segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ALTERCAÇÃO

Surge, inesperada, com ou sem motivo que a justifique. Toma vulto e leva às mais cruéis conseqüências, se não é policiada a tempo. Tem início numa palavra destituída de maldade, num olhar de aparente reproche, numa negativa, ou simplesmente em nada. A altercação é virose que contamina com facilidade. Perturba o discernimento, desarmoniza a emoção e deixa rastros significativos no comportamento alterado. Os altercadores sempre encontram motivo para as suas discussões infrutíferas. Desarmonizados em si mesmos, agradam-se quando ferem e encontram resposta para os duelos verbais que, não raro, levam a ações deploráveis. A altercação é portadora de alta carga prejudicial de cólera, que atinge quem lhe tomba nas redes perversas e aquele com quem se debate. Provocado, e convidado diretamente à altercação, desvia o assunto ou desvia-te do agressor. Ele talvez "nada tenha a perder", conforme alguns apregoam no auge da discussão. Tu tens a paz que deves preservar, o bem-estar que não podes tisnar com a perturbação e os sagrados compromissos com a vida. Não te detenhas, nunca, em altercação, porquanto, todos aqueles que se permitem induzir, deixam-na arranhados, quando não saem vítimas de sutis mutilações emocionais ou orgânicas, graças aos golpes que sofrem.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 30 de janeiro de 2011

ARTE DE OUVIR

Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma, despertarás o interesse de alguém. Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até buscarão hostilizar-te. Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes. Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno. Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia. Como há carência de amigos e abundância de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando por encontrar compreensão. Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente. Concede, a quem chega, a honra de o ouvir. Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele. Silencia e ouve. Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos. Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre corretamente. Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade e descarregue a tensão, o sofrimento. No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura de intocável ou sem problema. A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CALMA PARA O ÊXITO

Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente. Aqui, é uma pessoa tresvariada, que te agride. Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade. Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada. Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços. É necessário ter calma sempre. A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada. Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz. A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura. A calma inspira a melhor maneira de agir e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta. Não antecipa, nem retarda. Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem. Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer. Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DESCONFIANÇA

Certamente, um coração que pulsa com equilíbrio é resultado de uma consciência pacificada. Para que tal ocorra é indispensável que o homem adquira a sabedoria da confiança. Graças a ela, goza de tranqüilidade íntima, agindo com inteireza moral e sem qualquer prevenção. A confiança deflui de uma atitude sempre positiva em relação à vida, à criatura em si mesma e ao próximo. Educando-se a vontade e corrigindo-se a óptica para melhor observar os acontecimentos, logra-se adquirir a confiança pessoal que é uma forma de segurança de conduta, elegendo o que fazer, como realizá-lo e para que executá-lo. A desconfiança grassa entre os homens com ou sem motivo que a justifique. Gera desconforto e mal-estar, armando indivíduos uns contra os outros, dando margem a suspeitas infundadas e a ódios que se instalam, prejudiciais. Quem padece o mal da desconfiança, apresenta-se instável, arredio, caindo em alienações que estiolam a alegria de viver. Se alguém age mal em relação a ti, ele é quem deve estar inquieto. Se outrem te prejudica, propositadamente, o drama deve ser dele. Em qualquer situação, espanca a desconfiança da tua agenda de atividade, permanecendo tranqüilo e feliz.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

DIVIDIR COM AMOR

A miséria sócio-econômica, que entulha as avenidas do mundo, mistura-se à de natureza moral, que atulha os edifícios e residências de luxo como os guetos da promiscuidade libertina. O que podes fazer, parece-te quase sem sentido ou significação, tão grande e volumoso é o problema. Apesar disso, não te escuses de auxiliar. Se não consegues ir à causa do problema, minimiza-lhe os efeitos. Desde que não podes erradicar, de um golpe, a fome, a enfermidade, a ignorância, contribui com a tua quota de amor, por mínima que seja. Sempre podes dividir do que possuis, com aquele que nada tem. Quando repartes com amor, multiplicas a esperança, favorecendo a alegria. Menos tem, aquele que se nega a doar algo. Afirma-se que esse gesto de amor gera o paternalismo, promove o vício. Não têm razão os que assim informam. Muitos males e alguns crimes são abortados quando uma atitude de amor interrompe o passo do infeliz que padece fome, desespero e dor. Somente quem aprende a abrir a mão, descerra o bolso, terminando por oferecer o coração. Faze o que te esteja ao alcance e a vida fará o resto.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

