribunais humanos em casos prementes e especialíssimos.
Prestigiando embora a justiça do mundo, não podemos esquecer a incorruptibilidade da Justiça Divina.
Situar sempre os privilégios individuais aquém das reivindicações coletivas, em
todos os setores.
Ergue-se a felicidade imperecível de todos, do pedestal da renúncia de cada um.
Cooperar com os poderes constituídos e as organizações oficiais, empenhando-se desinteressadamente na melhoria das condições da máquina governamental, no âmbito dos próprios recursos.
Um ato simples de ajuda pessoal fala mais alto que toda crítica.
Quando chamado a depor nos tribunais terrestres de julgamento, pautar-se em harmonia com os princípios evangélicos, compreendendo, porém, que os irmãos incursos em teor elevado de delinqüência necessitam, muitas vezes, de justa segregação para tratamento moral, quanto os enfermos graves requisitam hospitalização para o devido tratamento.
Diante das Leis Divinas, somos juizes de nós mesmos.
Nunca adiar o cumprimento de obrigações para com o Estado, referendando os elevados princípios que ele esposa, buscando a quitação com o serviço militar, mesmo quando chamado a integrar as forças ativas da guerra.
Os percalços da vida surgem para cada Espírito segundo as exigências dos próprios débitos.
Expressar o patriotismo, acima de tudo, em serviço desinteressado e constante ao povo e ao solo em que nasceu.
A Pátria é o ar e o pão, o templo e a escola, o lar e o seio de Mãe.
Substancializar a contribuição pessoal ao Estado, através da execução rigorosa das obrigações que lhe cabem na esfera comum.
O genuíno amor à Pátria, longe de ser demagogia, é serviço proveitoso e
incessante.
“Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” — Jesus. (LUCAS, 20:25.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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terça-feira, 20 de setembro de 2011
PERANTE OS SONHOS
Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles.
Há mais sonhos em vigília que no sono natural.
Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho.
Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.
Objetivos elevados, tempo aproveitado.
Acautelar-se quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara.
O Espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.
Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância.
A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.
Preparar um sono tranqüilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal.
A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão.
Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.
O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações.
“E rejeita as questões loucas...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 2:23.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
PERANTE O FENÔMENO
No desenvolvimento das tarefas doutrinárias, colocar o fenômeno mediúnico em sua
verdadeira posição de coadjuvante natural da convicção, considerando-o, porém,
dispensável, na construção moral a que nos propomos.
A Doutrina Espírita é luz inalterável.
Conduzir as possibilidades de divulgação do Espiritismo, em qualquer setor, no
trabalho da evangelização, conferindo-lhe preferência sobre a ação fenomenológica.
Ante os imperativos da responsabilidade moral, todo fenômeno é secundário.
Atingir outros estados de compreensão das verdades que nos enriquecem a fé,
acatando as aspirações dos metapsiquistas, dos parapsicólogos e dos estudiosos
acadêmicos em geral, sem, contudo, comprometer-se, demasiado, com os
empreendimentos que lhes digam respeito.
Viver segundo o Evangelho — eis a nossa necessidade fundamental.
Jamais partilhar de assembléias espíritas visando unicamente a sucesso
espetaculares.
As manifestações mediúnicas não são a base essencial do Espiritismo.
Descentralizar a atenção das manifestações fenomênicas havidas em reuniões de
que participe, para deter-se no sentido moral dos fatos e das lições.
Na mediunidade, o fenômeno constitui o envoltório externo que reveste o fruto do
ensinamento.
“Irmãos, não sejais meninos no entendimento...” — Paulo. (CORÍNTIOS, 14:20.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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domingo, 18 de setembro de 2011
PERANTE O PASSE
Quando aplicar passes e demais métodos da terapêutica espiritual, fugir à indagação sobre resultados e jamais temer a exaustão das forças magnéticas.
O bem ajuda sem perguntar.
Lembrar-se de que na aplicação de passes não se faz precisa a gesticulação
violenta, a respiração ofegante ou bocejo de contínuo, e de que nem sempre há necessidade de toque direto no paciente.
A transmissão do passe dispensa qualquer recurso espetacular.
Esclarecer os companheiros quanto à inconveniência da petição de passes todos os dias, sem necessidade real, para que esse gênero de auxílio não se transforme em mania.
