segunda-feira, 27 de julho de 2015

LIVRO "A CAMINHO DA LUZ" PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER PELO ESPIRITO DE EMMANUEL

As Cruzadas e o fim da Idade Média
AS PRIMEIRAS CRUZADAS

Reportando-nos ao século XI, as Cruzadas nos merecem especial referência, dados os seus movimentos, característicos da época. Desde  Constantino  que  os  lugares  santos  da  Palestina  haviam  adquirido considerável  importância  para  a  Europa  ocidental.  Milhares  de  peregrinos  visitavam anualmente a paisagem triste de Jerusalém, identificando os caminhos da Paixão de Jesus, ou os traços da vida dos Apóstolos. Enquanto dominavam na região os árabes  de Bagdá ou do Egito, as correntes do turismo católico podiam buscar, sem receio, as paragens sagradas; mas a  Jerusalém  do  século  XI  havia  caído  sob  o  poder  dos  turcos,  que  não  mais  toleraram  a presença dos cristãos, expulsando-os dali com a máxima crueldade. Semelhantes medidas provocam os protestos de todo o mundo católico do  Ocidente e, no fim do referido século, preparam-se as primeiras cruzadas em busca da vitória contra o infiel. A primeira expedição que saiu dos centros mais  civilizados, sob o comando de Pedro, o Eremita, não chegou a ausentar-se  da  Europa, dispersada que foi pelos búlgaros e húngaros. Todavia, em 1096, Godofredo  de Bouillon com seus irmãos e Tancredo de Siracusa e outros chefes, depois de se  reunirem em Constantinopla, demandaram Niceia, com um exército de 500.000  homens.  Depois  da  presa  de  Niceia,  apoderaram-se  de  Antioquia,  penetrando  em Jerusalém  com  a  palma  do  triunfo.  Ali  quiseram  presentear  Godofredo  de  Bouillon   com  a coroa  de  rei,  mas  o  duque  da  Baixa  Lorena  parecia  rever  o  vulto  luminoso  do  Senhor  do Mundo,  cuja  fronte  fora  aureolada  com  a  coroa  de  espinhos,  e  considerou   sacrilégio  o colocarem-lhe  nas  mãos  um  cetro  de  ouro,  quando  o  Cristo  tivera,  tão-somente,  nas  mãos augustas e compassivas, uma cana ignominiosa. Depois de muita relutância, aceitou apenas o título de  “defensor do Santo Sepulcro”, organizando-se  logo em seguida as ordens religiosas de caráter exclusivamente militar, como a dos Templários e a dos Hospitalários. Os turcos, porém, não descansaram. Depois de muitas lutas, apossaram-se de Edessa, obrigando o papa Eugênio III a providenciar a segunda Cruzada, que, chefiada por Luís VII da França e Conrado III da Alemanha, teve os mais desastrosos efeitos.

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