INQUIETAÇÃO

Vez que outra, apresenta-se, inesperadamente, e toma corpo, terminando por gerar desconforto e depressão. Aparece como dúvida ou suspeita e ganha forma, passando por diferentes fases, até controlar a emotividade que se transtorna, levando a estados graves. Aqui, se apresenta na condição de medo em relação ao futuro. Ali, se expressa em forma de frustração, diante do que não foi logrado. Acolá, se manifesta como um dissabor qualquer, muito natural, aliás, em todas as vidas. Há momentos em que se estabelece como conflito, inspirando rebeldia e agressividade. Noutras ocasiões, ei-la em forma de desconforto íntimo e necessidade de tudo abandonar. No turbilhão da vida hodierna em face do intercâmbio psíquico nas faixas da psicosfera doentia que grassa, é muito difícil a manutenção de um estado de equilíbrio uniforme. A inquietação, porém, constante, deve merecer mais acurada atenção, a fim de ser debelada. Não lhe dês guarida, dialogando com as insinuações de que se faz objeto. Evita as digressões mentais pessimistas e não te detenhas nas conjecturas maliciosas. Ninguém a salvo desses momentos difíceis. Todavia, todos têm o dever de superá-los e avançar confiantes nos resultados otimos das ações encetadas. Assim, age sempre com correção e não serás vítima de inquietações desgastantes.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

INSEGURANÇA

Há momentos em que se imiscuem, no sentimento do combatente, emoções desconcertantes. Ressaibo do atavismo ancestral, que remanesce em contínuas investidas, logra vencer quantos lhe dão guarida, estimulados pela autopiedade e pela presunção. Porque se espalha a agressividade, tens a impressão de que lhe serás a próxima vítima. Diante das incertezas que decorrem da beligerância generalizada, absorves o vapor deletério que se expressa em forma de insegurança. Tem cuidado com esse tipo de fobia em relação ao presente, ao futuro e aos que te cercam. Há os que se armam, pensando em reagir, quando agredidos. Outros se condicionam para a agressão em primeiro passo, como mecanismo de defesa. Diversos revestem-se de falsa condição de superioridade, evitando os contatos humanos que lhe parecem desagradar. Desarma-te desses vãos atavios. Ergue-te em pensamento a Deus e n'Ele confia. Somente acontece o que é necessário para o progresso do homem, exceto quando ele, irresponsavelmente, provoca situações e acontecimentos prejudiciais, por imprevidência e precipitação. Cultivando o otimismo e a paz avançarás no teu dia-a-dia, vencendo o tempo e poupando-te aos estados de insegurança íntima, porque estás sob o comando de Deus.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 23 de janeiro de 2011

A PALAVRA

Poderoso veículo de comunicação, a palavra é instrumento que poucos utilizam como deveriam. A boa palavra ergue e consola, ensina e corrige, ampara e salva. A má palavra envenena e mata, enlouquece e fulmina, desequilibra e arma de ódio. Muitos falam sem pensar, gerando antipatias e fomentando crimes. Outros pensam sem falar e perdem as oportunidades edificantes de sustentar o ideal do bem e da vida. Falar por falar expressa desequilíbrio, tanto quanto calar, sempre, denota doentia introspecção. Dispões desse abençoado instrumento para preservar a vida e enriquecê-la de bênçãos, que é a palavra. Usa o verbo com sabedoria, ensinando, ajudando e impulsionando as pessoas ao avanço, ao progresso. Articula a palavra sem gritaria nem desconcerto emocional, de modo que se te faça agradável, inspirando os que te ouvem e gerando simpatia em teu favor. A arte de falar é conquista que todos devem lograr. Não a esgrimas com teu verbo, nem a sepultes no mutismo da alienação. Fala sobre o bem, o amor e a esperança, propondo a alegria entre as criaturas e ensinando-as a adquirir segurança pessoal no processo da evolução.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O DESÂNIMO