É falta de caridade abusar da bondade alheia.
Proibir ruídos quaisquer, baforadas de fumo, vapores alcoólicos, tanto quanto
ajuntamento de gente ou a presença de pessoas irreverentes e sarcásticas nos recintos para assistência e tratamento espiritual.
De ambiente poluído, nada de bom se pode esperar.
Interromper as manifestações mediúnicas no horário de transmissões do passe
curativo.
Disciplina é alma da eficiência.
Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação para o socorro previsto.
A fé não exclui a previdência.
Quando oportuno, adicionar o sopro curativo aos serviços do passe magnético, bem como o uso da água fluidificada, do autopasse, ou da emissão de força socorrista, a distância, através da oração.
O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
“E rogava-lhe muito, dizendo: — Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.” (MARCOS, 5:23.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sábado, 17 de setembro de 2011
PERANTE A MEDIUNIDADE
Reprimir qualquer iniciativa tendente a assinalar a mediunidade, o médium ou os
fatos mediúnicos como extraordinários ou místicos.
O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural e o médium é um ser humano como qualquer outro.
Certificar-se de que o exercício natural da mediunidade não exime o médium da
obrigação de viver profissão honesta na sociedade a que pertence.
Não pode haver assistência digna onde não há dever dignamente cumprido.
Precaver-se contra as petições inadequadas junto à mediunidade.
Os médiuns são companheiros comuns que devem viver normalmente as experiências e as provas que lhes cabem.
Por nenhuma razão elogiar o medianeiro pelos resultados obtidos através dele,
lembrando-se que é sempre possível agradecer sem lisonjear.
Para nós, todo o bem puro e nobre procede de Jesus-Cristo, nosso Mestre e Senhor.
Ainda mesmo premido por extensas dificuldades, colocar o exercício da mediunidade
acima dos eventos efêmeros e limitados que varrem constantemente os panoramas sociais e religiosos da Terra.
A mediunidade nunca será talento para ser enterrado no solo do comodismo.
Conversar sobre fenômenos mediúnicos e princípios espíritas apenas em ambientes
receptivos.
Há terrenos que ainda não estão amanhados para a semeadura.
Prosseguir sem vacilações no consolo e no esclarecimento das almas, esquecendo
espinheiros e pedras do vale humano, para conquistar a luz da imortalidade que fulgura nos cimos da vida.
Desenvolver-se alguém mediunicamente, a bem do próximo, é ascender em espiritualidade.
“E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu espírito derramarei sobre toda carne.” (ATOS, 2:17.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
PERANTE A ORAÇÃO
Proferir a prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias, facilitando-se, dessa forma, a ligação com os Benfeitores da Vida Maior.
A prece entrelaça os Espíritos.
Quanto possível, abandonar as fórmulas decoradas e a leitura maquinal das “preces prontas”, e viver preferentemente as expressões criadas de improviso, em plena emotividade, na exaltação da própria fé.
Há diferença fundamental entre orar e declamar.
Abster-se de repetir em voz alta as preces que são proferidas por amigos outros nas reuniões doutrinárias.
A oração, acima de tudo, é sentimento.
Prevenir-se contra a afetação e o exibicionismo ao proferir essa ou aquela prece, adotando concisão e espontaneidade em todas elas, para que não se façam veículo de intenções especiosas.
Fervor dalma, luz na prece.
Durante os colóquios da fé, recordar todos aqueles a quem tenhamos melindrado ou ferido, ainda mesmo inconscientemente, rogando-lhes, em silêncio e a distância, o necessário perdão de nossas faltas.
Os resultados da oração, quanto os resultados do amor, são ilimitados.
Cancelar as solicitações incessantes de benefícios para si mesmo, centralizando o pensamento na intercessão em favor dos menos felizes.
Quem ora em favor dos outros, ajuda a si próprio.
Controlar a modulação da voz nas preces públicas, para fugir à teatralidade e à
convenção.
O sentimento é tudo.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” — Jesus. (MATEUS, 26:41.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011
PERANTE OS MENTORES ESPIRITUAIS
Ponderar com especial atenção as comunicações transmitidas como sendo da autoria de algum vulto célebre, e somente acatá-las pelos conceitos com que se enquadrem à essência doutrinária do Espiritismo.
