NO TEMPLO
Entrar pontualmente no templo espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações.
O templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores.
Dedicar a melhor atenção aos doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse bulhenta, para que seja mantido o justo respeito ao lar da oração.
Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos.
Evitar aplausos e manifestações outras, as quais, apesar de interpretarem atitudes sinceras, por vezes geram desentendimentos e desequilíbrios vários.
O silêncio favorece a ordem.
Com espontaneidade, privar-se dos primeiros lugares no auditório, reservando-os para visitantes e pessoas fisicamente menos capazes.
O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos.
Coibir-se de evocar a presença de determinada entidade, no curso das sessões, aceitando, sem exigência, os ditames da Esfera Superior no que tange ao bem geral.
A harmonia dos pensamentos condiciona a paz e o progresso de todos.
Acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem, com desassombro e valor.
A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos.
Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos.
Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé em todas as civilizações terrenas.
Oferecer a tribuna doutrinária apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não acumpliciar-se, inadvertidamente, com pregações de princípios estranhos aos postulados espíritas.
Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a luz.
Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou vendas de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefícios.
A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo custo.
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” — Jesus. (MATEUS, 18:20.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
NOS EMBATES POLÍTICOS
Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor. Só o Espírito possui eternidade. Distanciar-se do partidarismo extremado. Paixão em campo, sombra em torno. Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade. O despistamento favorece a dominação do mal. Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei. O discernimento é caminho para o acerto. Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos. Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer alguma influência. A fé nunca será produto para o mercado humano. Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com
responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos. Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica. Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial. A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana. “Nenhum servo pode servir a dois senhores.” — Jesus. (LUCAS, 16:13.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
NA SOCIEDADE
Desistir de somente aparentar propósitos de evangelização, mas reformar-se
efetivamente no campo moral, não se submetendo a qualquer hábito menos digno, ainda mesmo quando consagrado por outrem.
A evolução requer da criatura a necessária dominação sobre o meio em que nasceu.
Perdoar sempre as possíveis e improcedentes desaprovações sociais à sua fé,
confessando, quando preciso for, a sua qualidade religiosa, principalmente através da boa reputação e da honradez que lhe exornam o caráter.
Cada Espírito responde por si mesmo.
Libertar-se das injunções sociais que funcionem em detrimento da fé que professa e desapegar-se do “desculpismo” sistemático com que possa acomodar-se a qualquer atitude menos feliz.
A negligência provoca desperdícios irreparáveis.
Afastar-se dos lugares viciosos com discrição e prudência, sem crítica, nem desdém, somente relacionando-se com eles para emprestar-lhes colaboração fraterna a favor dos necessitados.
O cristão sabe descer à furna do mal, socorrendo-lhe as vítimas.
Em injunção alguma, considerar ultrapassadas ou ridículas as práticas religiosas
naturais do Espiritismo, como meditar, orar ou pregar.
A Doutrina Espírita é uma só em todas as circunstâncias.
Tributar respeito aos companheiros que fracassaram em tarefas do coração.
Há lutas e dores que só o Juiz Supremo pode julgar em sã consciência.
Atender aos supostos felizes ou infelizes, cultos e incultos, com respeito e bondade, distinção e cortesia.
A condição social é apenas apresentação passageira e todos os papéis são
permutáveis na sucessão das existências.
“Sigamos, pois, as coisas que contribuem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” — Paulo. (ROMANOS, 14:19.)
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domingo, 28 de agosto de 2011
NO TRABALHO
Desde que se encontre em condições orgânicas favoráveis, dedicar-se ao exercício constante de uma profissão nobre e digna.
O engrandecimento da vida exige o tributo individual do trabalho.
Situar em posições distintas as próprias tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a todas as obrigações com o necessário equilíbrio.
O dever, lealmente cumprido, mantém a saúde da consciência.
Examinar os temas de serviço que lhe digam respeito, para não estagnar os próprios recursos na irresponsabilidade destrutiva ou na rotina perniciosa.
Da busca incessante da perfeição, procede a competência real.
Ajudar aos colegas de trabalho e compreendê-los, contribuindo para a
honorabilidade da classe a que pertença.
O espírita responde por sua qualificação nos múltiplos setores da experiência.
Cultuar a caridade nas tarefas profissionais, inclusive naquelas que se refiram às
transações do comércio.
O utilitarismo humano é uma ilusão como as outras.