Tóxico imobilizador, o desânimo se insinua suavemente, dominando as reservas da coragem e submetendo o combatente à sua ação perturbadora. Instala-se, a pouco e pouco, inspirando pessimismo e malestar, que se agrava, qual invasor que conquista passo a passo os espaços abandonados à sua frente. O desânimo é inimigo covarde que ceifa mais vidas do que o câncer, pelos resultados que logra na economia do comportamento humano. Quando sintas a insinuação do desânimo, ciciando-te falsos motivos para que abandones a peleja, ou a postergues, ou a desconsideres, tem
cuidado. Usa a razão e expulsa-o da casa mental. Às vezes se te apresenta na condição de mágoa defluente de qualquer incompreensão sofrida e, noutras ocasiões, em forma de exaustão de forças, que deves superar, mediante mudança de atitude mental e de atividade física. A marcha do tempo é inexorável. De qualquer forma, as horas se sucedem. Utiliza-as de maneira condigna, mesmo que, a peso de sacrifícios. Quando transponhas a barreira da dificuldade, constatarás a vantagem de haver perseverado, descobrindo-te rico de paz, face aos tesouros de amor e realização que adquiriste. Motivo algum deve servir de apoio para o desânimo. Tudo, na vida, constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

AÇÃO E BONDADE

A cobrança da gratidão diminui o valor da dádiva. O bem não tem preço, pois que, à semelhança do amor, igualmente não tem limite. Quando se faz algo meritório em favor do próximo aguardando recompensa, eis que se apaga a qualidade da ação, em favor do interesse pessoal grandemente pernicioso. O Sol aquece e mantém o planeta sem qualquer exigência. A chuva abençoa o solo e o preserva rico, em nome do Criador, sustentando os seres e se repete em períodos ritmados, não pedindo nada. O ar, que é a razão da vida, existe em tão harmonioso equilíbrio e discrição, que raramente as criaturas se dão conta da sua imprescindibilidade. Faze o bem com alegria e, no ato de realizá-lo, fruirás a sua recompensa. Ajuda a todos com naturalidade, como dever que te impões, a favor de ti mesmo, e te aureolarás de paz. Se estabeleces qualquer condição para ajudar, desmereces a tua ação, empalidecendo-lhe o valor. Une-te ao exército anônimo dos heróis e apóstolos da bondade. Ninguém te saberá o nome, no entanto o pensamento dos beneficiados sintonizará com a tua generosidade estabelecendo elos de ligação e segurança para a harmonia no mundo. Os que se destacam na ação comunitária e são aplaudidos, homenageados, sabem que, sem as mãos desconhecidas que os ajudam, coisa alguma poderiam produzir. Assim, os benfeitores verdadeiros são os da retaguarda e não os que brilham nos veículos da Comunicação. Aproveita o teu dia e vai semeando auxílios, esparzindo bondade de que esteja rica a tua vida, e provarás o licor da alegria na taça da felicidade de servir.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HORA VAZIA

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade. Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira. Cabeça ociosa é perigo à vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto. Se, por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer. O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para progresso. Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz. Hora vazia, nunca!