A luz não se compadece com a sombra.
Abolir a prática da invocação nominal dessa ou daquela entidade, em razão dos inconvenientes e da desnecessidade de tal procedimento em nossos dias, buscando identificar os benfeitores e amigos espirituais pelos objetivos que demonstrem e pelos bens que espalhem.
O fruto dá notícia da árvore que o produz.
Apagar a preocupação de estar em permanente intercâmbio com os Espíritos protetores, roubando-lhes tempo para consultá-los a respeito de todas as pequeninas lutas da vida, inclusive problemas que deva e possa resolver por si mesmo.
O tempo é precioso para todos.
Acautelar-se contra a cega rendição à vontade exclusiva desse ou daquele Espírito, e não viciar-se em ouvir constantemente os desencarnados, na senda diária, sem maior consideração para com os ensinamentos da própria Doutrina.
Responsabilidade pessoal, patrimônio intransferível.
Honrar o nome e a memória dos mentores que lhe tenham sido companheiros ou parentes consangüíneos na Terra, abstendo-se de endereçar-lhes petitórios desregrados ou descabidas exigências.
A comunhão com os bons cria para nós o dever de imitá-los.
Furtar-se de crer em privilégios e favores particulares para si, tão-somente porque esse ou aquele mentor lhe haja dirigido a palavra pessoal de encorajamento e carinho.
Auxílio dilatado, compromisso mais amplo.
“Amados, não creiais a todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus.”
(I JOÃO, 4:1.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011
PERANTE OS ESPÍRITOS SOFREDORES
Abster-se da realização de sessões públicas para assistência a desencarnados
sofredores, de vez que semelhante procedimento é falta de caridade para com os próprios Espíritos socorridos, que sentem, torturados, o comentário crescente e malsão em torno de seu próprio infortúnio.
Ainda mesmo nas aparências do bem, o mal é sempre mal.
Evitar, quanto possível, sessões sistematizadas de desobsessão, sem a presença de dirigentes que reúnam, em si, moral evangélica e suficiente conhecimento doutrinário.
Quanto mais luz, mais possibilidade de iluminação.
Falar aos comunicantes perturbados e infelizes, com dignidade e carinho, entre a energia e a doçura, detendo-se exclusivamente no caso em pauta.
Sabedoria no falar, ciência de ensinar.
Sustar múltiplas manifestações psicofônicas ao mesmo tempo, no sentido de
preservar a harmonia da sessão, atendendo a cada caso por sua vez, em ambiente de concórdia e serenidade.
A ordem prepara o aperfeiçoamento.
Em oportunidade alguma, polemizar, condenar ou ironizar, no contacto com os
irmãos infelizes da Espiritualidade.
A azedia não cura o desespero.
Oferecer a intimidade fraterna aos comunicantes, aplicando o carinho da palavra e o fervor da prece, na execução da enfermagem moral que lhes é necessária.
A familiaridade estende os valores da confiança.
Suprimir indagações no trato com as entidades infortunadas, nem sempre em dia com própria memória, como acontece a qualquer doente grave encarnado.
A enfermagem imediata dispensa interrogatório.
“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” — Paulo. ( I TIMÓTEO, 6:6.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
PERANTE OS PROFITENTES DE OUTRAS RELIGIÕES
Estimar e reverenciar os irmãos de outros credos religiosos.
O sarcasmo não edifica.
Não exasperar-se em oportunidade alguma, ainda mesmo pretextando defesa dos postulados religiosos que lhe alimentam o coração, a fim de evitar o vírus da cólera e as incursões das forças inferiores no próprio íntimo.
A exasperação leva ao desequilíbrio e à queda.
Aproveitar o tempo e as energias, fugindo às discussões estéreis em torno das origens da Vida e do Universo ou sobre tópicos fundamentais do Espiritismo.
Espíritos existem que se esforçam para não crer em sua própria existência.
Em nenhuma circunstância, pretender conduzir alguém ou alguma instituição, dessa ou daquela prática religiosa, à humilhação e ao ridículo.
O Sol, em nome de Deus, ilumina o passo de todas as criaturas.