Jamais prevalecer-se das possibilidades de que disponha no movimento espírita
para favoritismos e vantagens na esfera profissional.
Quem engana a própria fé, perde a si mesmo.
Em nenhuma ocasião, desprezar as ocupações de qualquer natureza, desde que nobres e úteis, conquanto humildes e anônimas.
O trabalho recebe valor pela qualidade dos seus frutos.
“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” — Jesus. (JOÃO, 5:17.)
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sábado, 27 de agosto de 2011
EM VIAGEM
Distribuir, por onde viajar, exortações de alegria e esperança, com quantos lhe
partilhem o itinerário.
O verdadeiro espírita jamais perde oportunidade de fazer o bem.
Tratar generosamente os companheiros do caminho.
A qualidade da fé que alimentamos transparece de toda ação.
Ceder, dentro das possibilidades naturais, as melhores posições nas viaturas aos companheiros mais necessitados.
Um gesto simples define uma causa.
Sem esquecer os próprios objetivos, prever com estudo judicioso e minudente os percalços e as metas da viagem.
A previdência exprime vigilância.
Nas aproximações afetivas, comuns àqueles que viajam, fixar demonstrações de otimismo para que a tristeza não prejudique a obra da confiança.
O otimismo gera paz e simpatia.
Na atenção devida aos companheiros, cuidar com estima e apreço de todas as
encomendas, recados e notícias de que seja portador.
O intercâmbio amigo destrói o insulamento.
Não se esquecer do respeito, da gentileza e da cordialidade com que se devem tratar indistintamente funcionários e servidores em veículos, hotéis, repartições e lugares públicos.
Aquele que anda, imprime sinais por onde passa.
“Andai como filhos da luz.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:8.)
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
JESUS VEIO
“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” — Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 7.)
Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra. Entretanto, tais reclamações não são justas. Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens”. Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo. O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda. Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra. Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões. Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade. Recorda a demonstração do Mestre Divino. Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
NA VIA PÚBLICA
Demonstrar, com exemplos, que o espírita é cristão em qualquer local.
A Vinha do Senhor é o mundo inteiro.
Colaborar na higiene das vias públicas, não atirando detritos nas calçadas e nas sarjetas.
As pessoas de bons costumes se revelam nos menores atos.
Consagrar os direitos alheios, usando cordialidade e brandura com todo transeunte, seja ele quem for.
O culto da caridade não exige circunstâncias especiais.
Cumprimentar com serenidade e alegria as pessoas que convivem conosco,
inspirando-lhes confiança.
A saudação fraterna é cartão de paz.
Exteriorizar gentileza e compreensão para com todos, prestando de boamente informações aos que se interessem por elas, auxiliando as crianças, os enfermos e as pessoas fatigadas em meio ao trânsito público, nesse ou naquele mister.
Alguns instantes de solidariedade semeiam simpatia e júbilo para sempre.
Coibir-se de provocar alarido na multidão, através de gritos ou brincadeiras
inconvenientes, mantendo silêncio e respeito, junto às residências particulares, e justa veneração diante dos hospitais e das escolas, dos templos e dos presídios.
A elegância moral é o selo vivo da educação.
Abolir o divertimento impiedoso com os mutilados, com os enfermos mentais, com os mendigos e com os animais que nos surjam à frente.
Os menos felizes são credores de maior compaixão.
Proteger, com desvelo, caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais recursos de beleza e conforto, dos lugares onde estiver.
O logradouro público é salão de visita para toda a comunidade.
“Vede prudentemente como andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
NO LAR
Começar na intimidade do templo doméstico a exemplificação dos princípios que esposa, com sinceridade e firmeza, uniformizando o próprio procedimento, dentro e fora dele. Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social. Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo, perante os outros. A humildade constrói para a Vida Eterna. Proporcionar às crianças os fundamentos de uma educação sólida e bem orientada, sem infundir-lhes medo ou fantasias, começando por dar-lhes nomes simples e naturais, evitando a pompa dos nomes famosos, suscetíveis de lhes criar embaraços futuros. O lar é a escola primeira. Sempre que possível, converter o santuário familiar em dispensário de socorro aos menos felizes, pela aplicação daquilo que seja menos necessário à mantença doméstica. A Seara do Cristo não tem fronteira. Se está sozinho com a sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender fielmente ao testemunho de amor que lhe cabe, lembrando-se de que responderá, em qualquer tempo, pelos princípios que abraça. A ribalta humana situa-nos sempre no papel que devamos desempenhar. Ao menos uma vez por semana, formar o culto do Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a verdade e irradiando o bem, através de preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas. Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo. Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objetos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores arquitetônicos da própria moradia. Não há verdadeiro clima espírita cristão, sem a presença da simplicidade conosco. Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” - Paulo. (I TIMÓTEO, 5:4.)