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CONVERSAÇÕES INFELIZES

Naturalmente, porque estes são dias de insatisfação, as pessoas que de ti se acercam trazem, quase sempre, comentários negativos e observações deprimentes. Surgem, nas conversas, apontamentos depreciativos que chamuscam a honra alheia, quando não lhes atiram lama na conduta que invejam. Intrigas urdem vinganças sórdidas, entre sorrisos e sarcasmos, gerando inquietação, soprando suspeitas ignóbeis. Assuntos triviais tomam o tempo e expressões chulas, com anedotário vulgar, entorpecem a razão, mantendo psicosfera doentia. Quando te vejas envolvido pelo lima das conversações nefastas, muda de assunto, propõe tema diferente, conciliador, edificante, substituindo a vulgaridade e o pessimismo, que devem ceder espaço ao conhecimento da beleza e da verdade. As conversas vis envenenam aqueles que as sustentam, enquanto vilipendiam vidas outras que padecem constrições e vivem situações difíceis buscando superá-las a contributo de muito sacrifício. Seja tua a palavra de gentileza e de esperança em qualquer situação. Entretece comentários respeitosos e educa os que te compartem as palavras, gerando otimismo e fraternidade a todo momento.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O CANSAÇO

Quando te sintas sitiado pelo desfalecimento de forças ou o cansaço se te insinue em forma de desânimo, para um pouco e refaze-te. O cansaço é mau conselheiro. Produz irritação ou indiferença, tomando as energias e exaurindo-as. Renova a paisagem mental, buscando motivação que te predisponha ao prosseguimento da tarefa. Por um momento, repousa, a fim de conseguires o vigor e o entusiasmo para a continuidade da ação. Noutra circunstância, muda de atividade, evitando a monotonia que intoxica os centros da atenção e entorpece as forças. Não te concedas o luxo do repouso exagerado, evitando tombar na negligência do dever. Com método e ritmo, conseguirás o equilíbrio psicológico de que necessitas, para não te renderes à exaustão. Jesus informou com muita propriedade, numa lição insuperável, que "o Pai até hoje trabalha e eu também trabalho", sem cansaço nem enfado. A mente renovada pela prece e o corpo estimulado pela consciência do dever não desfalecem sob os fardos, às vezes, quase inevitáveis do cansaço. Age sempre com alegria e produze sem a perturbação que o
cansaço proporciona.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 16 de janeiro de 2011

O TRABALHO

Após a tensão experimentada no trânsito sufocante, chegas invariavelmente ao local de trabalho com mau humor, cansaço ou indisposição. Relacionas então as necessidades que deves suprir, e sofres sob a conjuntura que se te impõe, no trabalho diário. Vês outros indivíduos que parecem prósperos e felizes, usufruindo benefícios da vida, que nunca te chegaram, e a amargura começa a aninhar-se no teu sentimento doído. Evita cair no desalento, face à insinuação falsa. O trabalho é dom da vida, que dignifica e mantém o homem. Em toda parte o trabalho se impõe como lei mantenedora do equilíbrio. Sem ele tudo retornaria ao caos do princípio, e os objetivos superiores naufragariam no tédio e na ociosidade doentios. Busca, portanto, motivação para fazeres bem o teu trabalho, renovando-te nele e nele colocando os teus melhores empenhos, de modo a te enriqueceres de justa gratificação emocional em relação ao teu maravilhoso meio de ganhar com nobreza o pão diário.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A IRRITAÇÃO

Ao sair do lar, defrontas os problemas da condução e do trânsito, na busca da tua oficina de trabalho. Transportes abarrotados, pessoas rudes, multidões apressadas, violência pela disputa de lugares, ruas e avenidas movimentadas. Se chove, emperra o trânsito e as dificuldades se ampliam. Se faz sol, o calor produz mal-estar e as reclamações promovem aborrecimento. Se dispões de veículo próprio, não te podes mover conforme gostarias, pelas vias de acesso, em congestionamento crescente. Todos tem que chegar a tempo. O relógio não para. Os que se atrasaram pretendem recuperar os minutos perdidos e atropelam os que estão ao lado ou à frente. A irritação chega e se instala, perturbando-te e levando-te a competir também com os agressivos. As buzinas produzem bulha, os semáforos te interrompem a marcha, e tudo parece estar contra os teus propósitos. Mantem a calma. Amanhã, propõe-te a sair de casa mais cedo. A tranquilidade de todo um dia merece o teu investimento de alguns minutos. Não te irrites, portanto, evitando os perigos da ira, que instala desequilíbrios graves que podes evitar.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O PRIMEIRO DESAFIO