Suportar construtivamente as manifestações constantes de cultos exóticos e
estranhos à simplicidade e pureza do Espiritismo, oferecendo, tanto quanto possível, auxílio e cooperação, sem pretensiosas exigências aos companheiros que a tais cultos se prendem.
Muitos irmãos distantes serão, em futuro próximo, excelentes cultores da Doutrina Espírita.
A título de preservar o corpo doutrinário do Espiritismo, ou de defender a Verdade, não faltar com a compreensão espírita cristã nem agarrar-se a conceituações radicais e inamovíveis.
Quando apaixonado e desmedido, o zelo obscurece a razão.
Sistematicamente, não impor ou forçar a transformação religiosa dos irmãos alheios à fé que lhe consola o coração.
Toda imposição, em matéria religiosa, revela fanatismo.
Silenciar todo impulso a polêmicas com irmãos aprisionados a caprichos de natureza religiosa.
Discussão, em bases de ironia e azedume, é pancadaria mental.
“Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados.” (TIAGO, 5:9.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
PERANTE OS DOENTES
Criar em torno dos doentes uma atmosfera de positiva confiança, através de preces,
vibrações e palavras de carinho, fortaleza e bom ânimo.
O trabalho de recuperação do corpo fundamenta-se na reabilitação do Espírito.
Mesmo quando sejam ligados estreitamente ao coração, não se deixar abater à face
dos enfermos, mas sim apresentar-lhes elevação de sentimento e fé, fugindo a
exclamações de pena ou tristeza.
O desespero é fogo invisível.
Discorrer sempre que necessário sobre o papel relevante da dor em nosso caminho,
sem quaisquer lamentações infelizes.
A resignação nasce da confiança.
Em nenhuma circunstância, garantir a cura ou marcar o prazo para o restabelecimento completo dos doentes, em particular dos obsidiados, sob pena de cair em leviandade.
Antes de tudo vige a Vontade Sábia do Pai Excelso.
Dar atenção e carinho aos corações angustiados e sofredores, sem falar ou agir de
modo a humilhá-los em suas posições e convicções, buscando atender-lhes às
necessidades físicas e morais dentro dos recursos ao nosso alcance.
A melhoria eficaz das almas deita raízes na solidariedade perfeita.
Procurar com alegria, ao serviço da própria regeneração, o convívio prolongado com
parentes ou companheiros atacados pela invalidez, pelo desequilíbrio ou pelas
enfermidades pertinazes.
O antídoto do mal é a perseverança no bem.
“Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim mesmo o fizestes.” — Jesus. (MATEUS, 25:40.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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domingo, 11 de setembro de 2011
PERANTE A CRIANÇA
Ver no coração infantil o esboço da geração próxima, procurando ampará-lo em todas as direções.
Orientação da infância, profilaxia do futuro.
Solidarizar-se com os movimentos que digam respeito à assistência à criança, melhorando métodos e ampliando tarefas.
Educar os pequeninos é sublimar a Humanidade.
Colaborar decididamente na recuperação das crianças desajustadas e enfermas, pugnando pela diminuição da mortalidade infantil.
Na meninice corpórea, o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida.
Os pais espíritas podem e devem matricular os filhos nas escolas de moral espírita cristã, para que os companheiros recém-encarnados possam iniciar com segurança a nova experiência terrena.
Os pais respondem espiritualmente como cicerones dos que ressurgem no educandário da carne.
Distribuir incessantemente as obras infantis da literatura espírita, de autores encarnados e desencarnados, colaborando de modo efetivo na implantação essencial da Verdade Eterna.
O livro edificante vacina a mente infantil contra o mal.
Observar quando se deve ou não conduzir as crianças a reuniões doutrinárias.
A ordem significa artigo de lei para toda idade.
Eximir-se de prometer, às crianças que estudam, quaisquer prêmios ou dádivas como recompensa ou (falso) estímulo pelo êxito que venham a atingir no aproveitamento escolar, para não viciar-lhes a mente.
A noção de responsabilidade nos deveres mínimos é o ponto de partida para o cumprimento das grandes obrigações.
Não permitir que as crianças participem de reuniões ou festas que lhes conspurquem os sentimentos, e, em nenhuma oportunidade, oferecer-lhes presentes suscetíveis de incentivar-lhes qualquer atitude agressiva ou belicosa, tanto em brinquedos quanto em publicações.