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domingo, 21 de agosto de 2011
DO DIRIGENTE DE REUNIÕES DOUTRINÁRIAS
Ser atencioso, sereno e compreensivo no trato com os enfermos encarnados e desencarnados, aliando humildade e energia, tanto quanto respeito e disciplina na consecução das próprias tarefas.
Somente a forja do bom exemplo plasma a autoridade moral.
Observar rigorosamente o horário das sessões, com atenção e assiduidade, fugindo de realizar sessões mediúnicas inopinadamente, por simples curiosidade ou ainda para atender a solicitação sem objetivo justo.
Ordem mantida, rendimento avançado.
Em favor de si mesmo e dos corações que se lhe associam à experiência, não se deixar conduzir por excessiva credulidade no trabalho direcional, nem alimentar, igualmente, qualquer prevenção contra pessoas ou assuntos.
Quem se demora na margem, sofre atraso em caminho.
Interdizer a participação de portadores de mediunidade em desequilíbrio nas tarefas sistematizadas de assistência mediúnica, ajudando-os discretamente no reajuste.
Um doente-médium não pode ser um médium-sadio.
Colaborar para que se não criem situações constrangedoras para qualquer
assistente, seja ele médium, enfermo ou acompanhante, procurando a paz de todos em todas as circunstâncias.
O proveito de uma sessão é fruto da paz Impedir, sem alarde, a presença de pessoas alcoolizadas ou excessivamente agitadas nas assembléias doutrinárias, excetuando-se nas tarefas programadas para tais casos.
A caridade não dispensa a prudência.
Esclarecer com bondade quantos se apresentem sob exaltação religiosa ou com excessivo zelo pela própria Doutrina Espírita, à feição de fronteiriços do fanatismo.
O conselho fraterno existe como necessidade mútua.
Desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza nas sessões, assegurando a pureza e a simplicidade da prática do Espiritismo.
Mais vale um sentimento puro que centenas de manifestações exteriores.
Rejeitar sempre a condição simultânea de dirigente e médium psicofônico, por não poder, desse modo, atender condignamente nem a um nem a outro encargo.
Em qualquer atividade, a disciplina sedimenta o êxito.
Fugir de julgar-se superior somente por estar na cabina de comando.
Não é a posição que exalta o trabalhador, mas sim o comportamento moral com que se conduz dentro dela.
“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus -Cristo, assim também andai nele.” — Paulo. (COLOSSENSES, 2:4.)
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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sábado, 20 de agosto de 2011
DA MULHER
Compenetrar-se do apostolado de guardiã do instituto da família e da sua elevada
tarefa na condução das almas trazidas ao renascimento físico.
Todo compromisso no bem é de suma importância no mundo espiritual.
Afastar-se de aparências e fantasias, consagrando-se às conquistas morais que
falam de perto à vida imperecível, sem prender-se ao convencionalismo absorvente.
O retorno à condição de desencarnado significa retorno à consciência profunda.
Afinar-se com os ensinamentos cristãos que lhe situam a alma nos serviços da
maternidade e da educação, nos deveres da assistência e nas bênçãos da mediunidade
santificante. Quem foge à oportunidade de ser útil engana a si mesmo.
Sentir e compreender as obrigações relacionadas com as uniões matrimoniais do
ponto de vista da vida multimilenária do Espírito, reconhecendo a necessidade das
provações regenerativas que assinalam a maioria dos consórcios terrestres.
O sacrifício representa o preço da alegria real. Opor-se a qualquer artificialismo que vise transformar o casamento numa simples ligação sexual, sem as belezas da maternidade. Junto dos filhos apagam-se ódios, sublima-se o amor e harmonizam-se as almas para a eternidade. Reconhecer grave delito no aborto que arroja o coração feminino à vala do infortúnio. Sexo desvirtuado, caminho de expiação. Preservar os valores íntimos, sopesando as próprias deliberações com prudência e realismo, em seus deveres de irmã, filha, companheira e mãe. O trabalho da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito. “E, respondendo, disse-lhe Jesus: — Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (LUCAS,10:41 e 42).
