quarta-feira, 9 de março de 2011

A MORTE

Tudo que nasce, vive, morre e se transforma. O corpo se organiza, tem o seu ciclo vital, desagrega-se e modifica as moléculas que o constituem, mediante o fenômeno da morte. A morte é, portanto, acontecimento biológico, inevitável, para todas as formas vivas na Terra. Considera a fragilidade orgânica na qual te movimentas e, ao cair do dia, antes do repouso no lar, pensa na possibilidade de a perderes mediante a transformação pela morte. O sono é uma quase desencarnação e ninguém tem segurança se despertará na aparelhagem física no dia seguinte. Faze uma avaliação do teu dia, busca retificar o em que te enganaste, reprograma as tuas atividades e vive com a retidão que caracteriza aquele que dispõe de pouco tempo, confiando no prosseguimento da vida após o transe. Desenfaixa-te dos elos retentivos com a retaguarda, sempre que te sintas atado, recordando que a vida prossegue e toda vinculação com os caprichos humanos representa sofrimento em programação. Todos os momentos que passam podem ser considerados a deuses. Assim, avança para o amanhã, libertando-te, para alcançares o triunfo da tua imortalidade.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

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