A criança sofre de maneira profunda a influência do meio.
Furtar-se de incrementar o desenvolvimento de faculdades mediúnicas em crianças, nem lhes permitir a presença em atividades de assistência a desencarnados, ainda mesmo quando elas
apresentem perturbações de origem mediúnica, circunstância esta em que devem receber auxílio através da oração e do passe magnético.
Somente pouco a pouco o Espírito se vai inteirando das realidades da encarnação.
Em toda a divulgação, certame ou empreendimento doutrinário, não esquecer a posição singular da educação da infância na Seara do Espiritismo, criando seções e programas dedicados à criança em particular.
Sem boa semente, não há boa colheita.
“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque deles é o reino de Deus.” — Jesus.
(LUCAS, 18:16.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sábado, 10 de setembro de 2011
PERANTE OS COMPANHEIROS
Guardar comunicabilidade e atenção ante os companheiros de luta, ainda mesmo para com aqueles que se mostrem distantes do Espiritismo.
Todos somos estudantes na grande escola da Vida.
Respeitar as idéias e as pessoas de todos os nossos irmãos, sejam eles nossos
vizinhos ou não, estejam presentes ou ausentes, sem nunca descer ao charco da
leviandade que gera a maledicência.
Quem reprova alguém conosco, decerto que nos reprova perante alguém.
Quando emprestar objetos comuns, não porfiar sobre a sua restituição, sustentando-
se, firme, no propósito de auxiliar os outros de boamente, naquilo em que lhes possa ser útil.
Desapego é alicerce de elevação.
Perdoar sem condições àqueles que não nos correspondam às esperanças ou que direta ou indiretamente nos prejudiquem, inclusive os obsessores e outros irmãos infelizes.
Perdão nas almas, luz no caminho.
Fugir de elogiar companheiros que estejam agindo de conformidade com as nossas
melhores aspirações, para não lhes criar empecilhos à caminhada enobrecedora, embora
nos constitua dever prestar-lhes assistência e carinho para que mais se agigantem nas boas obras.
O elogio é sempre dispensável.
Suprimir toda crítica destrutiva na comunidade em que aprende e serve.
A Seara de Jesus pede trabalhadores decididos a auxiliar.
Coibir-se de qualquer acumpliciamento com o mal, a título de solidariedade nesse ou
naquele sentido.
Quem tisna a consciência, desce à perturbação.
Nunca fazer acepção de pessoas e nem demonstrar cordialidade fraterna somente em circunstâncias que lhe favoreçam conveniências e interesses materiais.
A Lei Divina registra o móvel de toda ação.
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” — Jesus.
(JOÃO, 13:35.)
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
PERANTE OS PARENTES
Desempenhar todos os justos deveres para com aqueles que lhe comungam as teias da consangüinidade.
Os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do
Espírito encarnado.
Intensificar os recursos de afeto, compreensão e boa-vontade para os afins mais próximos que não lhe compreendam os ideais.
O lar constitui cadinho redentor das almas endividadas.
Dilatar os laços da estima além do círculo da parentela.
A humanidade é a nossa grande família.
Acima de todas as injunções e contingências de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e companheiro benevolente.
Cada semelhante nosso é degrau de acesso à Vida Superior, se soubermos recebê-lo por verdadeiro irmão.
Melhorar, sem desânimo, os contactos diretos e indiretos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas.
O cumprimento do dever, criado por nós mesmos, é lei do mundo interior a que não poderemos fugir.
Imprimir em cada tarefa diária os sinais indeléveis da fé que nutre a vida, iniciando todas as boas obras no âmbito estreito da parentela corpórea.
Temos, na família consangüínea, o teste permanente de nossas relações com a Humanidade.
“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” — Paulo. (I TIMÓTEO, 5:8.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
PERANTE NÓS MESMOS
Vigiar as próprias manifestações, não se julgando indispensável e preferindo a autocrítica do auto-elogio, recordando que o exemplo da humildade é a maior força para a transformação das criaturas.
Toda presunção evidencia afastamento do Evangelho.
Agir de tal modo a não permitir, mesmo indiretamente, atos que signifiquem profissionalismo religioso, quer no campo da mediunidade, quer na direção de instituições, na redação de livros e periódicos, em traduções e revisões, excursões e visitas, pregações e outras quaisquer tarefas.