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CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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MENSAGEM AO LEITOR
Amigo:
Não temos aqui um compêndio à guisa de código para boas maneiras, tendo
em vista a etiqueta e a cerimônia dos protocolos sociais.
Reunimos algumas páginas com indicações cristãs para que venhamos a
burilar as nossas atitudes no campo espírita em que o Senhor, por acréscimo de
misericórdia, nos situou os corações.
Assim, pois, rogamos não se veja em nossos apontamentos esse ou aquele
propósito de culto às convenções do mundo exterior, nem teorização de disciplinas
superficiais.
É que, na atualidade, mourejam, somente no Brasil, mais de um milhão de
trabalhadores do Espiritismo, e decerto, por amor à nossa Doutrina de Libertação,
será justo sintonizar as nossas manifestações, no campo vulgar da vida, com os
princípios superiores que nos comandam as diretrizes.
Sabemos que a liberdade espiritual é o mais precioso característico de nosso
movimento. Entretanto, se somos independentes para ver a luz e interpretá-la, não
podemos esquecer que o exemplo digno é a base para a nossa verdadeira união em
qualquer realização respeitável.
Da conduta dos indivíduos depende o destino das organizações.
Este livro não tem a presunção de traçar diretrizes absolutas ao
comportamento espírita. Compreendemos, com Allan Kardec, que, em Espiritismo,
foi pronunciada a primeira palavra, mas, em face do caráter progressivo de seus
postulados, ninguém poderá dizer a última.
Relevem-nos, desse modo, quantos lerem as presentes nótulas, traçadas de
caminho a caminho.
Escrevendo-as, tivemos em mira tão-somente a nossa própria necessidade
de aperfeiçoamento, ante a crescente extensão dos espíritas em nossos círculos de
ação, com a certeza de que somos indistintamente tutelados de Nosso Senhor
Jesus-Cristo, o nosso Mestre Divino, achando-nos todos chamados, por Ele,
aprender na abençoada Escola Terrestre.
ANDRÉ LUIZ
Uberaba, 17 de janeiro de 1960.
LIVRO CONDUTA ESPÍRITA
CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
Postado por EDUARDO BARROS às 10:46 0 comentários
CONDUTA ESPÍRITA
Abraçando o Espiritismo, pedes, a cada passo, orientação para as atitudes
que a vida te solicita.
Pensando nisso, André Luiz traçou as normas que constituem este epítome
de conduta.
Não encontramos aqui páginas jactanciosas com a presunção de ensinar
diretrizes de bom-tom, mas simples conjunto de lembretes para uso pessoal, no
caminho da experiência, à feição de roteiro de nossa lógica doutrinária.
Certa feita, disse o Divino Mestre: “Quem me segue, siga-me”, e, noutra
circunstância, afirmou: “Quem me segue não anda em trevas.”
Reconhecemos, assim, que não basta admirar o Cristo e divulgar-lhe os
preceitos. É imprescindível acompanhá-lo para que estejamos na bênção da luz.
Para isso, é imperioso lhe busquemos a lição pura e viva.
De igual modo acontece na Doutrina Espírita que lhe revive o apostolado de
redenção.
Quem procure servi-la, deve atender-lhe as indicações. E quem assim
proceda, em parte alguma sofrerá dúvidas e sombra.
Assim, ler este livro equivale a ouvir um companheiro fiel ao bom senso. E se
o bom senso ajuda a discernir, quem aprende a discernir sabe sempre como deve
fazer.
EMMANUEL
Uberaba, 17 de janeiro de 1960.