Disposto a esquecer o mal, dedicando-te ao bem, enfrentas o primeiro desafio. Incidente doméstico ocorre envolvendo-te emocionalmente. Tens a impressão que todo o planejamento para o dia se desfaz. Sentes os nervos abalados e estás a ponto de aceitar a pugna. Silencia, porém, e age. O hábito da discussão perniciosa se te instalou no comportamento e crês que não possuis forças para superar o acontecimento danoso. Recorda que estás num clima de efeitos que vêm dos dias anteriores, quando te engajavas nas provocações, reagindo no mesmo tom. Os familiares não sabem das tuas disposições novas e, porque estão acostumados às querelas e agressões, preservam o ambiente prejudicial. Em teu procedimento de homem novo necessitas do autocontrole, reconquistando os familiares, que se surpreenderão com a tua nova filosofia de vida. Contorna o primeiro desafio, dilui por antecipação e com sabedoria o mal-estar que ele podia gerar. Este é o passo inicial para o teu dia feliz.

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DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A PREPARAÇÃO

A fim de ser preservado e mantido, o corpo exige cuidados vários, desde a higiene à conservação das peças que o constituem, sem o que inumeráveis males lhe perturbam o equilíbrio, interrompendo-lhe a existência. Assim também a alma. Responsável pela organização somática, é a geradora de forças que facultam a vida física, exigindo, por conseqüência, atendimento especial, sem o que se lhe desarticulam os equipamentos sutis, fazendo-a tombar no desfalecimento ou na alucinação com todos os prejuízos disso decorrentes. Desse modo, antes de qualquer atividade, ao iniciar-se o dia, reserva-lhe alguns minutos para a sua sustentação. Faze uma pequena leitura de página otimista e consoladora, que te fixe clichês mentais positivos e agradáveis. Medita um pouco no seu conteúdo valioso, como a imprimilo nas telas delicadas da memória, de modo que dele te impregnes, estabelecendo uma disposição favorável às lutas que enfrentarás. Encerra esses minutos com uma prece, através da qual intentes sintonizar com o pensamento da sabedoria universal, haurindo inspiração e forças no amor de Deus. Equipado com estas energias, terás atendido, em terapia preventiva, a tua realidade eterna ­ o eu espiritual ­ podendo, então, partir para os primeiros confrontos da experiência do teu novo dia.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AO AMANHECER

Dia novo, oportunidade renovada. Cada amanhecer representa divina concessão que não podes nem deves desconsiderar. Mantém, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão; coragem no confronto das lutas naturais; recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planejado. Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis. À medida que o dia avança, aproveita os minutos, sem pressa nem postergação do dever. Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente. Dirige cada ação à sua finalidade específica. Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve à lição com disposição, avançando, passo a passo, até o momento de conclusão dos deveres planejados. Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos. Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

EPISÓDIOS DIÁRIOS (LIVRO NOVO)

Seria muito bom e oportuno ­ pensava uma amiga nossa ­ se Joanna escrevesse um pequeno livro para ser lido com rapidez. Os seus capítulos deveriam ser breves e os seus conceitos leves, irmados na experiência do cotidiano, de modo a tornar-se um guia prático para as diferentes ocorrências diárias. Ouvimos a solicitação gentil e recebemos o apelo, diretamente a nós endereçado. Aquiescendo, elaboramos a presente obra. Não pretendemos com ela oferecer receitas novas, de comportamento, que já não sejam conhecidas. Reunimos, porém, cinquenta episódios que sucedem na vida de quase todas as pessoas e os examinamos com enfoques evangélicos e espíritas, convidando o leitor à reflexão para a ação feliz, que lhe resulte proveitosa. Cada episódio ou capítulo poderá ser lido em um ou dois minutos, como sendo uma dose homeopática do medicamento do amor e da sabedoria dos séculos, de que Jesus e Allan Kardec se fizeram os excelentes modelos para a Humanidade. Desejando que este pequeno livro alcance a finalidade para a qual foi elaborado, rogamos a Deus bênçãos de paz e felicidade para todos nós.