A exploração da fé anula os bons sentimentos.
Render culto à amizade e à gentileza, estendendo-as, quanto possível, aos companheiros e às organizações, mas sem escravizar-se ao ponto de contrariar a própria verdade, em matéria de Doutrina, para ser agradável aos outros.
O Espiritismo é caminho libertador.
Recusar várias funções simultâneas nos campos social e doutrinário, para não se ver na contingência de prejudicar a todas, compreendendo, ainda, que um pedido de demissão, em tarefa espírita, quase sempre equivale a ausência lamentável.
O afastamento do dever é deserção.
Efetuar compromissos apenas no limite das próprias possibilidades, buscando solver os encargos assumidos, inclusive os relacionados com as simples contribuições e os auxílios periódicos às instituições fraternais.
Palavra empenhada, lei no coração.
Libertar-se das cadeias mentais oriundas do uso de talismãs e votos, pactos e apostas, artifícios e jogos de qualquer natureza, enganosos e prescindíveis.
O espírita está informado de que o acaso não existe.
Esquivar-se do uso de armas homicidas, bem como do hábito de menosprezar o tempo com defesas pessoais, seja qual for o processo em que se exprimam.
O servidor fiel da Doutrina possui, na consciência tranqüila, a fortaleza inatacável.
“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” — Paulo. (II CORÍNTIOS, 13:5.)
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
NOS CONCLAVES DOUTRINÁRIOS
Somente empreender conclaves doutrinários como iniciativas de aproximação e planejamento de trabalho, a serem naturalmente entrosadas com as organizações centrais e regionais, responsáveis pela marcha evolutiva do Espiritismo.
Não há ordem sem disciplina.
Escolher como representantes de entidades e instituições, nos certames, os companheiros de boa-vontade que seja, de fato, competentes quanto aos objetivos doutrinários visados.
A aptidão de servir é metade do êxito.
Participar com seriedade dos conclaves espíritas, sem procurar diletantismo ou passatempo, sentido-os como deveres, em vez de tê-los simplesmente à conta de divertimento e excursão turística.
O tempo não volta.
Dignificar a hospitalidade de companheiros que oferecem ao conclavista a intimidade do próprio lar, mantendo-se com firmeza no trabalho a que foi chamado.
A fidelidade ao dever expressa nobreza de consciência.
Abster-se de subvenções governamentais de qualquer procedência para serem aplicadas em movimentos exclusivamente doutrinários que não apresentem características de assistência social.
Quem sabe suportar as próprias responsabilidades, dá testemunho de fé.
Respeitar os atos religiosos dos adeptos de outras crenças, evitando querelas e desentendimentos na execução dos programas traçados para os conclaves doutrinários.
Com Jesus, só encontramos motivos para ajudar.
Fixar não somente as lembranças afetivas ou alegres, mas, sobretudo, as resoluções, experiências e avisos do certame de que participe.
Quem guarda o ensinamento, aprende a lição.
Difundir, entre os núcleos interessados, as resoluções práticas das concentrações doutrinárias, de modo a não deixá-las em reduzido círculo de companheiros ou na poeira do esquecimento.
A continuidade do bem garante o melhor.
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” — Paulo. (FILIPENSES, 2:14.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
NA RADIOFONIA
Divulgar, em cada programa de rádio, televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo.
A base é indispensável em qualquer edificação.
Por nenhum motivo, desprezar o apuro e a melhoria dos processos técnicos no aprimoramento constante das programações, a fim de não prejudicar a elevação do ensino.
O pensamento correto sofre influência da forma errônea por que é veiculado.
Nos comentários, palestras e citações, esquivar-se de alusões ofensivas ou
desrespeitosas aos direitos e às idéias alheias, especialmente àquelas que se refiram às crenças religiosas e aos interesses coletivos.
A boca invigilante, muitas vezes, discorrendo sobre o amor, condena e fere.
Recordar que a matéria radiofonizada deve obedecer ao critério da simplicidade e do respeito, em correlação com fatos comuns e atuais, clareando-se os temas obscuros ou que exijam maior esforço de compreensão.
Os radiouvintes possuem índices culturais diversos, professando todas as religiões.
Ao elaborar programas radiofônicos, variar os assuntos, preferindo a irradiação de páginas breves.