LIVRO CONDUTA ESPÍRITA
CHICO XAVIER POR ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
FORMAÇÃO DE OUTRAS EQUIPES
O conjunto de colaboradores da desobsessão, por força do trabalho realizado, costuma dilatar-se, em número, gradativamente, mas não admitirá integrantes novos sem que esses integrantes demonstrem a preparação natural, a ser adquirida nas reuniões públicas de Doutrina Espírita. Baseado em «O Livro dos Médiuns» (item 332), ultrapassada a quota de quatorze participes do conjunto, o diretor da casa auxiliará os companheiros excedentes na formação de nova equipe que, temporariamente, pode agir e servir sob a orientação do agrupamento em que nasceu. O círculo novo contará, desse modo, com instruções sadias para consolidar-se, à maneira de aparelho consciente, cujas peças se ajustarão ao lugar próprio, esparzindo frutos de fraternidade e esclarecimento no amparo efetivo aos que sofrem, porqüanto o rendimento do serviço lhe e, em tudo, o fator básico. A obra redentora da desobsessão continuará, dessa forma, providencialmente garantida pelos corações decididos a trabalhar pelos companheiros mentalmente tombados em perturbação e conflitos, depois da morte, e pelos que, na Terra mesmo, padecem aflitivos processos de obsessão oculta ou declarada, para a supressão dos quais só o amor e a paciência dispõem de fortaleza e compreensão suficientes para sustentar a tarefa libertadora até ao fim. Isso porque a obsessão é flagelo geminado com a ignorância, e, se apenas a escola consegue dissipar as sombras da ignorância, somente a desobsessão poderá remover as trevas de espírito.
Fim
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
ESTUDOS EXTRAS
É forçoso que os seareiros da desobsessão não se circunscrevam, em matéria de atividade espírita, aos assuntos do grupo. A fim de enriquecerem o próprio grupo com valores necessários à educação coletiva e à renovação de cada companheiro, é imprescindível aceitem o estudo nobre, qualquer que ele seja, nos arraiais da Doutrina Espírita ou fora deles, para que progridam em discernimento e utilidade na obra de recuperação que lhes cabe, iluminando convicções e dissipando incertezas. Aprender sempre e saber mais é o lema de todo espírita que se consagra aos elevados princípios que abraça. E na faina da desobsessão é preciso entesouremos conhecimento e experiência, para que os instrutores Espirituais nos encontrem maleáveis e proveitosos na extensão do bem que nos propomos cultivar e desenvolver.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
Postado por EDUARDO BARROS às 07:10 0 comentários
terça-feira, 16 de agosto de 2011
CULTO DA ASSISTÊNCIA
Outro aspecto de serviço que os obreiros da desobsessão não podem olvidar, sem prejuízo, é a assistência aos necessitados. Entidades sofredoras ou transviadas, a quem se dirige a palavra instrutiva nas reuniões do agrupamento de socorro espiritual, acompanham, em muitos casos, aqueles mesmos que as exortam aos caminhos da paciência e da caridade, examinando-lhes os exemplos. A assistência aos necessitados, seja através do pão ou do agasalho, do auxílio financeiro ou do medicamento, do passe ou do ensinamento, em favor dos que atravessam provações mais difíceis que as nossas, não é somente um dever, mas também valioso curso de experiências e lições educativas para nós e para os outros. Nesse propósito, é impossível igualmente esquecer que os irmãos em revolta e desespero, que nos ouvem os apelos à regeneração e ao amor, não se transformam simplesmente à força de nossas palavras, mas, sobretudo, ao toque moral de nossas ações, quando as nossas ações se patenteiam de acordo com os nossos ensinamentos.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
CULTO DO EVANGELHO NO LAR
Todo integrante de uma equipe de desobsessão precisa compreender a necessidade do culto do Evangelho no lar. Pelo menos, semanalmente, é aconselhável se reúna com os familiares ou com alguns parentes, capazes de entender a importância da iniciativa, em torno dos estudos da Doutrina Espírita, à luz do Evangelho do Cristo e sob a cobertura moral da oração. Além dos companheiros desencarnados que estacionam no lar ou nas adjacências dele, há outros irmãos já desenfaixados da veste física, principalmente os que remanescem das tarefas de enfermagem espiritual no grupo, que recolhem amparo e ensinamento, consolação e alívio, da conversação espírita e da prece em casa. O culto do Evangelho no abrigo doméstico equivale a lâmpada acesa para todos os imperativos do apoio e do esclarecimento espiritual.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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domingo, 14 de agosto de 2011
VISITA A HOSPITAL