EPISÓDIOS DIÁRIOS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 9 de janeiro de 2011

ORAÇÃO NO ANO NOVO

Senhor Jesus! Ante as promessas do ano que se inicia, não nos permitas que esqueçamos aquêles com quem nos honraste o caminho iluminativo: As mães solteiras, desesperadas, a quem prometemos o pão do entendimento; As crianças delinqüentes que nos buscaram com a mente em desalinho; Os calcêtas que, vencidos em si mesmos, nos feriram e retornaram às nossas portas; Os enfermos solitários, que nos fitaram, confiantes em nosso auxílio; Os esfaimados e desnudos que chegaram até nossas parcas provisões; Os mutilados e tristes, ignorantes e analfabetos, que nos visitaram, recordando-nos de Ti. Sabemos, Senhor, o pouco valor que temos, identificamo-nos com o que possuímos íntimamente, mas, contigo, tudo podemos e fazemos. Ajuda-nos a manter o compromisso de amar-Te, amando nêles toda a família universal em cujos braços renascemos.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SOCORRO MEDIÚNICO

Com a medida das tuas dores que nunca atingem o superlativo das desesperações, examina as dores daqueles outros espíritos que se perderam em si mesmos, apagando a lucidez da razão e demorando-se longamente em contínuo padecer, sem ao menos um repouso, o concurso de uma palavra gentil, as mãos em concha de caridade ou uma prece emocionada e intercessória, capaz de lenir a profunda exulceração que perdura. Tais sêres são os nossos irmãos que jazem além da sepultura, nas regiões retificadoras do Mundo Espiritual, perdidos na consciência vilipendiada pelos próprios erros, na cela apertada das tristes e cruéis evocações sob o látego das lembranças ultrajantes ou revivendo sem termo as dores que neles precederam à desencarnação. Reflexionando no quanto devem doer essas dores, sentirás diminuídos os teus problemas e um sentimento de puro amor animar-te-á, empurrando-te na direção dêles para oferecer-lhes o mecanismo da tua mediunidade, a fim de que, conduzidos pelas mãos anônimas e misericordiosas da caridade do Senhor, possam as suas lágrimas escorrer pelos teus olhos e na tua face exsude o suor que nêles goteja, podendo falar pela tua garganta e ouvir a palavra esclarecedora do Evangelho pelos teus ouvidos, conseguindo renovar-se interiormente e, logo após, libertar-se de tão pesada canga, recomeçando em província nova o tratamento das enfermidades e preparando-se para o amanhã. Esquecerás, desse modo, os teus pequenos problemas e as tuas débeis agonias para os ajudar, contribuindo eficazmente no ministério socorrista pela mediunidade com Jesus, para os que tombaram por ignorância, negligência ou impiedade, dignos todos, nossos irmãos que são, da colaboração amorosa da nossa solidariedade
fraternal.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SOCORRO MEDIÚNICO

Uma dor que se alonga, amenizada por intervalos de paz e repouso; uma aflição que constringe, diminuída por estados de renovação e esperança; uma angústia esmagadora, amainada por frequentes raios de alegria penetrante; uma soledade devastadora, desagregando a harmonia interior, interrompida pela presença fraterna de corações amigos e mentes abnegadas ao lado; uma ansiedade que despedaça, apagada, de quando em quando, por pausas de paz refazente; uma enfermidade de longo curso sob anestésico calmante nos instantes de grande crise, são pungentes provações ao lado de outros abençoados recursos de que a Vida se utiliza para conduzir o homem encarnado à rota da Espiritualidade, por cujos caminhos êle resgata os débitos e se aprimora. E o mergulho no corpo físico, por mais afligentes sejam as dores, fá-las diminuídas pela intensidade das vibrações do veículo carnal que concede tréguas à consciência, tendo-se em vista as pausas do sono reparador, o medicamento operante, a presença de afetos generosos, o concurso da oração e vários outros misteres com que a Divindade faculta a amenidade das provas e expiações ao espírito calcêta, em romagem redentora.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PIEDADE FRATERNAL