O interesse dos radiouvintes depende da qualidade das irradiações.
Declarar a qualidade doutrinária das programações, sem disfarces sutis ou mesmo poéticos, com lealdade à própria fé.
Sem definição declarada, ninguém vive fiel a si mesmo.
Comunicar sinceridade e sentimento aos conceitos que irradia, jamais apresentando estudos e páginas doutrinárias, pelas emissoras, de modo automático, sem meditar no que esteja falando ou lendo para os ouvidos alheios.
Quem sente o que diz, vive o que pensa.
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” — Paulo. (TITO, 2:1.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
NA IMPRENSA
Escrever com simplicidade e clareza, concisão e objetividade, esforçando-se pela
revisão severa e incessante, quanto ao fundo e à forma, de originais que devam ser
entregues ao público.
O patrimônio inestimável dos postulados espíritas está empenhado em nossas
mãos.
Empregar com parcimônia e discernimento a força da imprensa, não atacando
pessoas e instituições, para que o escândalo e o estardalhaço não encontrem pasto em
nossas fileiras.
O comentário desairoso desencadeia a perturbação.
Selecionar atentamente os originais recebidos para publicação, em prosa e verso, de
autores encarnados ou de origem mediúnica, segundo a correção que apresentarem quanto
à essência doutrinária e à nobreza da linguagem.
Sem o culto da pureza possível, não chegaremos à perfeição.
Sistematicamente, despersonalizar, ao máximo, os conceitos e as colaborações,
convergindo para Jesus e para o Espiritismo o interesse dos leitores.
O personalismo estreito ensombra o serviço.
Purificar, quando não se puder abolir, o teor dos anúncios comerciais e das notícias
de caráter mundano.
A imprensa espírita cristã representa um veículo de disseminação da verdade e do
bem.
“Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa...” — Paulo. (II TIMÓTEO, 3:16.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sábado, 3 de setembro de 2011
NA TRIBUNA
Palestrar com naturalidade, governando as próprias emoções, sem azedume, sem nervosismo e sem momices, fugindo de prelecionar mais que o tempo indicado no horário previsto.
A palavra revela o equilíbrio.
Calar qualquer propósito de destaque, silenciando exibições de conhecimentos, e ajustar-se à Inspiração Superior, comentando as lições sem fugir ao assunto em pauta, usando simplicidade e precatando-se contra a formação da dúvida nos ouvintes.
Cada pregação deve harmonizar-se com o entendimento do auditório.
Respeitando pessoas e instituições nos comentários e nas referências, nunca
estabelecer paralelos ou confrontos suscetíveis de humilhar ou ferir.
Verbo sem disciplina gera males sem conta.
Sustentar a dignidade espírita diante das assembléias, abstendo-se de historietas impróprias ou anedotas reprováveis.
O orador é responsável pelas imagens mentais que plasme nas mentes que o
ouvem.
Nas conversações, não se reportar abusiva e intempestivamente a fatos e estudos doutrinários de entendimento difícil, devendo selecionar oportunidades, quanto a pessoas e ambientes, para tratar de temas delicados.
A irreflexão é também falta de caridade.
Manter-se inalterável durante a alocução, à face de qualquer situação imprevista.
Os momentos delicados desenvolvem a nossa capacidade de auxiliar.
Procurar abolir, em suas palestras, os vocábulos impróprios, as expressões
pejorativas e os termos da gíria das ruas.
O culto da caridade inclui a palavra em todas as suas aplicações.
Sempre que possível, preferir o uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do plural, ao invés da primeira pessoa do singular, a fim de que não se isole da condição dos companheiros naturais do aprendizado, com quem distribui avisos e exortações.
Somos todos necessitados de regeneração e de luz.
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” — Paulo. (EFÉSIOS, 4:29.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011
NA PROPAGANDA
Escudar-se na humildade constante, ao desenvolver qualquer atividade de propaganda doutrinária, evitando alarde, sensacionalismo, demonstrações publicitárias pretensiosas ou métodos de ação suscetíveis de perturbar a tranqüilidade pública. Sem orientação segura, não há propaganda produtiva.
Com critério e temperança, estender a propaganda libertadora dos postulados espíritas até ao recesso das penitenciárias e das colônias de isolamento sanitário, sem depreciar crenças ou sentimentos.
