terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CULTOS AOS MORTOS

Nos santuários dos Templos, nas Escolas de iniciação, nos “Mistérios”, os mortos sempre assumiram papel preponderante, traduzindo os desejos dos “deuses”, — “deuses” que se fariam crer, — conduzindo, não raro, e em consequência, o pensamento humano às nascentes da vida, e elucidando os enigmas do ser, as diretrizes dos destinos e os impositivos da dor. Filósofos e heróis, conquistadores e reis, magos e sacerdotes do passado mantiveram, dessa forma, longo comércio com o Mundo Espiritual em inolvidáveis diálogos, dos quais ressumavam a essência da vida verdadeira, a imortalidade, a comunicabilidade e a reencarnação do espírito. Com Jesus, no entanto, os chamados mortos receberam o necessário respeito, ocupando o devido lugar. Seus encontros com os libertos da carne, mencionados no Evangelho, são memoráveis, inconfundíveis. E a ética decorrente dêsse convívio, vazada na elevação moral e na renúncia, no amor e na caridade constitui, ainda hoje, a linha de equilíbrio e base de segurança para a vida.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

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