Um grupo dedicado ao trabalho da desobsessão é constantemente requestado à prestação de serviço. Em meio aos pedidos diversos de concurso e auxílio, aparecem as solicitações de visita a hospitais. Considerando a hipótese do atendimento, é importante que o conjunto de serviço se represente por irmãos do círculo habilitados a desincumbir-se da obrigação, de modo construtivo, isto é, mantendo no trato com o enfermo ou com os enfermos atitudes edificantes de reconforto, sem mostras de impressionabilidade doentia e sem manifestações mediúnicas extemporâneas, das quais, em tantos casos, se prevalecem os Espíritos conturbados para agravar sintomas e perturbações nos irmãos alienados ou doentes a que se vinculam em processos obsessivos. A comissão representativa do agrupamento anotará nomes e endereços dos visitados, para cooperação oportuna, dosando a ministração de conceitos em torno dos temas da obsessão, quando em conversa com os enfermos ainda desprovidos de conhecimento espírita, a fim de que a orientação curativa se lhes implante na mente, a pouco e pouco, de maneira segura. É imperioso observar que os médiuns psicofônicos auxiliarão com mais eficiência se puderem conhecer, de perto, os enfermos que lhes solicitam socorro, e os médiuns esclarecedores muito aproveitarão no trato com os estabelecimentos de cura mental, aprendendo a técnica de conversar com os Espíritos perturbados, no exemplo e na experiência dos enfermeiros dignos, junto aos doentes complexos. Urge também que o comando socorrista observe as normas vigentes na organização hospitalar visitada, comportando-se de tal modo que não lhe fira os princípios.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
VISITA A ENFERMO
Algumas vezes, a equipe dedicada a desobsessões é chamada ao contacto com determinado enfermo, retido no próprio lar. Indiscutivelmente que a visita deve ser feita, havendo possibilidades para isso, aconselhando-se, porém, que o grupo se faça representar por uma comissão de companheiros junto ao doente. Essa comissão terá o cuidado de recolher o endereço do irmão necessitado, para que o grupo preste a ele a assistência possível. Na visita a qualquer doente, a equipe deve abster-se da ação mediúnica, diante dele, no que tange à doutrinação e ao socorro aos desencarnados sofredores, reservando-se semelhante tarefa para o recinto dedicado a esse mister.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
REUNIÕES MEDIÚNICAS ESPECIAIS
Em determinadas circunstâncias, as reuniões mediúnicas podem surgir como sendo necessárias a fins determinados. Nessa hipótese, realizar-se-ão sem qualquer prejuízo para as reuniões habituais. Para que isso aconteça, porém, é claramente preciso que o mentor espiritual do agrupamento trace instruções especiais. Noutros casos, o próprio grupo, através do dirigente, proporá ao mentor espiritual a realização de reuniões dessa natureza para atender a equações de trabalho socorrista, consideradas de caráter urgente.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011
REUNIÕES DE ESTUDOS MEDIÚNICOS
As reuniões de estudos mediúnicos, de ordem geral, no grupo, são necessárias. No curso delas, em dias e horários que não sejam os prefixados para a desobsessão, os esclarecedores e os companheiros ouvirão os medianeiros da equipe, registrando-lhes as consultas e impressões, a fim de que os problemas suscitados pelas faculdades e indagações de cada um sejam solucionados à luz dos princípios espíritas conjugados ao Evangelho de Jesus. Aconselha-se-lhes o estudo metódico de «O Livro dos Médiuns», de Allan Kardec, e todas as obras respeitáveis que se relacionem com a mediunidade. Os benfeitores desencarnados e os Espíritos familiares estudam sempre a fim de se tornarem mais úteis na obra da educação e do consolo junto da Humanidade Terrestre. É imprescindível que os lidadores encarnados estudem também.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
REUNIÓES DE MÉDIUNS ESCLARECEDORES
Os médiuns esclarecedores não podem alhear-se do imperativo de entendimento recíproco e estudo constante em torno das atividades que lhes dizem respeito. Para isso, reunir-se-ão, periodicamente, ou quando lhes seja possível, para a troca de impressões, à luz da Doutrina Espírita, analisando tópicos do trabalho ou apresentando planos entre si com o objetivo de melhoria e aperfeiçoamento do grupo. Semelhantes reuniões são absolutamente necessárias para que se aparem determinadas arestas da máquina de ação e se ajustem providências a benefício das obras em andamento. Esses ajustes, à maneira de sodalícios doutrinários, constituem, ainda, meios de atuação segura e direta dos mentores espirituais do grupo para assumirem medidas ou plasmarem advertências, aconselháveis ao equilíbrio e ao rendimento do conjunto. Os médiuns esclarecedores não devem esquecer que, ao término de cada tarefa de desobsessão, quase sempre ficam indagações e temas de serviço que, com tempo e madureza de raciocínio, merecem analisadas, a benefício geral.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