A piedade é um sentimento multiface, que todos devemos agasalhar no coração. Como é verdade que Jesus se compadeceu da pobre mulher surpreendida em adultério, que ignorava a sandice atormentadora e a obsessão de que era objeto, convém não esqueçamos que ante a surra da ingratidão geral que o levou à Cruz, o seu último pensamento e suas últimas palavras foram a rogativa ao Pai para que perdoasse os crucificadores e os traidores, pois que êles não sabiam o que estavam a fazer, ensinando com a eloqüência do exemplo a mais sublime página de piedade fraternal, que continua qual luminoso roteiro para o homem através dos tempos sem fim, até o dia em que seja possível a perfeita fraternidade Universal.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PIEDADE FRATERNAL

A agressividade desta ou daquela natureza compõe naturalmente um quadro de reações que o instinto engendra, oscilando entre a perspicácia da contrariedade ao azedume cruel do ódio que conseguem, não poucas vêzes, roubar a paz tisnando a lucidez dos que lhe são vítimas indefesas. Piedade, piedade para os maus, os ingratos, os soberbos, os cruéis porque são possivelmente membros de um organismo social dos mais doentes, porqüanto ignoram o câncer que os vitima por dentro, mais próximos do aniquilamento da vaidade do que êles próprios supõem. O sofrimento resignado nos compunge, a dor discreta nos comove, as lágrimas em silêncio nos chamam à compaixão, mas, é piedade também o ato de paciência ao lado do rebelde, do conduzido pelo corcel fogoso das paixões arbitrárias que nos humilha e nos aguilhoa, zombando muitas vêzes do nosso valor, por ignorância total da infelicidade que portam consigo.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

PIEDADE FRATERNAL

A piedade fraternal, que é o amor em começo, filha dileta da caridade excelsa, logo descobre como co-participar de todo esse triste festival de angustias no cenário desolador das dores humanas. No entanto, mui difícil é a dádiva da piedade fraternal, à presunção, à soberbia. Pelas características de que se revestem, o presunçoso e o soberbo, a ira nos que o cercam é o primeiro sentimento que investe promovendo reações imediatas às suas atitudes ferintes. Ao lado do ingrato assinalado pelo esquecimento de todo o bem que recebeu, a atitude próxima é a da revolta que assoma no coração generoso do doador, agora cioso por um pronto desforço.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS

domingo, 2 de janeiro de 2011

PIEDADE FRATERNAL

Perfeitamente natural é o sentimento de compaixão pelos que padecem aflições inominadas no carreiro das provações humanas. A dor, mercadejando os interêsses aflitivos, convoca as atenções para as feridas que expõe no corpo dilacerado dos que lhes caem nas malhas, esperando socorro. Lágrimas copiosas, gritando misericórdia aos ouvidos atentos à musicalidade dos sofrimentos, aguardam o lenço que lhes enxuguem tôdas as expressões de infortúnio. Soledade falando baixinho à necessidade de um braço amigo, de uma companhia discreta e de um auxílio, em forma de migalha de entendimento a fim de diminuir o abismo do vazio interior. Viuvez e orfandade apresentando angústias indescritíveis na expectativa de compreensão, de modo a tornar menos ácido o cálice horrendo de desespêro e de mágoa.

FLORAÇÕES EVANGÉLICAS
DIVALDO FRANCO POR JOANNA DE ÂNGELIS