sexta-feira, 15 de abril de 2011

FOGÃO A LENHA

Três décadas já se passaram,
Mas lembro-me, ainda,
Vindo do fogão de lenha da vovó
O cheirinho de comida.

Comida tão saborosa
Que é difícil de esquecer.
Sentava próximo ao fogão
E sentindo prazer,
Via a lenha virar carvão.

No inverno, era na cozinha
Que a família se reunia.
Olhava para a lenha pegando fogo,
Ouvindo o que o vovô dizia.

Lareira de pobre é fogão à lenha,
Que além de esquentar a comida
E acalentar e proteger do frio,
Deixava toda família unida.

Às vezes, ficava distraído
Com os estalidos que ouvia,
Da lenha ardendo no fogo
De noite e de dia.

Lembro-me da benzedeira,
Que pra tirar o quebranto,
Pegava uns pedacinhos de brasa
Os colocando n’água, num canto,

E elevando o pensamento a Deus,
Os pedacinhos afundavam
Acabando com os males meus.

E onde houver uma benzedeira
Você pode procurar,
Pois um fogão à lenha
Você vai encontrar.

LIVRO MENSAGENS
EM POESIAS DE AUTORES DIVERSOS

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