BENEFÍCIOS DA DESOBSESSÃO
Erraríamos frontalmente se julgássemos que a desobsessão apenas auxilia os desencarnados que ainda pervagam nas sombras da mente. Semelhantes atividades beneficiam a eles, a nós, bem assim os que nos partilham a experiência quotidiana, seja em casa ou fora do reduto doméstico, e, ajuda, os próprios lugares espaciais em que se desenvolve a nossa influência. Reuniões dedicadas à desobsessão constituem, bastas vezes, trabalho difícil, pois, em muitas circunstâncias, parece cair em monotonia desagradável, não só pela repetição freqüente de manifestações análogas umas às outras, como também porque a elas comparecem, durante largo tempo, entidades cronicificadas em rebeldia e presunção. Isso, porém, não pode e não deve desencorajar os tarefeiros desse gênero de serviço, de vez que nenhum pesquisador encarnado na Terra está em condições de avaliar os benefícios resultantes da desobsessão quando está sendo corretamente praticada. Todos possuímos desafetos de existências passadas, e, no estágio de evolução em que ainda respiramos, atraímos a presença de entidades menos evolvidas, que se nos ajustam ao clima do pensamento, prejudicando, não raro, involuntariamente, as nossas disposições e possibilidades de aproveitamento da vida e do tempo. A desobsessão vige, desse modo, por remédio moral específico, arejando os caminhos mentais em que nos cabe agir, imunizando-nos contra os perigos da alienação e estabelecendo vantagens ocultas em nós, para nós e em torno de nós, numa extensão que, por enquanto, não somos capazes de calcular. Através dela, desaparecem doenças-fantasmas, empeços obscuros, insucessos, além de obtermos com o seu apoio espiritual mais amplos horizontes ao entendimento da vida e recursos morais inapreciáveis para agir, diante do próximo, com desapego e compreensão.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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domingo, 7 de agosto de 2011
ASSIDUIDADE
Assiduidade é lição que colhemos na escola da Natureza, todos os dias. Lavradores enriquecem os celeiros da Humanidade, confiando na pontualidade das estações. A desobsessão, para alcançar os objetivos libertadores e reconfortativos a que se propõe, solicita lealdade aos compromissos assumidos. Aprendamos, durante a semana, a remover os empecilhos que provavelmente nos visitarão no dia e na hora prefixados para o socorro espiritual aos desencarnados menos felizes. Observemos a folhinha, estejamos atentos às obrigações que os Benfeitores Espirituais depositam em nossas mãos e nas quais não devemos falhar. Muito natural que a ausência não justificada do companheiro a três reuniões consecutivas seja motivo para que se lhe promova a necessária substituição.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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sábado, 6 de agosto de 2011
COMENTÁRIOS DOMÉSTICOS
De volta a casa, convém que os servidores da desobsessão silenciem qualquer nota inconveniente acerca de transmissões, influências, fenômenos ou revelações havidas na reunião. Se os comunicantes se referirem a problemas infelizes, como sejam crimes, ofensas, mágoas ou faltas diversas, cabe-nos recordar que a obra da desobsessão, no fundo, é libertação das trevas de espírito e não existe libertação das sombras sem esquecimento do mal. Conversas acerca de quaisquer maníf estações ou traços deprimentes do amparo espiritual efetuado estabelecem ímãs de atração, criando correntes mentais de ação e reação entre os comentaristas e os que se tornam objeto dos comentários em pauta, realidade essa que faz de todo desaconselháveis as referências sobre o mal, de vez que funcionam à maneira de bisturis visíveis, revolvendo inutilmente as chagas mentais dos enfermos desencarnados que foram atendidos, arrancando-os do alívio em que estão mergulhados, para novas síndromes de angústia. Isto, porém, não impede que médiuns esclarecedores, médiuns psicofônicos e companheiros outros analisem determinadas passagens da palavra ou da presença das entidades sofredoras, em círculo íntimo, para estudo construtivo, com efeitos na edificação do bem, ao modo de especialistas num simpósio conduzido com discrição.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011
SAÍDA DOS COMPANHEIROS