Os mais doentes requerem maior ajuda. Incentivar o intercâmbio fraterno entre as pessoas e as organizações doutrinárias, através de cartas e publicações, livros e mensagens, visitas e certames especializados, buscando a unificação das tarefas e o esclarecimento comum. A permuta de experiências equilibra o progresso geral. Pelo rádio ou pela imprensa leiga, não se estender demasiadamente, a fim de não afastar o aprendiz incipiente. A Doutrina deve ser ministrada em pequenas porções. Para não se desviar das finalidades espíritas, selecionar, com ponderação e bom senso, os meios usados na propaganda, mormente aqueles que se relacionem com atividades comerciais ou mundanas. Torna-se inútil a elevação dos objetivos, sempre que haja rebaixamento moral nos meios. Usar com prudência ou substituir toda expressão verbal que indique costumes, práticas, idéias políticas, sociais ou religiosas, contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, preferindo-se, em qualquer circunstância, o uso da terminologia doutrinária pura. Uma palavra inadequada pode macular a bandeira mais nobre. Arredar de si qualquer ansiedade, no tocante à modificação rápida do ponto de vista dos companheiros. A fé significa um prêmio da experiência.
Conquanto precisemos batalhar incansavelmente no esclarecimento geral, usando processos justos e honestos, não esquecer que a propaganda principal é sempre aquela desenvolvida pelos próprios atos da criatura, através da exemplificação eloqüente de nossa reforma íntima, nos padrões do Evangelho.
A Doutrina Espírita prescinde do proselitismo de ocasião. “É necessário que Ele cresça e que eu diminua.” — João Batista. (JOÃO, 3:30.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
NA OBRA ASSISTENCIAL
Pelo menos uma vez por semana, cumprir o dever de dedicar-se à assistência, em favor dos irmãos menos felizes, visitando e distribuindo auxílios a enfermos e lares menos aquinhoados.
Quem ajuda hoje, amanhã será ajudado.
Prestar serviço espiritual e material nas casas assistenciais de internação coletiva, sem perceber remunerações e sem criar constrangimento às pessoas auxiliadas.
Só impõe restrições ao bem quem se acomoda com o mal.
Na casa assistencial de caráter espírita, alimentar a simplicidade doutrinária,
desistindo da exibição de quaisquer objetos, construções ou medidas que expressem supérfluo ou luxo.
O conforto excessivo humilha as criaturas menos afortunadas.
Viver em familiaridade respeitosa com todos, desde o servo menor até o dirigente mais responsável e categorizado, nos lares e escolas, hospitais e postos de socorro fraterno.
A humildade assegura a visita contínua dos Emissários do Senhor.
Jamais reter, inutilmente, os excessos no guarda-roupa e na despensa, objetos sem uso e reservas financeiras que podem estar em movimento nos serviços assistenciais.
Não há bens produtivos em regime de estagnação.
Converter em socorro ou utilidades, para os menos felizes, relíquias e presentes, jóias e lembranças afetivas de familiares e amigos desencarnados, ciente de que os valores materiais sem proveito, mantidos em nome daqueles que já partiram, representam para eles amargo peso na consciência.
Posse inútil, grilhão mental.
Seja qual for o pretexto, nunca permitir que as instituições espíritas venham a
depender econômica, moral ou juridicamente de pessoa ou organização meramente política, de modo a evitar que sejam prejudicadas em sua liberdade de ação e em seu caráter impessoal.
A obra espírita cristã não se compadece com qualquer cativeiro.
Sempre que os movimentos doutrinários, em particular os de assistência social,
envolvam a aceitação de muitos donativos, apresentar periodicamente os quadros estatísticos dos recebimentos e distribuições, como satisfação justa e necessária aos cooperadores.
O desejo de acertar aumenta o crédito de confiança.
Organizar a diretoria e o corpo administrativo das instituições assistenciais
exclusivamente com aqueles companheiros que se eximam de perceber ordenados, laborando apenas com finalidade cristã, gratuitamente.
O trabalho desinteressado sustenta a dignidade e o respeito nas boas obras.
“E quanto fizerdes, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando a Ele graças a Deus, o Pai.” — Paulo. (COLOSSENSES, 3:17.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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