terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PIEDADE FRATERNAL

A agressividade desta ou daquela natureza compõe naturalmente um quadro de reações que o instinto engendra, oscilando entre a perspicácia da contrariedade ao azedume cruel do ódio que conseguem, não poucas vêzes, roubar a paz tisnando a lucidez dos que lhe são vítimas indefesas. Piedade, piedade para os maus, os ingratos, os soberbos, os cruéis porque são possivelmente membros de um organismo social dos mais doentes, porqüanto ignoram o câncer que os vitima por dentro, mais próximos do aniquilamento da vaidade do que êles próprios supõem. O sofrimento resignado nos compunge, a dor discreta nos comove, as lágrimas em silêncio nos chamam à compaixão, mas, é piedade também o ato de paciência ao lado do rebelde, do conduzido pelo corcel fogoso das paixões arbitrárias que nos humilha e nos aguilhoa, zombando muitas vêzes do nosso valor, por ignorância total da infelicidade que portam consigo.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

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