A saída dos companheiros realizar-se-á nos moldes da discrição seguidos na entrada. Evitar-se-ão gritos, gargalhadas, referências maliciosas, anedotário picante. O serviço da desobsessão reclama a tranqüilidade e o respeito que se deve a um sanatório de doenças mentais. Considerem os companheiros dessa sementeira de amor que estão sendo, muitas vezes, seguidos e observados por muitos enfermos desencarnados que lhes ouviram, com interesse, as exortações e os ensinos, no curso da reunião, e será contraproducente, além de indesejável, qualquer atitude ou comentário pelos quais os tarefeiros do socorro espiritual desmanchem, invigilantes, os valores morais que eles próprios construíram na consciência e no ânimo dos Espíritos beneficiados.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
ESTUDO CONSTRUTIVO DAS PASSIVIDADES
É interessante que dirigente, assessores, médiuns psicofônicos e integrantes da equipe, finda a reunião, analisem, sempre que possivel, as comunicações havidas, indicando-se para exame proveitoso os pontos vulneráveis dessa ou daquela transmissão. As observações fraternas e desapaixonadas, nesse sentido, alertarão os companheiros da mediunidade quanto a senões que precisem evitar e recordarão aos encarregados do esclarecimento pequenas inconveniências de atitude ou palavra nas quais não devem reincidir. De semelhante providência, efetuada com o apreço recíproco que necessitamos sustentar uns para com os outros, resultará que todos os componentes da reunião se investirão, por si mesmos, na responsabilidade que nos cabe manter no estudo constante para a eficiência do grupo. Se os médiuns esclarecedores julgam conveniente a atenção desse ou daquele médium psicofônico em determinado tema de serviço espiritual, chamá-lo-ão a entendimento particular, evitando-se a formação de suscetibilidades, salientando-se que os próprios médiuns psicofônicos, se libertos de teias obsessivas, são os primeiros a se regozijarem com o exame sincero do esforço que apresentam.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
REOUVINDO A MENSAGEM
Ainda no recinto ou nos dias subseqüentes, é aconselhável que os lidadores da desobsessão, quando seja necessário, reouçam a mensagem educativa, obtida na fase terminal das tarefas, caso haja sido gravada. Procurar — repitamos — nas frases do comunicante a essência e a orientação. Por outro lado, abster-se do impulso da divulgação, sem estudo. Cabe refletir que as primeiras instruções para a criatura reencarnada se verificam no plano doméstico. A criatura humana recebe dos pais e dos instrutores do lar conselhos e indicações inesquecíveis, mas, por isso, nem todos podem ser ençaminhados às tipografias para o trabalho publicitário. Ninguém se lembrará de enviar uma advertência maternal qualquer para a imprensa, conquanto um aviso de mãe seja sempre uma peça preciosa para os filhos a que se destine. O dirigente, na hipótese da recepção de mensagens destinadas à propagação, precisará joeirá-las em rigorosa triagem, solicitando, para esse fim, o concurso de companheiros habituados às lides culturais e doutrinârias, com autoridade bastante para emitir opiniões, verificando, igualmente, se as instruções obtidas não coincidem, na forma literal, com essa ou aquela página espírita, mediúnica ou não, já consagrada na leitura comum, embora o fundo moral seja respeitável.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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terça-feira, 2 de agosto de 2011
CONVERSAÇÃO POSTERIOR Á REUNIÃO
Claro que terminada a reunião se sintam os integrantes da equipe inclinados a entrelaçar pensamentos e palavras na conversação construtiva, porqüanto, se a alegria da obrigação cumprida não lhes marca o íntimo, algo existe na equipe a ser necessariamente retificado. Euforia de confraternização, reconforto do dever nobremente atendido. Não raro, surge a oportunidade da prosa afetiva em torno de um café ou enquanto se espera condução. Falemos, cultivando bondade e otimismo. Importante que a palestra não descambe para qualquer expressão negativa. Se um dos desencarnados sofredores emitiu conceitos menos felizes, ou se um dos médiuns em ação não conseguiu desincumbir-se corretamente das atribuições que lhe foram conferidas em serviço, evitem-se com empenho reprovações, criticas, motejos, sarcasmos. Compreendamos que uma equipe para a desobsessão se desenvolve e se aperfeiçoa com serviço e tempo, como qualquer outra empresa produtiva, e algum comentário desairoso, destacando deficiências e males, constitui prejuízo na obra do progresso e na consolidação do bem.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
ENCERRAMENTO
Terminada a prece final, o diretor, com uma frase breve, dará a reunião por encerrada e fará no recinto a luz plena. Vale esclarecer que a reunião pode terminar, antes do prazo de duas horas, a contar da prece inicial, evitando-se exceder esse limite de tempo.
DESOBSESSÃO DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ
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